terça-feira, 16 de outubro de 2012

Abracadabra

Palavra mágica de origem desconhecida. Segundo a crença, seu poder consiste em afastar malefícios, doenças e a morte.

O cronista latino Wuintus Serenus Sammonicus, que acompanhou o imperador Severo à Bretanha, no ano de 20, menciona essa palavra num poema como uma cura para febres infecciosas.

Eliphas Levi, em seus tratamentos de magia, discute longamente o triângulo mágico formado pelas letras da palavra abracadabra, e a conecta com outros conceitos mágicos inclusive com o simbolismo do tarô. Para melhores resultados, a palavra deve ser escrita na forma de um triângulo e usada ao redor do pescoço.

Alguns estudiosos afirmam que abracadabra é uma corruptela do termo sagrado gnóstico abraxas, uma fórmula mágica significando, entre outras coisas, “proteja-me” ou “não me deixe cair em desgraça”.

Outros insistem que ela deriva do aramaico abhadda kedabrah, "doença, desapareça desse mundo”.

Essa fórmula mágica foi usada intensamente pelos primeiros gnósticos, que procuravam aproteção dos espíritos benevolentes ou combater a aflição.

Fonte: Dicionário Mágico.

Jeannette Abadie

Foi um feiticeira francesa que viveu no povoado de Sibourre, na Gasconha francesa. Enquanto ela dormia, um demônio a carregou para um sabbath (reunião de feiticeiras), e quando ela se acordou achou-se cercada por numerosa companhia. 

Ela notou que o chefe dos demônios, como o deus romano Janus, possuía duas faces. Jeanette salvou-se da fogueira após confessar tudo que lhe havia acontecido e renunciar a feitiçaria.

Conta a historia que a jovem menina foi supostamente atraída para a bruxaria e foi uma das principais testemunhas sobre a suposta práticas dos Sabbath. Essa historia está na narrativa da Pierre de Lancre, um conselheiro real do Bordeaux, que fez um estudo exaustivo sobre bruxaria, depois de sua história, tornou-se nomeado em 1609 para uma comissão para julgar pessoas acusadas de bruxaria.

Jeanette alegou ter sido abordado por uma mulher chamada Gratianne e levada para Sabbath das bruxas, presidida pelo próprio Diabo. Em contrapartida, Gratianne tinha recebido um punhado de ouro. Jeanette disse que o diabo assumiu a forma de um medonho homem de pele negra com seis ou oito chifres na cabeça, uma cauda grande, e duas caras, uma na frente e um atrás, semelhante à representação do deus romano Janus.

 Em seu primeiro sábado, ela era obrigada a renunciar a Deus, a Virgem Maria, seu batismo, a família, o céu, a terra, e todas as coisas mundanas, e também foi obrigada a beijar o diabo nas nádega. A todo o momento que fora atraida para o Sabbath, ela teve que repetir as renúncias, isso muitas vezes.

- "Também tive que beijar as nádegas do Diabo, e freqüentemente também o rosto, o umbigo e o pênis" - disse ela.

Jeanette afirmava que também havia crianças (filhos de bruxas) fazendo parte dessas cerimônias.

Fontes: Dicionário Mágico; Scientia Magus.

Abaris

Abaris foi um feiticeiro cita, alto sacerdote de Apolo. Este o presenteou com um flecha de ouro com a qual Abaris podia viajar pelos ares como pássaro. Por isso, os gregos o chamavam de Aeróbata.

Segundo uma lenda, Pitágoras foi seu aluno e roubou-lhe a seta de ouro.

Abaris era capaz de controlar o tempo, predizendo o futuro, afastar as doenças e viver sem comer nem beber. Ele vendeu para os troianos seu famoso talismã, o paládio (um atributo da deusa Palas Atena), que protegeria a cidade onde ele fosse colocado.

Ocultistas modernos consideram Abaris um dos grandes iniciados da humanidade.

Fonte: Dicionário Mágico.

Abigor

Illustração de Collin de Plancy de Abigor, do Dictionnaire Infernal.

Demônio que comandava sessenta legiões infernais. Aparece como um famoso cavaleiro cavalgando um cavalo alado. Abigor conhece o futuro e todos os segredos da guerra.

Abigor (também Eligos ou Eligor) foi um mítico feiticeiro ou necromante, considerado pelos antigos como gênio infernal, uma espécie de “Demônio da Guerra”, e um comandante dos exércitos de Satanás.

Também é considerado um deus da honra e da glória, diz que na batalha do Juízo Final ele irá derrubar muitos anjos antes de cair diante do arcanjo Miguel.

É tido como detentor do todo o conhecimento da arte da guerra e de todas as guerras do passado, do presente e do futuro.

A história diz que Abigor voltará para a terra na forma de um jovem de beleza encantadora e única, não como ser possuído, mas fazendo parte do corpo e da alma, será temido e odiado, amado e desprezado, terá o dom da escrita e da fala, um corpo e um poder de sedução, seus olhos na lua cheia serão como tochas acesas ao luar, saberá convencer melhor que qualquer um e será conhecido como "Lex", o senhor da justiça.

Fontes: Wikipédia; Dicionário Mágico.

A lenda do Caleuche

Uma das lendas mais conhecidas da mitologia Chilota do sul do Chile descreve o Caleuche, um navio fantasma que aparece todas as noites perto da ilha de Chiloé. Segundo a lenda local, o navio é uma espécie de ser consciente que navega nas águas ao redor da área, levando consigo os espíritos de todas as pessoas que se afogaram no mar. Também é descrito na aparência de um grande veleiro cuja cobertura principal é cheia de luzes brilhantes, e que navega ao som de músicas e orquestras.

Diz a lenda que quando deseja passar despercebido, este navio mal assombrado esconde-se sob as águas ou é cercado por uma neblina sobre natural que faz com que fique invisível aos olhos humanos.

De acordo com diferentes versões que cercam as míticas aparições do estranho veleiro, acredita-se sobre sua tripulação ser constituída pelo sombrio Chiloé Waeloxks e seus fiéis servidores que morreram no mar, pela fantasmagórica tripulação de escravos, por duas bruxas míticas e por todos aqueles que decidirem ir com o navio voluntariamente sendo assim retribuídos pela promessa de riqueza.

Além disso, diz-se que quando se navega pelos mares do arquipélago de Chiloé, pode-se ver o Caleuche e suas almas em festa a vagarem eternamente recolhendo as almas para aumentar sua macabra tripulação.

A lenda do Caleuche, relaciona-se de formas diferentes, com inúmeros aspectos da história e das crenças do arquipélago de Chiloé.

Entre as inúmeras hipóteses propostas, sugere-se que o mito pode ser uma variação lenda do europeu  Holandês Voador, que foi baseada em fatos reais, como por exemplo sobre o desaparecimento do navio holandês "A Calanche", ou que originou-se nos misteriosos desaparecimentos nas expedições espanholas ou na chegada de navios piratas holandeses como o liderado por Baltazar de Cordes, que em 1600 capturou toda a ilha por um período curto.

Alguns também dizem sobre as aparições serem provenientes ao fenômeno da "OSNIS" (objetos não identificados submersíveis).

Fontes: Histórias Assombradas.

A Procissão dos Ossos

Em Portugal, em 1498, determinou o rei dom Manuel que à Irmandade da Misericórdia fosse permitido todos os anos, no dia de Todos os Santos, retirar dos patíbulos os restos ainda pendentes dos justiçados para lhes dar sepultura. 

Foi esta a origem da procissão dos ossos. Investida a Misericórdia do Rio de Janeiro nos privilégios e atribuições da sua congênere de Lisboa, que lhe servira de modelo, assumiu também aqui o mesmo encargo.

À tarde do dia primeiro de novembro começavam a dobrar funebremente os sinos de todas as igrejas, tocando a defuntos. No início da noite, concluídas as vésperas, saíam os irmãos da Misericórdia, em solene cortejo, com os farricocos carregando duas “tumbas” para recolher as ossadas ao pé da forca.

Era o mais funéreo espetáculo que se possa imaginar. Quem quiser conhecer a organização desse préstito encontrará a descrição pormenorizada no velho “compromisso” da Irmandade, no capítulo que diz: “Do modo com que se hão de ir buscar as ossadas dos que padeceram por justiça…”

Cumprida a sua macabra missão, regressava a procissão à igreja da Misericórdia onde eram depositadas as tumbas. Havia então sermão e ofício dos mortos. Revezando-se, os irmãos velavam os restos mortais recolhidos que, na manhã seguinte, eram inumados no cemitério atrás do hospital.

Com o abrandamento dos costumes e o aperfeiçoamento da civilização, deixou de ser proferida a sentença de morte natural para sempre e a procissão dos ossos pouco a pouco foi perdendo a razão de ser, até que se extingüiu.

Fonte: Coaracy, Vivaldo. Memórias da cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, Livraria José Olympio Editora, 1965. Coleção Rio Quatro Séculos, 3

Acônito

O acônito (Aconitum napellus) é uma planta venenosa, pertencente à família Ranunculaceae muito utilizada em fármacos homeopáticos. Possui raízes tuberosas e caule ereto, com flores azuis na forma de um elmo. O fruto é uma vesícula. Os sintomas do envenenamento por sua causa são salivação excessiva, falta de ar, tremores e aceleração dos batimentos cardíacos. Apenas 10 gramas de raíz constituem uma dose letal para o ser humano.

É uma planta vivaz que pode atingir até 1,5 metros de altura, tem folhas verde-escuras, palmeadas e recortadas, flores azuis, raramente brancas, e raiz fusiforme. 

Era muito usada em ungüentos preparados por feiticeiras medievais. Considerada a mais mortal de todas as plantas que são associadas à "bruxaria", também é conhecida como “veneno de lobo”, uma vez que era usada nas flechas para caçar tais animais na região do Egeu e do Mediterrâneo.

Originalmente é do oeste europeu, mas passou a ser cultivado na Grécia antiga e difundido na Itália. Hoje em dia é uma erva que pode ser encontrada até mesmo na Inglaterra e País de Gales. Entre os efeitos do acônito estão profundas alterações nos estados de consciência, o que o leva a ser uma erva bastante utilizada em rituais de deslocamento.

A intoxicação num primeiro momento traz excitação geral, com parestesia nos lábios, língua e garganta por bloqueio do trigênio. Depois alterações gastrointestinais: diarréia, vômitos e sialorréia. Em uma segunda fase se produz hipotermia e paralisia dos músculos respiratórios e bloqueio dos centros nervosos cardiorrespiratórios, que pode conduzir a la morte por asfixia em poucas horas. 

Na medicina, é uma planta bastante utilizada em remédios homeopáticos. Indicações: asma, bronquite, congestão pulmonar, corisa, doença inflamatória, febre com delírios, feridas na pele, gota, gripe, hipertrofia do coração, laringite aguda, nevralgia facial, nevralgia lombociática e do trigênio, palpitação nervosa, pneumonia, reumatismo, tosse espasmódica, úlceras.

O uso interno somente deve ser feito com receita médica, em doses homeopáticas e com preparações farmacêutica com determinação do conteúdo de alcalóides. É muito venenosa, não tocá-la quando efetuar a colheita. Aconselha-se, a utilização dos preparados farmacêuticos. Jamais usar na gravidez, lactação, em crianças, em combinações com álcool, sedantes, anti-histamínicos, hipnóticos, antidepressivos, espasmolíticos, pessoas com constipação, febre alta ou hipertensão. A dose letal é de 1 a 3 mg de aconitina (equivalente a 2 a 4 g de tubérculo fresco).

Desenterra-se os tubérculos com as raízes jovens (verão ao princípio do outono). Depois de muito bem limpos cortá-los no sentido do comprimento secá-los o mais rapidamente possível à sombra à temperatura de 40º C a 50º C.

Outros nomes populares: capacete-de-júpiter, capuz-de-frade, casco-de-júpiter, napelo, ito, anapelo, matalobos, nabillo del diablo, napelo (castellano), aconite, blue rocket, true monkshood, wolfsbane (inglês), bachnag, mithazahar (hindú), ts’ao-wu, wu-t’ou (chinês), aconito (italiano).

Fontes: Dicionário Mágico; Jardim da Magia; Wikipédia.