domingo, 25 de março de 2012

O enigma de Stonehenge

Na planície de Salisbury, sul da Inglaterra, se ergue o estranho e indecifrável complexo monolítico chamado Stonehenge, um enigma tão grande quanto ao das pirâmides. É o monumento pré-histórico mais importante da Inglaterra e não há nada semelhante à ele em todo o mundo. Este altar de pedras é usado há 5.000 anos e até hoje não se tem certeza de sua finalidade. Rituais druidas, cerimônias em homenagem ao sol, ou portal para seres de outros planetas?

Os saxões chamavam ao grupo de pedras erectas "Stonehenge" ou "Hanging Stones" ( pedras suspensas), enquanto os escritores medievais se lhes referem como "Dança de Gigantes".

As “pedras azuis” usadas para construir Stonehenge foram trazidas de até 400 km de distância, nas montanhas de Gales, com direito a travessia marítima, quando não faltavam pedreiras na vizinhança. Algumas pesam 50 toneladas e tem 5 metros de altura. Se alguém traçar uma linha no chão, passando no meio do círculo formado pelas pedras, vai ver que esta linha aponta para a posição do nascer do sol de verão.

A mais antiga referência ao monumento, supõe-se, é a que faz o grego Hecateu de Abdera na sua "História dos Hiperbóreos", datada de 350 a.C. : "ergue-se um templo notável, de forma circular, dedicado a Apolo, Deus do Sol..."

O monumento é um exemplo clássico das civilizações megalíticas. Cientistas afirmam que Stonehenge foi construído entre os anos 2800 e 1100 a . C., em três fases separadas:

1ª Fase : (Morro Circular), que conhecemos como o círculo externo de Stonehenge e dos três círculos de buracos, cinqüenta e seis ao todo, que cercam o monumento. As quatro "pedras de estação" que se supõe terem sido utilizadas como um Observatório Astronômico, o objetivo aparente seria observar o nascer e o por do Sol e da Lua, visando elaborar um calendário de estações do ano. 

2ª Fase : que iniciou em 2100 a . C., houve a construção do duplo círculo de pedras, em posição vertical no centro do monumento, bem como da larga avenida que leva a Stonehenge e da margem externa das planícies cobertas de grama que o rodeiam.

Na Terceira e última fase, o duplo círculo de pedras foi separado e reconstruído, sendo erguidos muitos dos trílitos.

Originalmente Stonehenge era um círculo externo media 86 m de diâmetro. O círculo interno,com as pedras maiores, media 30 m. Havia ainda uma avenida de acesso principal onde ficavam os portais de pedra, marcando o alinhamento do sol e os ciclos da lua. Analisando-se as pedras viu-se que elas foram cortadas para encaixar exatamente uma na outra, o que é incrível, já que na época não existiam ferramentas de construção com esta precisão.

Ao meditar sobre os mistérios de Stonehenge, vale lembrar que, naquela época, diferentes tribos e autoridades contribuíram para a construção de Stonehenge. Cada um pode ter tido objetivos diferentes para construir o monumento.

Alguns relatos históricos contam que os druidas, sacerdotes celtas, de uma tribo que habitou a região da Inglaterra durante o império Romano fizeram cerimônias aqui, mas é certo que não foram eles que construíram Stonehenge, pois o monumento já existia quando os druidas chegaram à Inglaterra, a datação pelo carbono-14 prova isto. Eles apenas herdaram a tradição, costumes e rituais dos primeiros moradores deste lugar.

Acredita-se que Stonehenge e outros sítios megalíticos hajam sido construídos pelos antepassados dos Druidas deste milênio, por acreditarem que fossem lugares de grande força para concretizarem seus rituais...em vez de templos fechados eles reuniam-se nos círculos de pedra, como se vêem nas ruínas de Stonehenge Avebury, Silbury Hill e outros.

Durante séculos, Stonehenge foi cenário de reuniões de camponeses e nos últimos 90 anos os "druidas" modernos celebraram aqui o solstício de Verão. Durante aproximadamente 20 anos, milhares de pessoas se reuniam no local todos os meses de junho para assistirem ao festival que aí tem lugar. Mas em 1985 as autoridades proibiram tanto a vinda dos druidas como o festival em si, receosas de que as pedras, assim como a paisagem circundante, possam ser danificadas

Diversas pedras de Stonehenge tem desenhos ou inscrições feitas pelas antigas civilizações, embora já estejam bastante apagadas pelo tempo. Como o local não fica longe de Londres, há diversas excursões de um dia que vão até lá.

O fim de Stonehenge aconteceu por volta do ano 1.600 AC. Foi a partir daí que começou sua destruição. Apesar do tamanho enorme, muitas das pedras desapareceram. As menores foram carregadas por visitantes que queriam levar uma "lembrança". A partir de 1918 o local começou a ser recuperado, e muitas das grande pedras que estavam inclinadas e ameaçando tombar foram reerguidas. Atualmente, o lugar é administrado pelo English Heritage, e como o número de visitantes é de cerca de 700.000 por ano, foram tomadas medidas mais rigorosas para garantir a preservação de Stonehenge.

Ao redor do monumento principal existem outras obras intrigantes. Afastado de Stonehenge, 800 m ao norte está o chamado Cursum. Semelhante à uma pista reta de corridas de cavalos, com 2,8 km de comprimento e 90 m de largura, imagina-se que ele também era usado em cerimoniais religiosos e procissões. Alguns adeptos do estudo dos OVNI afirmam entretanto que seu objetivo era servir como pista de pouso para naves interplanetárias.

Depois da visita à Stonehenge, ficam muitas dúvidas, algumas suposições, e poucas certezas. Porque trouxeram pedras tão imensas e pesadas de tão longe, exatamente para aquele lugar? Quem de fato construiu o monumento e porque? Sozinhos ou tiveram ajuda de alguma outra civilização? Que civilizações eram estas, que já na pré-história tinham conhecimentos tão profundos de astronomia, engenharia, e matemática? Teria sido Stonehenge realmente construído com ajuda de povos vindos de outros planetas, ou isto tudo não passa de ficção?

Fonte: Revista Turismo.

Os Druidas

Os druidas formavam a classe de sacerdotes entre os celtas, povo originário da Europa oriental que, no primeiro milênio a.C., se espalhou por quase todo o continente, até a Grã-Bretanha. "Os druidas eram considerados intermediários entre os homens e os deuses e atuavam também como juízes, magos e professores", afirma Pedro Paulo Funari, professor de História e Arqueologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

"Como os celtas não deixaram obras escritas - apenas inscrições em objetos como taças e moedas - o que sabemos sobre eles vem de relatos dos romanos, surpresos com o fato de os druidas serem sacerdotes em tempo integral - pois em Roma essa função era acumulada por políticos, generais e magistrados", diz o historiador.

A principal fonte sobre os druidas é o próprio imperador Júlio César, que conta que eles tinham o privilégio de não pagar impostos e nem servir ao exército. Seus rituais incluíam sacrifícios humanos e, principalmente, o culto à natureza, toda ela considerada encantada por espíritos das árvores, bosques, lagos, fontes, cachoeiras e animais.

O druida (druid), na religião dos antigos povos celtas, era a pessoa que exercia as funções de sacerdote, poeta, juiz e legislador. Etimologicamente, a palavra druida deriva do gaulês dru-(u)id, que tinha o sentido de 'dono da ciência' ou 'muito sábio' entre os gauleses, povo pertencente ao tronco celta situado principalmente nos territórios das atuais, França, Bélgica e Luxemburgo a partir do ano 1000 a.C., aproximadamente. 

O historiador romano Plínio o Velho, entretanto, relacionou etimologicamente a voz druida com o nome grego drãj 'carvalho', certamente pela importância que nos cultos religiosos druídicos tinham esta e outras árvores.Os druidas desempenhavam várias funções, eram sacerdotes, bardos, poetas e magos sem distinções como os historiadores gregos pensavam, inclusive Lucano.

Os druidas mais famosos da história, presentes em todas as sociedades celtas, foram os estabelecidos nas Gálias e nas Ilhas Britânicas, onde eram os depositários de toda a tradição oral dos povos celtas.

Sua crença principal era a imortalidade do ser, visto que seus mortos continuavam vivendo em outro mundo, identificado como subterrâneo, onde o morto acompanhava seus deuses; os enterros celtas não eram diferentes. O corpo do morto era enterrado com todo tipo de objetos cotidianos, pois seu uso continuaria para sempre.

Apesar de sua elevada posição social, a estrutura social dos povos celtas fez com que participassem de todos os trabalhos da comunidade, tanto nos agrícolas como nas campanhas militares, embora sua principal ocupação era a educação dos jovens, a arbitragem nos litígios ocorridos entre as diversas tribos e a celebração dos diferentes ritos religiosos (especialmente os sacrifícios).

O hermetismo destes ritos, assim como seu caráter oral, fazia com que a capacidade mais admirada pelos druidas fosse sua memória, por isso seus sucessores na tribo deviam se destacar desde jovens nesse sentido, além de jurar honrar sempre aos deuses (o conhecimento era secreto), não obrar imprudentemente e estar sempre disponíveis para os serviços que demandasse a comunidade.

A vida cotidiana de um druida estava apoiada na estrita subserviência a estas regras e na observação da natureza, onde descobriram os usos medicinais; o respeito pelos bosques como lugares sagrados era outra de suas ocupações, para o qual contaram com o apoio da aristocracia militar das comunidades celtas.

São muito escassos os escritos sobre antigos gauleses, a maioria dos textos foi escrita em grego, embora alguns deles tenha relação direta com as atividades druídicas. Segundo estudiosos, os druidas não tinham livros sagrados, pois transmitiam sua doutrina e sua sabedoria de forma oral.

De acordo com registros, em 1971 foi encontrado um texto em doze linhas de uma oração a uma divindade desconhecida inscrita em uma prancha de chumbo na fonte de Chamalières, perto de Clermont-Ferrand (França). Em 1983, encontrou-se na aldeia do Veyssière (Aveyron, França), o chamado Chumbo do Larzak, de 57 linhas, inscrito uma mensagem para o outro mundo que devia levar até ali uma druidesa morta.

Muito importante também é o chamado Calendário de Coligny, encontrado no final do século XIX, gravado em uma prancha de bronze de quase um metro e meio de comprimento e 80 centímetros de largura, fonte da fé dos profundos conhecimentos astronômicos desses sacerdotes.

Até o momento, tudo o que conhecemos sobre os cultos e as atividades druídicas, devemos aos historiadores gregos e, sobre tudo, latinos, cuja visão sabemos que às vezes estava muito deformada pela hostilidade entre o povo romano e o gálico. Por outro lado, têm-se muitos mais dados a respeito dos druidas e, em geral, dos povos gálicos assentados na área continental que nas Ilhas Britânicas, já que o contato mantido pelos romanos com os galos foi muito mais contínuo e intenso.

Uma das mais importantes fontes históricas para o conhecimento das atividades druídicas é o tratado historiográfico De Belo Gallico 'Da guerra das Gálias', de Júlio César, quem afirmou que os druidas constituíam uma espécie de casta de iniciados que deviam receber uma formação esotérica, muito rigorosa e prolongada, nas Ilhas Britânicas.

César também assinala que os druidas se encarregavam de presidir todos os sacrifícios públicos e privados, as atividades religiosas e, as que se estendiam as suas funções aos âmbitos político e judicial, já que eram eles os encarregados de impor sentenças e castigos judiciais.

Um druida era, segundo César, um homem considerado sábio, conhecedor dos segredos da astronomia, a geografia e da natureza, além dos religiosos, e que ostentava um prestígio máximo dentro de sua comunidade, o que lhe permitia estar isento de pagar tributos e de praticar o serviço militar.

Alguns dos dados contribuídos por César sobre o conteúdo da religião druídica são especialmente interessantes; por exemplo, quando afirma que "os druidas ensinam a doutrina segundo a qual a alma não morre, mas sim depois da morte passa de um a outro", em clara referência à doutrina da metempsicose ou transmigração das almas.

O sistema religioso galo druídico devia ser muito complexo e poderoso, já que o mesmo Suetônio o chamou "religião druida", é de nossa sabedoria que alguns de seus cultos exerceram grande fascinação e inclusive influíram e impregnaram em alguns cultos romanos. Entre as funções do druida, tinha em especial relevância à preparação e presidência de todos os sacrifícios.

O geógrafo grego Estrabão, nascido na Ásia Menor, estudou em Roma, viajou por diversos países e escreveu um tratado de Geografia em dezessete livros que chegou até nós praticamente na íntegra; afirmava que os druidas faziam sacrifícios humanos cujas vítimas eram homens consagrados, embora nenhum indivíduo pertencente à casta druídica podia ser sacrificado. Os sacrifícios humanos estavam estreitamente relacionados com a adivinhação.

Plínio o Velho, autor e naturalista clássico, escreveu Naturalis Historia, um vasto compêndio das ciências antigas distribuído em 37 livros em 77 d.C., recordava que "terminados os preparativos necessários para o sacrifício e o banquete sob a árvore (um carvalho), levam ali dois touros brancos".

Sabe-se, além disso, que entre os conhecimentos transmitidos de forma oral e esotérica pelos druidas estavam os relativos à magia, ao uso de ervas, cabelos e águas medicinais e a determinação de dias fastos e nefastos, etc.

Este tipo de conhecimento druídico, afirmava alguns historiadores antigos, se relaciona também com as rituais pitagóricos gregos.

De acordo com estudiosos, a autoridade do druida estava muitas vezes acima da autoridade do rei, com o qual os sacerdotes druidas desempenhavam um papel importante, a primeira palavra era sempre a deles, e nas eleições, eram os druidas que regulamentavam e orientavam. Sacerdotes druidas de maior prestígio podiam converter-se eles mesmos em reis. Sabe-se que o druida Mog Ruith foi chamado pelos gauleses ou galos do Munster, ofereceram-lhe grandes recompensas, mas Mog Ruith recusou a realeza.

O druida, além de desempenhar normalmente as funções de juiz penal e de juiz legislador, podia exercer também em muitas ocasiões o papel de árbitro de qualquer questão política ou conflito interno que tivesse lugar dentro da comunidade, e inclusive de mediador entre várias comunidades.

Em alguns lugares chegaram a fundar centros de culto druídico de especial relevância, como o santuário britânico de Anglesey, cuja destruição ocorreu no século I d.C. pelo exército romano, descreveu Tácito.

Existem notícias, embora muito escassas e confusas, a respeito da existência de druidesas (ou druidas femininas).

Há dados, por exemplo, de uma comunidade de sacerdotisas femininas que Pomponius Mela localizou em Sena, à beira do Mar Britânico: conforme parece, estava formada por nove sacerdotisas virgens especializadas em profetizar o futuro e realizar curas mágicas, mas também em provocar tempestades e em transformar pessoas em animais, ações deste tipo contribuíram para associarem as druidesas às bruxas.

É possível que ecos destes cultos druídicos femininos sobrevivessem, por exemplo, nos ritos realizados pelas monjas do monastério irlandês do Kildare, que mantinham um fogo perpétuo em honra da Santa Brígida, Santa cristã, continuação de uma antiga divindade indo-européia.

Os druidas combateram com feroz resistência à dominação romana da Gália, mesmo com a união de todas as tribos celtas, a vitória de Júlio César (52 a.C.) foi inevitável, e segundo estudiosos, eliminou a civilização celta.

A cultura e a religião druídica mantiveram quase plenamente sua vitalidade até que foram progressivamente marginalizadas e perseguidas.

O cristianismo fez todo o possível para erradicar qualquer tipo de culto religioso pagão, apesar de esquecer de erradicar também a sua influência, especialmente no terreno da religiosidade popular, pois muitas das crenças mágicas antigas ainda sobrevivem, modificando apenas os seus nomes.

Além disso, aceitou a continuidade da figura do antigo bardo ou poeta, que após, e durante boa parte da Idade Média, seguiu sendo o depositário da memória oral e do patrimônio poético dos povos de ascendência celta.

Fato é que a influência dos druidas deve ter sido considerável, pois três imperadores romanos tentaram extinguí-los por decreto como classe sacerdotal num prazo de 50 anos - sem sucesso. O primeiro foi Augusto, que impediu os druidas de obter a cidadania romana.

Em seguida, Tibério baixou um decreto proibindo os druidas de exercerem suas atividades e finalmente Cláudio, em 54 d.C., extinguiu a classe sacerdotal. Certo mesmo é que, 300 anos mais tarde, os druidas ainda continuavam a ser citados por autores como Ausonio, Amiano Marcelino e Cirilo de Alexandria, como uma classe social e religiosa de extrema importância e respeitabilidade.

A partir do século XVI vieram à luz diversas correntes de pensamento religioso que tentaram restaurar as antigas crenças e ritos druídicos e opô-los à ortodoxia cristã dominante. Estas seitas neodruídicas têm um fundo ideológico apegado à magia natural e ao culto panteísta à natureza, e conta com comunidades como a Druid Order 'Ordem Druida', fundada em 1717, que se mantém viva até a atualidade.

Outros nomes deste tipo de seitas são os de Antiga Ordem dos Druidas, Confraternidade Filosófica dos Druidas, Ordem Druida, Fraternidade dos Druidas, Bardos e Poetas ou Igreja Celta Renovada.

Atualmente, esses tipos de movimentos religiosos se acham em pleno processo de expansão, devido à decepção de muitas pessoas diante das religiões tradicionais, à tendência ao retorno a formas de pensamento e de mística naturalista, e ao renovado auge do celtismo e de sua estética musical e cultural.

(Compilado e Traduzido por Luciana Bocchetti)
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Fontes: www.misteriosantigos.com in "Enciclopedia Universal Micronet - © Micronet 1998, Octubre 1998; The Druid. - Bill Worthington Salmer - Nick Beale, 1995 - James Alexander, 1995; The Druidess. – LaRoche".

Flamel, o Alquimista

Nicolas Flamel
Nicolas Flamel (Pontoise, França, 1330 ou 1340 — Paris, 22 de março de 1418) foi um escrivão, copista e vendedor de sucesso francês que ganhou fama de alquimista após seus supostos trabalhos na criação do Elixir da Longa Vida e da Pedra Filosofal, que segundo a lenda, teria fabricado e realizado a transmutação de metais em ouro por meio de um livro misterioso. No início de sua juventude, após a perda dos pais, foi à Paris trabalhar e casou-se com a viúva Dame Perenelle. Também é conhecido, em português, como Nicolau Flamel.

Seu contato com a alquimia se inicia em torno de 1370 quando, então aos quarenta anos de idade e proprietário de uma livraria, Flamel sonha com um anjo lhe entregando um livro misterioso. Pouco tempo depois, um homem desconhecido entra em sua livraria e oferece-lhe um antigo manuscrito. Flamel identificou aquele livro como o que lhe fora entregue pelo anjo durante o sonho e comprou-o imediatamente.

Segundo sua própria citação: "Quando faleceram meus pais tive que ganhar o pão escrevendo; naquele tempo adquiri um livro dourado, muito velho e volumoso. O livro compunha-se de três fascículos de sete folhas cada um e a sétima folha de cada um aparecia em branco. Na primeira folha via-se um báculo em torno do qual apareciam enroscadas duas serpentes; na segunda, uma cruz da qual pendia outra serpente e na sétima podia ver-se um deserto, no centro do qual brotavam formosas fontes; porém delas não saiam água senão serpentes que se arrastavam em todas as direções".

A iniciação é narrada pelo próprio Flamel com as seguintes palavras: "Todavia trabalhei uns três anos, até que finalmente encontrei o elixir (havia trabalhado 21 anos) que imediatamente se reconhece por seu forte odor. Primeiro o projetei sobre uma libra e meia de mercúrio e obtive desse modo igual quantidade de prata; isso ocorreu em minha casa, estando presente unicamente minha esposa Perenelle; mais tarde, atendo-me escrupulosamente a cada palavra de meu livro, projetei a pedra vermelha sobre uma quantidade quase igual de mercúrio na mesma casa e de novo estava presente minha esposa Perenelle. Realizei a obra por três vezes com a ajuda de Perenelle, pois como havia-me ajudado no trabalho, o entendia exatamente como eu"

Ainda sobre o enigmático escrito, Flamel cita que constava o método de transmutação de metais. Ilustrando esta técnica, havia a representação de dois recipientes e da Pedra Filosofal. Uma menção mais consistente, porém, tão misteriosa diz que "Um rosal florido no meio do jardim; no solo junto às rosas uma fonte da qual emanava água branquíssima, que logo a uma distância respeitável precipitava-se num abismo. Muitas pessoas cavavam ao longo de seu curso, com as mãos na terra, tratando de encontrar a fonte, porém não conseguiam êxito porque eram cegas; somente um foi capaz – ele encontrou a água".

Buscando orientação, Flamel produz cópias de alguns trechos e símbolos do misterioso livro e parte para a Espanha, em peregrinação ao sepulcro de São Thiago. Lá, com a ajuda de um sábio judeu conhecido por Mestre Canches, consegue decifrar algumas passagens e concluir que se tratava de textos e representações gráficas sobre Cabala e Alquimia, incluindo ainda uma fórmula para elaboração da Pedra Filosofal. Sendo, aparentemente, da autoria de Abraão – O Judeu.

Canches ainda tentou acompanhar Flamel de volta à França para dar continuidade aos trabalhos de tradução e interpretação do manuscrito. No entanto, devido à idade avançada e à saúde debilitada, faleceu antes de concluir a viagem.

O alquimista teria compreendido o sentido dos processos alquímicos, mas não havia elucidado totalmente as matérias componentes. O completo entendimento só foi possível com o auxílio de Perenelle; fato que pode aludir à necessidade da presença feminina para o total desenvolvimento da técnica e obtenção da "Grande Obra".

Nos anos seguintes, desenvolve as técnicas de transmutação de metais em prata e ouro. Assim, torna-se possível dedicar-se às atividades filantrópicas como a construção de hospitais, abrigos e cemitérios nos quais, ocultos na ornamentação arquitetônica, encontram-se diversos símbolos alquímicos. Porém, não há registros de que, em momento algum, Flamel e Perenelle tenham usado as técnicas aprendidas ou os resultados obtidos para benefício próprio.

Um fato interessante é que o alquimista, talvez motivado por uma certa vaidade, sempre que uma capela, hospital, cemitério ou abrigo fosse concluído, encomendava a um escultor que representasse sua figura em duas situações distintas: uma jovial e uma outra já com aparência envelhecida e debilitada. Essa duas esculturas eram postas em locais de destaque como parte da decoração.

Conta-se que Flamel e sua esposa Perenelle, mesmo com o passar dos anos, desfrutavam de uma saúde surpreendentemente vigorosa. A este fato atribuí-se à supostas fórmulas (como o elixir da juventude) que teria desenvolvido. Flamel passou os últimos dias de sua vida fazendo anotações sobre alquimia. Faleceu em 22 de março de 1418 e sua lápide, que havia sido encomendada poucos dias antes, trazia esculpido um sol, uma chave e um livro, em mais uma referência à simbologia alquímica. Sua casa foi invadida e saqueada por populares e mercenários que buscavam metais nobres, jóias e as supostas poções da juventude e vida eterna.

Sua obra escrita também é bem rica. O Livro das Figuras Hieroglíficas (1399), O Sumário Filosófico (1409) e Saltério Químico de 1414 são referências de seus estudos e práticas alquímicas ao longo dos anos. A Biblioteca Nacional, em Paris, contém manuscritos do próprio punho de Flamel; além de registros oficiais como sua certidão de casamento.

Uma espécie de testamento teria sido deixado por Flamel a um sobrinho. Este escrito contém inúmeras anotações feitas sobre os mistérios da alquimia, redigidas pelo próprio alquimista através de um alfabeto codificado com 96 letras, ao longo dos anos de estudo e prática. O Testamento de Nicolas Flamel foi compilado na França em meados do século XVIII e copiado por um escrivão de nome Father Pernetti, para ser "decodificado" posteriormente. Finalmente, publicado em Londres no início do século XIX.

Por outro lado, o manuscrito de Abraão teria sido dado por Flamel a um sobrinho de nome Perrier. Mas a história não faz referência nem traz registros ao sobrinho. Durante o reinado de Luis XIII, um jovem de nome Dubois, supostamente descendente de Flamel, tinha em seu poder um pó através do qual, na presença do próprio rei, convertia chumbo em ouro.

Dubois foi encaminhado a um interrogatório com o Cardeal Richelieu. Argumentando que possuía o pó, mas não saberia compreender os escritos de seu antepassado e tampouco reproduzir aquela substância, Dubois teve seus bens confiscados pela igreja e foi condenado à morte por suposta bruxaria. Entretanto, o manuscrito de Abraão teria sido encontrado em poder de Dubois e, após sua condenação, subtraído por Richelieu.

Conta-se que o Cardeal levou o livro para o Castelo de Rueil onde passou a estudá-lo por muitos anos sem atingir qualquer resultado. Após a morte de Richelieu, não houve mais nenhum registro ao paradeiro do velho manuscrito.

Nesta mesma época, o túmulo de Flamel teria sido violado por ladrões que se surpreenderam ao constatar que não havia um corpo ou tampouco vestígios de que um dia aquele túmulo havia sido ocupado. Este fato gerou o boato de que o alquimista nunca teria morrido. Em outra situação, durante o reinado de Luis XIX, um arqueólogo de nome Paul Lucas havia sido solicitado pelo próprio rei a pesquisar e colher documentos que poderiam contribuir com o desenvolvimento da ciência daquele tempo.

Durante sua pesquisa, de acordo a própria narrativa, Paul Lucas fora saqueado por ladrões que lhe destituíram todo o material acumulado. No entanto, em Voyage dans la Turquie publicado pelo próprio arqueólogo em 1719, conta que conheceu pessoalmente um "filósofo" que "aparentava não ter idade" e que fazia parte de um grupo de sete membros que vagavam pelo mundo em busca de sabedoria e que, a cada vinte anos, se reunia em um local diferente pré-determinado para trocar conhecimento. Naquela ocasião, o local era a cidade de Broussa, na Turquia.

Segundo Paul Lucas, o sábio citou que era possível ao homem viver mais de mil anos se possuísse o domínio sobre a Pedra Filosofal e o Elixir da Longa Vida. Ainda, citou que Nicolas Flamel e Abraão eram componentes daquele grupo.

Fontes: Wikipédia; http://www.spectrumgothic.com.

Pedra Filosofal

Buscando a pedra filosofal - J. Wright (1771)
Obter uma pedra filosofal (Lapis Philosophorum) era um dos principais objetivos dos alquimistas humanos em geral na Idade Média. Com ela, o alquimista poderia transmutar qualquer "metal inferior" em ouro, como também transmutar seres do reino científico-biológico Animalia (reino animal) sem sacrificar algo que desse um valor considerável em troca.Com a pedra, também seria possível obter o Elixir da Longa Vida, que permitiria prolongar a vida "indefinidamente".

A busca por essas pedras são, em certo sentido, semelhantes à busca pelo Santo Graal das lendas arturianas. Em seu romance Parsifal, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos Céus por seres celestiais e teria poderes "inimagináveis".

Ao longo da história, criações de pedras filosofais foram atribuídas a várias personalidades, como Paracelsus e Fulcanelli, porém é "inegável" que a lenda mais famosa refere-se a Nicolas Flamel, um alquimista real que viveu no Século XIV.

Segundo o mito, Flamel encontrou um antigo livro que continha textos intercalados com desenhos enigmáticos. Porém, mesmo após muito estudá-lo, Flamel não conseguiria entender do que se tratava. Segundo a lenda, ele teria encontrado um sábio judeu em uma estrada em Santiago na Espanha, que fez a tradução do livro, que tratava de cabala e Alquimia, possuindo a fórmula para uma pedra filosofal.

Por meio deste livro, Nicholas Flamel teria conseguido fabricar uma pedra filosofal. Segundo a lenda, esta seria a razão da riqueza de Flamel, que inclusive fez várias obras de caridade, adornando-as com símbolos alquímicos.

Ao falecer, a casa de Flamel teria sido saqueada por caçadores de tesouros ávidos por encontrar pedras filosofais. A lenda conta que, na realidade, ambos, Flamel e sua esposa, não faleceram, e que em suas tumbas foram encontradas apenas suas roupas no lugar de seus corpos.

Fonte: texto baseado na Wikipedia.

Dez histórias mitológicas

Zeus, o deus dos deuses
Adultérios, vinganças, incestos, parricídios e magias povoam as narrativas mitológicas. São elas, mais até do que os superpoderes demonstrados por deuses, semi-deuses e heróis, que fazem das mitologias um sucesso popular há milhares de anos. Afinal, qual seria a graça se Zeus, o todo-poderoso chefão dos deuses gregos, não fosse um adúltero inveterado, cuja promiscuidade o fazia se transformar em qualquer coisa que servisse para seduzir deusas, princesas, ninfas ou qualquer rabo de saia que aparecesse no Monte Olimpo e na Grécia Antiga?

As narrativas mitológicas são aventuras que fazem as de Indiana Jones parecerem brincadeira de criança. Tendo entre seus protagonistas seres que têm poderes para criar universos e todas as coisas que neles habitam, assim como heróis que ousam desafiar esses superpoderes, as aventuras narradas nas principais mitologias da Antiguidade - egípcia, hindu, greco-romana, celta e nórdica - continuam a inspirar as sagas mitológicas criadas milhares de anos depois, como as de "O Senhor dos Anéis", "Guerra nas Estrelas" e "Lost".

Isso, basicamente, por que todas elas refletem como a imaginação humana tem buscado explicar os principais mistérios da existência. Nessa trajetória surgiram narrativas inesquecíveis. Logo abaixo conheça um pouco sobre dez das melhores sagas mitológicas da Antiguidade.

1- Zeus, o insaciável

Deus supremo, ele gostava do poder tanto quanto de um bom sexo. Esse era Zeus, o mais insaciável dos deuses, protagonista das melhores aventuras amorosas entre todas as divindades de todas as mitologias. Sua capacidade de se transformar praticamente em qualquer coisa o fazia seduzir todos os tipos de mulheres: deusas, princesas, rainhas, ninfas, mortais.

De seus relacionamentos nasceram alguns dos principais protagonistas das aventuras mitológicas, como Apolo, Helena de Troia, Dionísio, Atena, Perseu e Hércules. Irmã e esposa de Zeus, a deusa Hera, cansada das puladas de cerca do marido, além de perseguir as amantes e os rebentos dos seus casos de adultério, resolveu também dar um golpe para destronar o chefão do Olimpo.

Junto com outros deuses, como Posêidon e Apolo, aprisionou o todo-poderoso. Só que as mulheres amavam Zeus e a ninfa do mar Tétis chamou um gigante para libertá-lo. Livre, ele puniu Hera deixando-a pendurada no céu com um peso em cada perna.

2- Um deus Loki

Loki
Asgar é a terra dos deuses, morada de Odin, o todo-poderoso deus dos nórdicos. Mas por lá morava também um ser ardiloso, mistura de deus e gigante, que vivia insultando os outros deuses ou fazendo-os passar por situações ridículas.

Seu nome era Loki e ele era o deus da travessura, da trapaça e também do fogo. Mas o que ele gostava mesmo era de pregar peças nas outras divindades. Nem mesmo Odin escapava. Uma vez, quando o todo-poderoso estava divertindo-se fazendo mágicas, seu passatempo favorito, Loki desandou a tirar sarro falando que aquilo era brincadeira de mulherzinha.

Como era de se esperar do mais poderoso deus dos vikings, Odin desceu a mão em Loki, um ser totalmente sem noção dos limites de suas travessuras. De tanto aprontar, Loki acabou condenado a passar a eternidade morando em uma caverna.

3- Adônis e suas duas esposas

Adônis e Vênus
Alto, bonito e sensual, Adônis foi uma espécie de amante profissional mitológico. E olha que não era com qualquer uma que ele saía. Uma delas foi ninguém menos do que Afrodite, a deusa grega do amor, da beleza e da sexualidade, a mais bela e sedutora das deusas.

Adônis era produto do incesto da princesa Esmirna com seu pai, rei de Chipre, numa vingança que Afrodite fez contra a mãe de Esmirna. Após nascer, Adônis foi entregue aos cuidados de Perséfone, filha de Zeus e casada com ninguém menos do que Hades, o deus da morte.

Deslumbrada pela beleza do moço, Perséfone não pensou duas vezes para fazer dele seu amante. Só que Afrodite, ciumenta e insaciável, também resolveu entrar no páreo. Com Adônis, Afrodite teve três filhos.

Na disputa entre as duas ficou estabelecido que Adônis ficaria uma parte do ano com cada uma e reservaria um tempinho para descansar das duas, afinal ele, apesar de bonitão, não era nenhum deus. Essa vida boa de Adônis não durou para sempre e ele acabou morto por um dos vários deuses que eram amantes de Afrodite.

4- Quando Ísis perdeu a cabeça

Ísis
As famílias dos deuses egípcios não primavam pela harmonia e pelas boas maneiras no relacionamento entre seus integrantes. Três deles especialmente: os irmãos Osíris, Seth e Ísis. Como era comum entre os deuses, Ísis e Osíris casaram um como outro e tiveram um filho, Hórus.

Mas Seth sempre teve inveja e ciúmes mortais da relação entre os dois irmãos. Tão mortal que um dia matou Osíris e despedaçou seu corpo, espalhando cada pedaço pelo Egito. Isso não bastou para saciar o ódio de Seth, deus da violência, da guerra e da traição.

Um dia ele chamou Ísis de prostituta. Pronto. Hórus, que já estava grande e se tornaria o deus dos céus, encontrou um pretexto para vingar a morte do pai. Na luta entre os dois, Ísis resolveu ajudar o filho e atirou um arpão em Seth. No entanto, a arma acertou Hórus que enfurecido e sem pensar muito decapitou a mãe. Desde então, no lugar de sua cabeça original Ísis passou a usar a de uma vaca.

5- Uma caixa cheia de maldades

Pandora
Zeus era um deus muito vingativo. Quando ele ficava furioso sobrava para todo mundo. Após o titã Prometeu roubar o fogo dos deuses para dá-lo aos homens, Zeus não se contentou apenas em puni-lo de forma cruel. Ele planejou também vingar-se dos humanos. Para isso, ele criou a mulher.

A primeira da espécie chamou-se Pandora e ante de vir para a Terra, ela casou-se com o filho de Prometeu. Entre os presentes de casamento que recebeu dos deuses, Pandora ganhou uma caixa (ou uma jarra, dependendo da versão) feita por Zeus, que a fez prometer nunca abri-la.

Mas o criador conhecia bem sua criatura e, assim como ele previra, Pandora não resistiu à curiosidade e abriu a caixa. O vingativo deus dos deuses gregos havia guardado ali dentro todos os males que até hoje acometem a humanidade: doenças, desastres, miséria. Segundo a mitologia grega, foi a caixa de Pandora que trouxe todas as desgraças para o mundo, mas Zeus deixou no fundo dela a esperança, algo para amenizar o sofrimento humano.

6- As aventuras de Cuchulain

Cuchulain
A mitologia celta é mais conhecida por seus heróis do que por seus deuses. A popularidade da lenda de Arthur, da espada Excalibur e do mago Merlin é a maior prova disso.

Assim, não é de se estranhar que uma das melhores narrativas mitológicas celtas, além das versões que falam sobre o rei dos cavaleiros da távola redonda, é sobre um garoto, sobrinho do rei Conchobar, que provou ser um dos maiores heróis de Ulster, atual Irlanda.

Filho do deus Lugh, um dos mais importantes entre as divindades celtas, com a mortal Deichtine, Cuchulain começou suas aventuras guerreiras cedo. Quando tinha sete anos de idade, ele matou e degolou guerreiros inimigos que pareciam invencíveis aos soldados de Conchobar. Desde então até os 27 anos, quando morreu, Cuchulain venceu todas as batalhas em que se envolveu, às vezes contra exércitos inteiros, às vezes contra poderes sobrenaturais.

7- O oitavo avatar de Vishnu

Todas as vezes que a humanidade era aterrorizada por demônios, guerras ou outras ameaças, o deus hindu Vishnu descia dos céus para ajudá-la. E ele fazia isso sempre encarnando algum ser terráqueo, de tartaruga a arqueiro.

Na oitava vez em que apareceu por aqui, Vishnu o fez sob a forma de um ser humano que nasceu filho de nobres, mas que, para sobreviver à encarnação de um demônio que queria matá-lo, teve de ser criado escondido por pastores.

Seu nome era Krishna e quando ficou adulto matou vários demônios e reconquistou sua condição de príncipe. Enquanto fazia isso, sua fama como amante crescia. Segundo a lenda, ele costumava tocar sua flauta que atraía todas as mulheres para a floresta. Entre tantas, ele tinha uma preferida: sua amiga de infância Radha. 

8- A origem das doenças

Há várias versões sobre um mesmo deus ou uma mesma história na mitologia hindu. Algumas das mais interessantes envolvem o deus Shiva, um dos três manda-chuvas no panteão indiano, junto com o todo-poderoso Brahma e com Vishnu.

Shiva é um dos deuses mais temperamentais da história e provocá-lo podia ser tão terrível quanto era provocar a ira de Zeus. Uma das narrativas sobre ele conta que, apesar de casado com Sati, filha de Daksha e neta de Brahma, Shiva não foi convidado para uma festa dada pelo sogrão. Inconformado, ele provocou a maior confusão na festa.

No meio da balbúrdia, ele saiu em perseguição a um cervo alado e de uma gota do seu suor que caiu na Terra surgiu um terrível monstro que foi chamado de Doença. Após ser acalmado por Brahma, Shiva partiu o monstro Doença em vários pedaços.

9- O titã que roubou o fogo

Prometeu
Outra história que vem da mitologia grega narra como o titã Prometeu ousou desafiar os todo-poderosos deuses do Olimpo. Sobrevivente da guerra entre os titãs e os deuses, Prometeu tinha especial atenção com os seres humanos.

Para que eles pudessem ter uma vida melhor naqueles tempos difíceis e se imporem frente aos outros animais, ele decidiu roubar o fogo, que era uma exclusividade dos deuses, e o deu aos homens. O titã foi escondido até o mundo dos mortos, guardado pelo deus Hades, e de lá roubou uma chama.

Após presentear a humanidade, Prometeu reuniu contra ele a ira dos deuses, especialmente de Zeus, o todo-poderoso. Como punição ele foi acorrentado no topo do monte Cáucaso, que os gregos acreditavam ser o limite entre a Terra e o caos. Lá, durante milhares de anos, uma águia comia diariamente um pedaço do seu fígado que se regenerava durante a noite.

10- Apaixonadas por touros

Um dentre os inúmeros casos de adultério de Zeus, o mais poderoso deus grego, foi com a princesa fenícia Europa. Rei dos disfarces, ele apareceu para ela como um touro e a levou para a ilha de Creta, onde tiveram três filhos, um deles chamado Minos.

A queda das mulheres por touros prosseguiu na família. Pasífae, a mulher de Minos, também apaixonou-se por um e mandou fazer uma vaca de madeira para esconder-se dentro e poder transar com o animal. Desse cruzamento bestial nasceu o Minotauro, uma criatura com corpo de homem e cabeça de touro.

Horrorizado com  o que viu, o rei Minos mandou construir um labirinto e o colocou dentro. O bicho viveu lá por anos, sendo alimentado pelos atenienses, que eram obrigados de tempos em tempos a mandar sete rapazes e sete moças para saciá-lo.

O fim do Minotauro, o legado vivo do amor das mulheres por touros na mitologia grega, veio com Teseu, herói que espertamente usou um novelo de lã para marcar o caminho e conseguir sair do labirinto após matar a criatura.

Fonte: Big Listas da Net.