segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Yeti

O Yeti, por erro de tradução da palavra metoh-kangmi (do termo xerpa meh-teh, que significa: "que parece homem mas não é") ficou conhecido para o resto do mundo como o "abominável homem da neve" do Himalaia. A palavra Yeti (do xerpa yeh-teh) significa: "aquela coisa".

Além dos avistamentos e pegadas o melhor indício que se tem da existência dessa criatura é o esqueleto de uma mão, que está num convento de lamas em Pangoche, Nepal.

De uma amostra de pele dessa "mão" foram feitos testes sangüíneos que indicam não ser ela de qualquer humano ou primata conhecido.

L.A.Waddell, um major do exército britânico, no ano de 1889, foi um dos primeiros a encontrar as marcas das pegadas do Yeti na neve, num pico a nordeste de Sikkim, dez anos depois, em suas memórias escreveu: "As pegadas pertenciam, segundo a crença local, a um homem selvagem e peludo que vivia na neve. Entre os tibetanos, ninguém duvida de sua existência."

Em 1921, integrantes de uma expedição britânica que escalavam a face norte do monte Everest perceberam, ao atingir uns 5.000 metros de altura, algumas silhuetas escuras se movimentando na neve, acima deles. Quando os exploradores chegaram aquele ponto, as criaturas já tinham ido embora, deixando para trás pegadas imensas. O líder da expedição, o tenente-coronel Charles Kenneth Howard Bury, do exercito britânico, mencionou aos jornalistas que seus guias sherpas haviam chamado as criaturas de metoh-kangmi, que é o nome genérico em nepalês para as criaturas que habitam aquela região.

O mistério da Pedra da Gávea

A Pedra da Gávea se situa entre a Barra da Tijuca e São Conrado, no Rio de Janeiro. Encontrava-se originalmente no bairro da Gávea, ao qual cedeu o nome, antes que os seus limites administrativos fossem redefinidos. Com topo de granito subindo 842 metros acima do nível do mar, é o maior bloco de pedra a beira mar do planeta.

Conhecida como uma esfinge de histórias contraditórias, desperta admiração pela imponência e mistério. É um dos pontos extremos do parque da Floresta da Tijuca e um dos mirantes mais espetaculares, situado entre São Conrado, na Zona Sul e Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

O batismo da Pedra da Gávea remonta à épica expedição do capitão Gaspar de Lemos, iniciada em 1501, de que participou igualmente Américo Vespúcio, e na qual também o Rio de Janeiro recebeu sua denominação. Foi a primeira montanha carioca a ser batizada com um nome em português, após ter sido avistada, no primeiro dia de janeiro de 1502 pelos seus marujos, que reconheceram em sua silhueta o formato de um cesto de gávea.

A Teoria da Tumba Fenícia

Tudo começa no século XIX. Algumas "marcas" na rocha chamaram a atenção do Imperador D. Pedro I, apesar de seu pai, D. João VI, rei de Portugal, já ter recebido um relatório de um padre falando sobre as marcas estranhas, as quais foram datadas de antes de 1500. Até 1839, pesquisas oficiais foram conduzidas, e no dia 23 de março, em sua 8° (oitava) seção extraordinária, o Instituto Histórico e Geográfico do Brasil decidiu que a Pedra da Gávea deveria ser extensamente analisada, e ordenou então o estudo do local e suas inscrições.

Uma pequena comissão foi formada para estudar a rocha. 130 anos mais tarde, o jornal O Globo questionou tal comissão, querendo saber se eles realmente escalaram a rocha, ou se eles simplesmente estudaram-na usando binóculos.

O relatório fornecido pelo grupo de pesquisa diz que eles "viram as inscrições e também algumas depressões feitas pela natureza." No entanto, qualquer um que veja estas marcas de perto irá concordar que nenhum fenômeno natural poderia ter causado estas inscrições.

Após o primeiro relatório, ninguém voltou a falar oficialmente sobre a Pedra até 1931, quando um grupo de excursionistas formou uma expedição para achar a tumba de um rei fenício que subiu ao trono em 856 a.C. Algumas escavações amadoras foram feitas sem sucesso. Dois anos depois, em 1933, um grupo de escaladas do Rio de Janeiro organizou uma expedição gigantesca com 85 membros, o qual teve a participação do professor Alfredo dos Anjos, um historiador que deu uma palestra "in loco" sobre a "Cabeça do Imperador" e suas origens.

Em 20 de janeiro de 1937, este mesmo clube organizou outra expedição, desta vez com um número ainda maior de participantes, com o objetivo de explorar a face e os olhos da cabeça até o topo, usando cordas. Esta foi a primeira vez que alguém explorava aquela parte da rocha depois dos fenícios, se a lenda está correta.

Segundo um artigo escrito em 1956, em 1946 o Centro de Excursionismo Brasileiro conquistou a orelha direita da cabeça, a qual está localizada a uma inclinação de 80 graus do chão e em lugar muito difícil de chegar. Qualquer erro e seria uma queda fatal de 20 metros de altura para todos os exploradores. Esta primeira escalada no lado oeste, apesar de quase vertical, foi feita virtualmente a "unha". Ali, na orelha, há a entrada para uma gruta que leva a uma longa e estreita caverna interna que vai até ao outro lado da pedra.

Em 1972, escaladores da Equipe Neblina escalaram o "Paredão do Escaravelho" - a parede do lado leste da cabeça - e cruzaram com as inscrições que estão a 30 metros abaixo do topo, em lugar de acesso muito difícil. Apesar do Rio ter uma taxa anual de chuvas muito alta, as inscrições ainda conservavam-se quase intactas.


Em 1963 um arqueólogo e professor de habilidade científica chamado Bernardo A. Silva Ramos traduziu-as como:

Índios de olhos cinza

Rio Lumbee e índios lumbee
 Os exploradores que, no começo do século XVIII, seguiam pelo interior, paralelamente ao curso do rio Lumbee, na Carolina do Norte, EUA, ficaram atônitos ao encontrarem uma tribo de índios de olhos cinzentos, cuja língua nativa era uma espécie de inglês. Os nativos afirmavam que os seus antepassados sabiam "falar num livro", expressão que os exploradores interpretaram como significando que sabiam ler.

Os descendentes desse povo misterioso, conhecido como os Lumbees, vivem ainda no Robeson County, onde foram descobertos. A cor da sua tez oscila entre o escuro e o muito claro e muitos dentre eles têm ainda hoje cabelo louro e olhos azuis." Sua origem ainda é um mistério para os estudiosos.

Fonte:  http://www.lumbee-tribe.org/culhist.html

Vimanas

O Mahabharata é um poema épico da Índia antiga, mais volumoso que a Bíblia e tem mais de 5000 anos. Nele estão descritas histórias intrigantes como a das Vimanas, máquinas voadoras, movidas a mercúrio e forte vento propulsor, teriam navegado a grandes alturas.

As Vimanas podiam vencer distâncias infinitas, mover-se de baixo para cima, de cima para baixo e de trás para diante. Veículos espaciais com uma dirigibilidade de causar inveja! Nossa citação baseia-se na tradução de N. Dutt, Inglaterra, 1891:

"...Por ordem de Rama, o carro maravilhoso subiu com enorme estrondo para uma montanha de nuvens..."

"...Bhima voou com sua Vimana num raio imenso, que tinha o clarão do sol e cujo ruído era como o trovejar de um temporal..." ( C.Roy,1889 ).

No Mahabharata acham-se indicações tão precisas que fica-se com a impressão de que o autor tinha pleno conhecimento do que escrevia. Relata, cheio de horror, uma arma que podia matar todos os guerreiros que usassem metal no corpo: - quando os guerreiros eram informados a tempo da presença dessa arma, arrancavam de si todas as peças de metal que levavam, mergulhavam num rio e lavavam cuidadosamente seus corpos e tudo aquilo com que tivessem contato.

Não sem motivo, como explica o autor, porque a arma causava o efeito de fazer cair os cabelos e as unhas das mãos e dos pés. Tudo que era vivo, lamenta ele, tornava-se pálido e fraco.

No 8º livro está, talvez, o primeiro relato sobre o lançamento de uma bomba de hidrogênio: "...Gurkha, a bordo de uma possante Vimana, arremessou um único projétil sobre a cidade tríplice..."

O relato usa vocábulos, como temos na memória de histórias de testemunhas oculares da explosão da primeira bomba H no atol de Bikini: - fumaça branca incandescente, dez mil vezes mais clara que o Sol, teria elevado-se com brilho imenso e reduzido a cidade a cinzas."...Quando Gurkha pousou novamente seu veículo parecia um bloco radiante de antimônio..."

E, para os filósofos, seja registrado que foi Mahabharata quem disse ser o tempo a semente do Universo...

Fonte: http://home.fireplug.net/Ershand/streams/scripts/vimana.html

Moais

Os moais, imensas e intrigantes estátuas de pedra simbolizam os mistérios que pairam sobre a remota Ilha de Páscoa (Rapa Nui - em idioma polinésio) pertencente ao Chile. Em toda a ilha já foram localizadas mais de mil esculpidas em diversas formas e tamanhos na mole e porosa pedra tufo.

Datados do Século VIII, têm de 5 à 21 metros de altura. Personificam os chefes fundadores das 10 grandes tribos da ilha, muitos tiveram que ser deslocados por grandes distâncias e depois dispostos de costas para o mar. Perto do vulcão Rano Raraku, vários deles espalhados no chão indicam que deixaram de ser produzidos de repente... Um passado de mistérios lembrado na festa do Tapati. A maior estrutura megalítica do planeta chama-se Ahu Tongariki e é composta por 15 moais sobre uma plataforma de 250 metros.

Uma lenda, transmitida de boca em boca, reza que em tempos imemoriais aportaram homens voadores e acenderam fogo. A lenda encontra sua confirmação em esculturas de seres voadores com grandes olhos fixos.

Infelizmente os missionários ocidentais queimaram plaquilhas com caracteres Rongorongo (única forma de escrita desenvolvida entre os povos polinésios), proibiram os antigos cultos religiosos e destruíram qualquer tradição impedindo que hoje possamos compreender os mistérios de Te Pito o te Henua (em polinésio) ou "Umbigo do Mundo"...

Fontes: ILHA DE PÁSCOA : O Mistério das Estátuas Tombadas - São Paulo: Global Editora e Distribuidora Ltda. - 1976; HEYERDAHL, Thor. Aku-Aku. Editora José Olympio, 1993.

O farol de Santo Agostinho

A construção original do Farol de Santo Agostinho foi feita por colonos espanhóis durante o séc. XVII. Em 1824, tornou-se farol oficial dos EUA em uma das cidades mais antigas da América do Norte: St. Augustine, Flórida.

Muitos anos depois, em 1874, foi construído um novo farol, o qual substituiu o anterior original (que ficava localizado aproximadamente a 400 m de distância do atual), e que havia sido destruído devido à erosão das marés. No farol anterior tinha ocorrido uma tragédia: o faroleiro, Sr. Andreu caiu fatalmente enquanto pintava a parte externa da torre, e acabou falecendo.

O governo dos EUA construiu o atual farol através da compra de lotes de terra de vários colonos da região, inclusive do Dr. Ballard, o qual “grilava” as terras das redondezas e que era um dos proprietários.

Após muitos anos, acontecimentos estranhos começaram a ocorrer nesse farol: visitantes e moradores da região começaram a relatar avistamentos de vultos e "aparições" dentro e também ao redor da construção.

Algumas pessoas disseram que com certeza um desses avistamentos era o do Dr. Ballard, e outros dizem que já viram o Sr. Andreu, o qual morreu em um acidente naquele local.

Possivelmente, o Dr. Ballard ou mesmo o Sr. Andreu continuam a assombrar o farol de Santo Agostinho, mas há outras histórias de tragédias associadas ao farol assombrado.

As filhas de Hezekia Pittee, juntamente com uma garota afro-americana, morreram afogadas quando o carrinho em que estavam brincando, construído para transportar suprimentos de navios até o farol, descarrilou e caiu no mar. Há relatos fantasmagóricos de meninas sendo avistadas no Farol de Santo Agostinho, mas não há uma maneira de saber se são ou não as meninas ou sua amiga. O relato mais fiel tem sido o da aparição de uma única menina.

Um antigo zelador relatou que, por muitas vezes escutou passos o seguindo durante a sua ronda, e também notou o cheiro de fumaça de charuto, possivelmente de um antigo faroleiro que lhe fora mentor. O cheiro da fumaça de charuto tem sido notado por muitos visitantes, geralmente dentro da torre do farol. Talvez um dos antigos zeladores, mesmo depois de ter partido para o além, ainda esteja cuidando do farol até os dias de hoje.

Houve uma época em que a Casa do Zelador estava sendo alugada em forma de apartamento. Os locatários relataram terem visto uma menina vestida com roupas antigas, a qual surgia e desaparecia em seguida. Várias testemunhas de boa reputação viram uma menina dentro e na nas imediações da casa, na maioria das vezes, perto de uma janela na parte de cima.

O último faroleiro (durante a década de 1950) se recusou a viver na casa e negociou a troca de lugar com um soldado da Guarda Costeira, o qual havia sido transferido para o quartel no local.

Uma outra figura estranha também foi vista na Casa do Zelador, e foi apelidado e "O Homem de Azul", devido a sua vestimenta.

Quando a loja do farol foi construída no local, os trabalhadores também acreditaram que um fantasma, o qual tinham apelidado de "André", foi a causa de uma atividade de poltergeist, provocando inúmeros fenômenos violentos no local.

A torre do Farol em si também é assombrada, pois muitos têm testemunhado escutar, tanto vozes como também passos no seu interior. Os empregados têm relatado encontrar a porta de cima no alto da torre destrancada, embora tivesse sido trancada na noite anterior.

Caminhar através da propriedade durante a noite pode assustar alguns, pois pegadas e vozes são comumente vistas e ouvidas por vizinhos do assombrado Farol de Santo Agostinho.

Fonte: Além da Imaginação Home Page.

Oráculo de Delfos: o umbigo do mundo

"Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo."  (c. 650 a.C. - 550 a.C.)
Durante mais de 15 séculos, do nascimento ao fim da cultura grega antiga, o Oráculo de Delfos, ou templo de Apolo, serviu como local onde os peregrinos vindos das mais diversas latitudes do mundo helênico consultavam as pitonisas, as sacerdotisas oraculares, para saber qual o seu destino, da sua família ou da sua pátria. Delfos tornou-se um dos lugares sagrados mais venerados pelos gregos, sendo que suas previsões e predições tiveram enorme repercussão nos destinos de reis, de tiranos e de muita outra gente famosa daqueles tempos..

Situado na Grécia, no que foi a antiga cidade chamada Delfos (que hoje já não existe), no sopé do monte Parnaso, nas encostas das montanhas da Fócida, a 700 m sobre o nível do mar e a 9,5 km de distância do golfo de Corinto.

Delfos era um recinto e um complexo de construções num terreno sagrado para os antigos gregos, onde se realizavam os Jogos Píticos e havia um templo consagrado ao deus Apolo, originalmente consagrado à Pítia. Neste templo, as sacerdotisas de Apolo (Pitonisa) faziam profecias em transes. As respostas e profecias ali obtidas eram consideradas verdades absolutas. Hoje, suspeita-se que os transes e visões das sacerdotisas eram provocados por gases emitidos por uma fenda subterrânea no local.

Das rochas da montanha circundante brotam várias nascentes que formam fontes. Uma das fontes mais conhecidas desde tempos muito antigos era a fonte de Castália, rodeada de um bosque de loureiros consagrado ao deus Apolo. A lenda e a mitologia contam que no monte Parnaso e próximo desta fonte se reuniam algumas divindades, deusas menores do canto e da poesia, chamadas musas, e as ninfas das fontes, chamadas náiades. Nestas reuniões Apolo tocava a lira e as divindades cantavam. Conta-se que o oráculo de Delfos ganhou tamanho significado mágico após o deus Apolo matar a serpente Phyton neste local, daí que se deriva o nome das sacerdotisas (pitonisas).

O oráculo de Delfos influenciou significativamente a colonização grega das costas do sul da Itália e da Sicília. Chegou a ser o centro religioso do mundo helênico.

A Fócida ou Fócia é uma antiga região do centro da Grécia atravessada pelo grande maciço do monte Parnaso. Na época da Grécia clássica uma parte desta região, a que está situada junto desse monte, tinha o topónimo de Pyto (ou Pito), em grego Πυθω. Este lugar é conhecido como Delfos, ou seja, Pyto e Delfos são sinônimos. O porto de Itea era o acesso por mar mais próximo de Delfos.

O recinto inclui ainda os chamados tesouros (θεσαυρυς), que eram pequenas construções semelhantes a capelas onde se guardavam os ex-votos e os donativos que frequentemente eram muito valiosos. Sabe-se que existiam estes tesouros: tesouro de Siracusa, tesouro de Cirenea, tesouro de Cnido, tesouro de Sifnos, tesouro de Sición (muito importante), tesouro de Tebas, tesouro de Corinto, tesouro dos etruscos e tesouro dos atenienses (o único restaurado).

Fontes: Wikipedia; Educaterra

Registros de fantasmas

Na crença popular um fantasma é a alma ou espírito de uma pessoa falecida que pode aparecer para os vivos de maneira visível ou através de outras formas de manifestação. Descrições de aparições de fantasmas variam no modo como estes se manifestam. Por um momento, não há quem não prenda a respiração e imagine se aquilo que parecemos estar vendo não é verdade.... Confira esses cinco casos.

1 – O Espírito da Escadaria Tulipa

Em 1966, o pastor Ralph Hardy estava tirando uma foto da escada em espiral (conhecida como “Escadaria Tulipa”) na seção da Casa da Rainha do Museu Marítimo Nacional em Greenwich, Inglaterra, quando capturou esta imagem.

Peritos analisaram o negativo original e verificaram que não havia sido adulterado ou manipulado de forma alguma. A foto serviu como prova de que muitos encontros fantasmagóricos na Casa da Rainha eram reais.

Passos, portas batendo, e vozes de crianças cantando eram muitas vezes ouvidos em torno da escada. Os visitantes do museu até eram cutucados por dedos invisíveis durante sua visita. Aparições de corpo inteiro foram vistas em muitas ocasiões; uma delas parece estar limpando sangue do fundo das escadas.

Os historiadores dizem que, há 300 anos, uma empregada doméstica foi jogada do alto da escada e caiu 15 metros até sua morte, o que pode explicar a equipe de limpeza fantasma.

2 – O Fantasma do banco de trás

Em 1959, Mabel Chinnery foi visitar o túmulo de sua mãe em um cemitério britânico, quando tirou uma foto de seu marido, esperando sozinho no carro. Quando a senhora Chinnery revelou o filme, eles perceberam que seu marido não estava esperando sozinho: a imagem mostra uma pessoa usando óculos sentada no banco de trás do carro, que a senhora Chinnery imediatamente reconheceu como sendo sua mãe, cujo túmulo que ela tinha acabado de visitar.


Um perito fotográfico que examinou a impressão determinou que a imagem da mulher não era nem um reflexo, nem uma dupla exposição, dizendo que a foto era verdadeira.

3 – O Espírito da “Toys ‘R’ Us”

A loja “Toys ‘R’ Us”, em Sunnyvale, Califórnia, é o lar de um espírito chamado John – que está encostado na parede na foto acima. Essa foto foi tirada durante uma filmagem de TV do programa “Isso é Incrível”, e ninguém que estava no local no momento viu o homem – ainda assim ele apareceu na fotografia infravermelha.

Psíquicos, como a renomada Sylvia Browne, visitaram a loja várias vezes e realizaram sessões em que descobriram o nome de John, entre outras coisas.

A história é que John era um pregador que morava num rancho por volta de 1880 no terreno onde a loja agora se encontra. Relatos de como ele morreu variam, mas o consenso geral é de que ele sangrou até a morte enquanto cortava lenha.

Empregados da loja contam que John brinca frequentemente com eles e com os clientes, seguindo pessoas até o banheiro e ligando as torneiras de água, jogando bonecas da prateleira, e sussurrando os nomes dos funcionários em seus ouvidos, só para eles se virarem e não virem ninguém perto deles.

4 – Fantasma bebê

Em 1946, a senhora Andrews tirou esta foto na lápide de sua falecida filha, em Queensland, Austrália. Sua filha tinha apenas 17 anos quando morreu, no ano anterior. Quando o filme foi revelado, a senhora Andrews ficou chocada ao ver a imagem de uma menina, bebê, olhando diretamente para sua câmera. Não havia crianças no cemitério naquele dia, e a senhora Andrews não conhecia nenhum bebê cuja foto tivesse tirado com sua câmera.


Ela também observou que a criança não se parecia com a própria filha, quando era bebê. Anos mais tarde, o pesquisador paranormal australiano Tony Healy investigou o caso e encontrou os túmulos de duas meninas muito próximas ao túmulo da filha da senhora Andrews.

Fonte: Realidade Oculta

Halloween

"Acreditavam os antigos, que os mortos ficavam na terra até o dia 31 de outubro do mesmo ano que tinham morrido, quando, então, abriam-se os portais para que pudessem subir a outros níveis. Entre o dia 31 deste mesmo mês e o dia 2 de novembro, aqueles que haviam morrido estavam, portanto, em ascensão. Para que não voltassem e perturbassem os vivos, faziam abóboras com imitações de feias caretas e colocavam velas com fogo em seu interior, para que os mortos pensassem que era ali o inferno e se afastassem em direção ao alto."

O Halloween, conhecido no Brasil como "Dia das Bruxas", desde muito tempo, acontece um dia antes da "festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão "All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o halloween nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras européias, os povos pagãos trouxeram esta influência cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no dia 13 de maio, contudo, por volta do século IX, o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.

Entre todos os desalmados, destaca-se a antiga lenda de Stingy Jack. Segundo o mito irlandês, ele teria convidado o Diabo para beber com ele no dia do Halloween. Após se fartarem em bebida, o astuto Jack convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para que a conta do bar fosse paga. Contudo, ao invés de saldar a dívida, Jack pregou a moeda em um crucifixo.

Para se livrar da prisão, o Diabo aceitou um acordo em que prometia nunca importunar Jack. Dessa forma, ele foi libertado e nunca mais importunou o homem. Entretanto, Jack morreu e não foi aceito nas portas do céu por ter realizado um trato com o demônio. Ao descer para os infernos, também foi rejeitado pelo Diabo por conta do trato que possuíam. Vendo que Jack estava solitário e perdido, o demônio lhe entregou um nabo com carvão que lhe serviu de lanterna.

Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas. Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa, seriam uma forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam neste dia. Atualmente, as fantasias são utilizadas por crianças que batem às portas exigindo guloseimas no lugar de alguma travessura contra o proprietário da casa.

De fato, a celebração do Halloween remete a uma série de antigos valores da cultura bárbaro-cristã que se forma na Europa Medieval. Nessa época, várias outras festas celebravam o processo de movimentação do mundo ao destacar os opostos que configuravam o seu mundo. No jogo de oposições simbólicas, mais do que o valor de um simples embate, o homem acaba por visualizar a alternância e a transformação enquanto elementos centrais da vida.

Fontes: Brasil Escola; Wikipédia; Nova Era.

Bruxas ou mulheres sábias?

Os celtas adoravam a Deusa-Mãe e o Deus Cornífero, que segundo eles, garantiam a prosperidade da descendência, da agricultura, do gado e o sucesso na guerra. Os sacerdotes deste povo, os druidas, ensinavam a arte da agricultura, da cura com ervas, da caça, realizavam festas às divindades e iniciavam pessoas nos preceitos da arte mágica. Eram também versados em muitas artes de adivinhação, comunicavam-se com os espíritos da natureza e previam o futuro. Daí surge a idéia de bruxaria, práticas intermediárias entre o plano dos deuses e dos homens.

Porém, a origem das bruxas se perde nos primórdios da humanidade, já que as práticas mágicas envolvem rituais simbólicos desde os tempos dos homens da caverna. A primeira demonstração da arte de devoção foi encontrada em cavernas do período neolítico, onde havia ilustrações dos rituais de adoração às deusas da fertilidade dos povos primitivos.

Dessa forma, as experiências visionárias, rituais de caça e cerimônias de cura sempre estiveram presentes nos símbolos e metáforas de cada cultura. Na Gália e ilhas da Grã-Bretanha as sacerdotisas druidas estavam divididas em três classes. As que viviam em conventos num regime de celibato eram as da classe mais alta. As outras duas classes, que eram das sacerdotisas, podiam se casar e viver nos templos ou com os maridos e família. Com a era do cristianismo, foram denominadas “Bruxas” e perseguidas por muito tempo.

Durante a Idade Média toda e qualquer mulher que conseguia poder, passavam gradativamente a ser considerada bruxa. Bruxa em sânscrito significa “mulher sábia”. As bruxas eram denominadas sábias, até a Igreja lhes atribuir o significado secundário de mulheres dominadas por instintos inferiores.

Sem mito algum, as bruxas eram apenas mulheres que conheciam e entendiam do emprego de ervas medicinais para cura de enfermidades, e colocavam em prática seus conhecimentos nos vilarejos onde habitavam.

Com a chegada do Cristianismo, começando a imperar a era patriarcal, as mulheres foram colocadas em segundo plano e tidas como objetos de pecado utilizados pelo diabo. Muitas mulheres não aceitaram essa identificação e rebelaram-se. Essas, dotadas de poder espiritual, começaram a obter novamente o prestígio que haviam perdido o que passou a incomodar o poder religioso. Assim acusar uma mulher de bruxaria ficou fácil, bastava uma mulher casada perder a hora de acordar, que o marido a acusava de estar sonhando com o demônio.

Durante o século X e XII as bruxas ressurgiram, nesse período realizaram vários processos contra elas, promovidos pelo poder civil. No entanto, tal questão veio assumir um aspecto dramático a partir do século XIV, momento em que a Igreja Católica implantou os tribunais da Inquisição com o intuito de reprimir, tanto a disseminação das seitas heréticas como a prática de magia e outros comportamentos considerados pecaminosos. Nesse período, o fenômeno se caracterizou como manifestação coletiva, de profunda repercussão no direito penal, na vida religiosa, na literatura e nas artes. Dessa forma, para que a repressão fosse eficaz, os tribunais de Inquisição se proliferaram, e os processos aumentaram rapidamente.

Segundo os teóricos do assunto, a epidemia de bruxas ocorreu nos séculos XVI e XVII, no norte da França, no sul e oeste da Alemanha e em especial na Inglaterra e na Escócia, a perseguição às bruxas foi metódica e violenta. Os colonizadores ingleses levaram esse procedimento para a América do Norte, onde, em 1692, ocorreu o famoso processo contra as bruxas de Salém, em Massachusetts. Normalmente, acusavam-se as bruxas velhas, e com menor freqüência as jovens.

A maioria das acusações se referia a malefícios contra a vida, a propriedade e a saúde. Também constavam denúncias de pactos com o diabo. Segundo as denúncias, as bruxas montadas em vassouras voavam pelos ares e se reuniam em lugares inabitados para celebrar a satanás e entregar-se a orgias.

O iluminismo do fim do século XVII e do século XVIII, que era caracterizado pelo espírito científico e pelo racionalismo, contribuiu para o fim desse processo e para que não mais se admitisse perseguição judiciária em casos de superstições populares.

Fontes: Educar para Crescer; Brasil Escola; Wikipédia.

Lenda da Dama Pé-de-Cabra

A Lenda da Dama do Pé-de-Cabra é uma conhecida lenda portuguesa e foi compilada por Alexandre Herculano no livro Lendas e Narrativas. Existe ainda outra versão, escrita em inglês pelo Visconde de Figanière no seu poema em cinco cantos Elva: a story of the dark ages (Londres, 1878).

D. Diogo Lopes, nobre senhor da Biscaia, caçava nos seus domínios, quando foi surpreendido por uma linda mulher que cantava. Ofereceu-lhe o seu coração, as suas terras e os seus vassalos se com ele se casasse. A dama impôs-lhe como única condição a de ele nunca mais se benzer.

Mais tarde, no seu castelo, D. Diogo apercebeu-se que a dama tinha um pé forcado como o de uma cabra. Viveram muitos anos felizes e tiveram dois filhos: Inigo Guerra e Dona Sol.

Um dia, depois de uma boa caçada, D. Diogo premiou o seu grande alão com um grande osso, mas a podenga preta de sua mulher matou o cão para se apoderar do pedaço de javali. Surpreendido com tal violência, D. Diogo benzeu-se. A Dama de Pé de Cabra deu um grito e começou a elevar-se no ar, com a sua filha Dona Sol, saindo ambas por uma janela para nunca mais serem vistas.

A partir daí, foi confessar e o pajem disse que estava excomungado, sua penitencia foi guerrear os mouros por tantos anos quanto vivera em pecado, tendo ficado cativo em Toledo. Sem saber como resgatar o pai, D. Inigo resolveu procurar a mãe que se tornara, segundo uns, numa fada, segundo outros, numa alma penada.

A Dama de Pé de Cabra decidiu ajudar o filho, dando-lhe um onagro, uma espécie de cavalo selvagem, que o transportou a Toledo. Aí, o onagro abriu a porta da cela com um coice e pai e filho cavalgaram em fuga, mas, no caminho, encontraram um cruzeiro de pedra que fez o animal estacar. A voz da Dama de Pé de Cabra instruiu o onagro para evitar a cruz. Ao ouvir aquela voz, depois de tantos anos e sem saber da aliança do filho com a mãe, D. Diogo benzeu-se, o que fez com que o onagro os cuspisse da cela, a terra tremesse e abrisse, deixando ver o fogo do Inferno, que engoliu o animal. Com o susto, pai e filho desmaiaram.

D. Diogo, nos poucos anos que ainda viveu, ia todos os dias à missa e todas as semanas se confessava. D. Inigo nunca mais entrou numa igreja e crê-se que tinha um pacto com o Diabo, pois, a partir de então, não havia batalha que não vencesse.

Outra lenda

Na atual região da beira alta, mais concretamente na aldeia histórica de Marialva vivia há muitos séculos atrás uma donzela muito formosa. Certo dia um nobre encantado com a sua beleza e querendo desposá-la encomendou os serviços de um sapateiro pedindo-lhe que fizesse uns sapatos para a donzela em questão.

Como se tratava de uma surpresa o sapateiro teria de arranjar uma maneira de conseguir fazer um molde dos pés da donzela para acertar no tamanho do pé, certo dia e sem que esta desse por isso espalhou farinha aos pés da cama da donzela para que quando esta se levantasse, deixasse a marca na farinha espalhada no chão, e assim foi. O sapateiro percebeu pela forma deixada no chão que a donzela tinha "pés de cabra", mas mesmo assim fez uns sapatos adequados.

Quando o nobre entrega o presente à donzela, esta com o desgosto de saber que já todos sabiam do seu defeito se atira da torre do castelo. A donzela chamava-se Maria Alva e ainda hoje, mesmo em ruínas podemos ver a torre do castelo.

Fonte: Wikipédia

Armadilhas contra bruxas

1. O pai toma a primeira camisa usada pela criança, criva-a de agulhas, coloca-a dentro de um pilão de chumbar café e, com a mão de pilão, soca-a até que as agulhas penetrem na madeira do pilão — ou seja, no corpo da bruxa, que, não podendo resistir à dor, vai procurar a família, para confessar-se culpada, e perde o encanto.

2. Põe-se uma ceroula do pai, disposta em cruz, sobre a criança. Reza-se o creio-em-deus-padre de trás para diante. Sobre a mesa, ou numa cadeira, coloca-se um pires com água benta, conseguida na igreja, ou comum, apanhada na fonte numa sexta-feira antes do nascer do sol; dentro do pires, um bocado de cera virgem e a chave da porta principal. Os pais devem ficar acordados e atentos,no escuro. Quando a criança chorar (sinal de que a bruxa está a chupar-lhe o sangue), os pais devem, com a cera virgem, tapar o buraco da fechadura. Basta aguardar então o desencanto da bruxa, que se dará exatamente quandoo galo preto cantar.

3. Dentro de um baú de folha-de-flandres acende-se uma vela benta; reza-se o creio-em-deus-padre, de trás para diante, sobre a chama da vela e abaixa-se a tampa do baú de tal modo que o ar possa nele penetrar, mantendo viva a chama. Coma casa às escuras, todas as chaves devem ser retiradas das portas e colocadas em cima do baú. Quando a criança chorar, os pais apanham as chaves de cima do baú, introduzem-nas nos buracos das fechaduras e acendem as luzes. Presa, a bruxa, coagida pela oração e pela vela benta, tenta fechar o baú. E, ao sentar-se em cima dele, perde o encanto.

4. Uma variante da anterior. Num meio alqueire de medir farinha, junto à cama da criança, acende-se uma vela benta, sobre a qual se reza o creio-em-deus-padre de trás para diante. A casa deve ficar às escuras, com todas as chaves sobre o meio alqueire. Quando a criança chorar, os pais apanham as chaves, introduzem-nas nas fechaduras e acendem as luzes. A bruxa, sentindo-se presa, procurará sentar-se sobre o meio alqueire, com o que se desencantará.

5. Põe-se uma tesoura, aberta em cruz, numa mesa próxima ao berço da criança. As chaves das portas devem estar num pires com água benta. A casa estará às escuras. Quando a criança chorar, os pais introduzem as chaves nas fechaduras e acendem as luzes. A bruxa, que tem horror a tesouras abertas, perde o encanto.

6. Cozem-se folhas de guiné, cordão-de-frade, limoeiro e arruda, nove dentes de alho e um pouco de mostarda. Com esse cozimento dá-se um banho na criança. Todos os irmãos e todas as pessoas da família, residentes na casa, devem lavar os pés na mesma água, até chegar a vez do pai, que reza o creio-em-deus-padre, de trás para diante, sobre a vasilha. Fecha-se então a porta, deixando-se a chave em falso, quase a cair, pela parte de dentro. Põe-se a vasilha com a água do cozimento abaixo da fechadura. Para penetrar na casa a bruxa deve empurrar a chave, que cairá dentro da vasilha, fazendo com que ela se desencante. Esta armadilha deve ser preparada às sextas-feiras, à hora da ave-maria.

Se estas armadilhas, mais simples, não dão resultado, — há bruxas mais sabidas e mais experientes do que as outras, que não se deixam apanhar com facilidade, — preparam-se outras, mais fortes e mais terríveis, não apenas para desmascarar, mas também para revidar, de algum modo, os poderes maléficos das bruxas, como as duas seguintes:

7. Num prato com água, perto da cama da criança, põem-se nove dentes de alho, numa sexta-feira, à hora da ave-maria, rezando-se o creio-em-deus-padre, de trás para diante. Uma faca bem afiada deve estar sob a cama do doente. Retiram-se todas as chaves das portas, para que a bruxa possa entrar. Quando a criança chorar, dá-se-lhe uma colherinha da água que está no prato e corta-se, com a faca, um pedacinho da ponta de uma fita vermelha, comprida, que surgirá descendo da cumeeira da casa, em direção à boca da criança. Guarda-se o pedaço da fita, sem nada dizer a ninguém. Uma história corrente, relativa a esta armadilha, conta que o pedacinho de fita vermelha se transformou, no bolso do pai, numa orelha humana — a orelha da bruxa, que deste modo pôde ser identificada.

8. À hora da ave-maria, numa sexta-feira, põe-se, numa mesa próxima à cama da criança, um copo de cachaça sobre uma carta (usada) de baralho; com um cigarro de palha, de fumo-de-corda forte, e uma faca afiada e pontiaguda, faz-se uma cruz sobre a mesa. Reza-se o creio-em-deus-padre, de trás para diante. Quando a criança chorar, retira-se o copo de cima da carta de baralho, apanha-se a faca e com ela se golpeia ou decepa qualquer parte de um bicho que aparecerá nas bordas do copo ou em cima do cigarro ou da carta de baralho. Uma estória referente a esta armadilha conta que o pai, tendo cortado a pata de uma rã que se equilibrava na borda do copo, viu-a transformada em dedos humanos — os dedos da bruxa que chupava o sangue do seu filho.

Nestes dois últimos tipos de armadilha, no dia seguinte corre a notícia de que uma mulher da vizinhança foi acidentada. O pai, que deve manter o maior sigilo, terá de procurá-la, para que a armadilha dê o esperado resultado — a transformação mágia, em parte do corpo, das coisas que conseguiu arrancar à bruxa, quando esta cumpria seu triste destino.

Sempre que preparam uma armadilha, os pais devem estar prevenidos com um rabo-de-tatu, conservado no fumeiro da cozinha, para, quando a bruxa reassumir a forma humana, aplicar-lhe uma boa surra, até fazer sangue. Para reforçar a quebra do encanto, as feridas da bruxa devem ser lavadas em salmoura — sal, pimenta e alho ou sal, cachaça e vinagre.
___________________________________________________________________________
FONTE: Cascais, Franklin. "As bruxas da ilha de Santa Catarina". Revista Brasileira de Folclore, ano 3, nº 6, maio/agosto de 1963, p.125-130)

Vesalius, o ladrão de carcaças

Considerado um dos fundadores da ciência da Anatomia humana, o belga André Vesálio (1514-1564) já nasceu próximo a cadáveres. Da casa de seus pais, na entrada da cidade de Bruxelas, enxergava-se o local onde criminosos executados tinham seus corpos pendurados para que as aves de rapina os devorassem até os ossos.

Seu nome original, Andries van Wesel, foi posteriormente latinizado para Andreas Vesalius. Nasceu em Bruxelas, filho de um boticário. Brilhante aluno de Medicina, com apenas 23 anos Vesálio ocupou a cadeira de Cirurgia Anatômica da Universidade de Pádua, na Itália, a melhor escola médica da época.

Seu grande mérito foi revelar o funcionamento do corpo humano a partir da dissecação de cadáveres, registrando em belos desenhos tudo o que descobria. Para tanto, aproveitava todas as oportunidades, legais ou ilegais, a fim de se abastecer de espécimes. "O meu desejo de possuir aqueles ossos era tão grande que, no meio da noite, sozinho e entre todos aqueles cadáveres, não hesitava em tirar o que desejava", chegou a confessar.

Em 1537 é nomeado professor da universidade italiana e dá aulas também em Pisa e Bolonha. Em 1544 torna-se médico particular de Carlos V e, em 1559, de Felipe II, ambos reis da Espanha. Publica em 1538, em Veneza, as Seis Pranchas Anatômicas, nas quais antecipa a moderna nomenclatura de anatomia. Sete Livros sobre a Estrutura do Corpo Humano, sua obra mais significativa e publicada em 1543, descreve os sistemas muscular e ósseo e contesta os ensinamentos dos médicos antigos.

É condenado à morte pela Inquisição em 1561, por haver dissecado um corpo humano. Felipe II consegue comutar a pena para uma peregrinação a Jerusalém. Morre na volta, quando o navio em que viaja naufraga na ilha de Zante, na costa da Grécia.

Fontes: Superinteressante; Algo Sobre.

Bruxas em Santa Catarina

Quando de um casal nascem sete filhas, sem nenhum menino de permeio, a primeira ou a última será, fatalmente, uma bruxa. Para que isso não venha a acontecer faz-se mister que a mana mais velha seja a madrinha de batismo da mais moça. São apontadas como tal certas mulheres magras, feias, antipáticas.

Dizem que têm pacto com o demônio, lançam maus olhados, acarretam enfermidades com os seus bruxedos, etc. Costumam transformar-se em mariposas e penetrar nas casas pelo buraco das fechaduras.

Têm por hábito chupar o sangue das crianças ou mesmo de pessoas adultas, fazendo-as adormecer profundamente. A marca do chupão deixado na pele, chamado o vulgo de "melancolia". Para que as crianças não batizadas não sejam atacadas pela bruxas, deve-se à noite conservar a luz acesa no quarto. Sabe-se que uma mulher é bruxa, quando dá a apertar a mão canhota esquerda.

Para se descobrir a bruxa que chupa o sangue da criança e ela logo apareça, soca-se, em um pilão a camisa da criança ou da pessoa por ela chupada. Ela logo se apresenta e pede para que não façam aquilo.

Existe também uma oração contra elas; quem a possui consegue descobri-la e prendê-la e também não adormece quando ela à noite penetra em casa. A pessoa assim premunida toma, para prendê-la, de um tacho ou uma medida de alqueire e logo que a bruxa entra em casa, emborca o tacho ou a medida e ela fica incapaz de sair.

Há ainda outro processo de identificar uma bruxa: vira-se a lingueta da fechadura de uma canastra. A bruxa, ao entrar em casa, a primeira coisa que faz é pedir para endireitar a lingueta.
___________________________________________________________________________
Fonte: BOITEUX, Lucas A. "Achegas à poranduba catarinense". Em Boletim trimestral da sub-comissão catarinense de folclore

O diabo e seus parentes

Sabendo-se (como se sabe) que o diabo não é um só, mas legiões (precisamente — segundo cálculo de antigos e conspícuos demonólogos: 1.758.064.176 capetas...) é natural que se julgue haver, entre tantos demônio, certas relações de parentesco, mais ou menos estreitas.

Tomando porém, o diabo ou um diabo só — também será natural supor tenha até pai e mãe, e — se casado — mulher e filhos. Pelo menos, o povo simples assim o entende, referindo até, em contos, provérbios e expressões usuais, esse parentesco danado.

Num livro interessante, escrito por autor argentino que esteve na Bélgica e lhe vasculhou o folcore, El diablo em Bélgica, de Roberto J. Payrú (Buenos Aires, 1953, p.18) — se divulga uma velha crendice daquele país, segundo a qual "cuando llueve y hace sol, al propio tiempo, para nosotros [os argentinos] 'se casa una vioja', mientras que en Bélgica, 'el diablo azota, a su mujer (o a su madre) y casa a su hija'. En el dicho valón:

S é l'oyal ki bat'si mor
é ki maréy si fèy"

O que significa, em vernáculo: É o diabo que bate na mãe e casa a filha.

Já aí temos, portanto, alguns parentes do diabo: a mãe, a mulher e a filha.

Conheço um provérbio português em que se encaixa também o diabo e sua mãe dele. Vejo-o transcrito num dos livros de Camilo, A corja (Lelo, Lisboa, 1943, p.81), no seguinte passo: "— Pois você que cuidava do barão? Quando eu lhe disser que a burra é preta, olhe-me para o cabelo. Eu não lhe dizia que entre o Macário e a Felícia, que viesse o diabo a escolhesse? Isto tudo é uma corja. Tão bom é o diabo como sua mãe..."

Cá no Brasil, também corre outro adágio alusivo à mãe do diabo. Deparo-o no livro de Guimarães Rosa, Corpo de baile (José Olympio, Rio de Janeiro, 1956, v.1, p.184), referindo-se a um lugar perigoso ou nos cafundós do juda: "O lugar era da mãe do demo".

Salvo pelo gongo

Qual seria a origem da expressão “Salvo pelo Gongo”? Existem várias versões para explicar a origem dessa expressão de quando alguém consegue se livrar, no último instante, de alguma situação.

A expressão parece ter sua origem na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

Só que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo.

Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma fita no pulso do defunto, que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada em um sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.

Antigamente, havia casos reais de pessoas que eram enterradas vivas de fato. Isto ocorria principalmente quando o "defunto" em questão sofria de "catalepsia".

A catalepsia é uma doença rara em que os membros e músculos se tornam rígidos e sem contrações, e a pessoas que sofrem desta doença podem passar horas nesta situação em um momento de crise. Até o começo do século 20, os médicos não contavam com meios precisos para distinguir uma crise de catalepsia com um óbito.

Na Inglaterra dos séculos 18 e 19 existia um pânico generalizado na população de sofrer de catalepsia e ser enterrado vivo. Muitos fabricantes de caixões e túmulos haviam inventado uma série de artifícios para uma pessoa poder avisar dentro do caixão, que estava viva de fato.

Atualmente, os especialistas afirmam que o risco de uma pessoa com catalepsia ser confundida com uma pessoa morta é zero, pois já existem equipamentos tecnológicos que, quando corretamente utilizados, não falham ao definir os sinais vitais e permitem atestar o óbito com precisão..

Fontes: Gato Peleque; Edu Explica.

A Mirra

A mirra é um corpo seco de homem que foi amaldiçoado. A terra não come a carne e esta vai ressecando em cima dos ossos.

Um rapaz muito vivo e engraçado entrou num cemitério com seus companheiros e ao sair viu uma mirra. Lembrou-se de dizer, por chiste:

— Está magra de fome. Venha dai cear comigo!

— Irei — disse a mirra, com uma voz fanhosa, toda passando pelo nariz. O rapaz ficou assombrado e foi dali lançar-se aos pés do vigário a quem tudo contou.

— Tens que cumprir o convite. Depois da ceia te convidará e aceitarás sem sinal de medo. Volta cá que te darei outro conselho.

O rapaz preparou a ceia e a mirra foi-lhe bater à porta à meia noite, sentando-se á mesa e comendo até não mais poder. Depois falou para o dono da casa:

— O bem que me recebeste em tua casa, devo retribuir de qualquer modo. Amanhã esperar-te-ei onde me convidaste.

E se foi embora. O rapaz não dormiu e pela manhã estava na casa do vigário que lhe deu um rosário indulgenciado, com o perdão da hora-da–morte e emprestou-lhe a capa com que saía.

O rapaz foi para o cemitério e encontrou a mirra.

— Está bem. Deixa a capa aqui e o rosário de que não tens necessidade lá dentro.

— Não, que está frio e do rosário não me separo!

A mirra teimou e o rapaz não cedeu. Estiveram debatendo esse ponto, quando a mirra declarou:

— Assim não te posso levar para cear comigo Não posso ficar junto da capa dos ministros de Deus e das armas de Nossa Senhora. Vai-te, e não tornes a brincar com os que não vivem…

O rapaz pôs-se fora o mais depressa que pode e nunca mais disse graças com os mortos.
___________________________________________________________________________
Fonte: Os melhores contos Populares de Portugal. Organização: Câmara Cascudo. Dois Mundos Editora, 1944.