terça-feira, 20 de março de 2012

Ku Klux Klan

Fundado em 1866 no Tennessee, Estados Unidos, após o final da Guerra Civil americana. Seu objetivo era impedir a integração social dos negros recém-libertados, como por exemplo, adquirir terras, ter direitos concedidos aos outros cidadãos, como votar.

Seus integrantes usavam capuz branco e roupão para esconder a identidade e aterrorizar suas vitimas. A sociedade secreta e racista, Ku-Klux-Klan, era presidida por um “Grande Sacerdote” e, abaixo deste, havia uma rígida hierarquia de cargos.

Em 1882, a Suprema Corte do país declarou inconstitucional a existência da Ku-Klux-Klan, mas ressurgiu em 1915 de forma legal na cidade de Atlanta, Estado da Geórgia.

Mas a partir deste momento sua doutrina não era unicamente o racismo aos negros, agora se estendia ao nacionalismo e xenofobia (aversão a estrangeiros). O símbolo da nova organização era uma cruz em chamas. A organização existe até os dias atuais.

Fonte: Lendas e Mistérios.

O espelho de Nancy

Nancy Fieldman, uma garota bonita e inteligente, de origem humilde, trabalhava em uma mansão na Inglaterra, juntamente com sua mãe por volta do ano 1870. Segundo a história, o senhor, dono da mansão onde ela e sua mãe trabalhavam era um homem com sérios problemas de personalidade, um "psicopata" sem escrúpulos, que tratava as duas muito mal, deixando para elas apenas as sobras de seus freqüentes banquetes e um quarto frio onde as duas se acomodavam durante a noite, naquela mansão com inúmeros quartos quentes que ficavam trancados para o uso apenas dos hospedes e convidados.

Devido ao tratamento desumano e também a uma anemia profunda, a mãe de Nancy veio a falecer, deixando para sua filha seus únicos bens materiais, uma pequena boneca de pano e um espelho emoldurado em mármore, deixado por seu pai com o seguinte dizer: "Serei o reflexo de tua alma onde quer que esteja" (entalhado na parte inferior do espelho). Nancy era uma garota tímida, porem muito sorridente, entretanto, com a morte de sua mãe, Nancy entrou em uma forte depressão e queria abandonar a mansão.

O dono da mansão, sabendo de suas intenções, trancou a garota em um porão, de onde ela não podia sair, e o que era pior, a garota passou a ser violentada todas as noites naquele lugar. Certo dia, cansada desse sofrimento e sentindo muitas dores, Nancy tentou reagir às agressões a que era submetida, dando um golpe com sua boneca de pano na cara do homem. O dono da mansão, muito revoltado com a garota, esbofeteou-a e a asfixiou com a própria boneca.

A garota derrubou o espelho ao se debater e ainda sem ar disse suas ultimas palavras: "Serei o reflexo de tua alma onde quer que esteja"... Semanas depois o homem foi encontrado com os cabelos completamente grisalhos, morto sem explicação com um pedaço do espelho entre as mãos.

Até hoje a morte desse homem tem sido um mistério, dizem que muitas pessoas morreram ou ficaram loucas após se apossarem daquele pedaço de espelho, muitos dizem ver o reflexo da pequena Nancy.
Fonte: Lukas Arts.

Wendigo

Wendigo (também Windigo, Windago, Windiga, Witiko, Wihtikow e outras variações) é uma criatura sobrenatural que faz parte da mitologia do povo indígena da América do Norte Ojíbuas. De acordo com a mitologia, o Wendigo é formado a partir de um humano qualquer, que passou muita fome durante um inverno rigoroso, e para se alimentar, comeu seus próprios companheiros. Após perpetuar atos canibais por muito tempo, acaba se tornando este monstro e ganha muitos atributos para caçar e se alimentar mais como, por exemplo, poder imitar a voz humana, escalar árvores, suportar cargas muito pesadas, e, além disso, tem uma inteligência sobre-humana.

São extremamente magros e maiores que um humano normal e alguns possuem uma pelagem branca, porém se acredita que geralmente são pelados. Suas características originais seriam os olhos brilhantes, dentes compridos e garras enormes. Andam sempre com muita fome e costumam hibernar guardando suas vítimas em um estoque particular dentro de alguma caverna para que possa devorá-los lentamente.

Caçadores extremamente habilidosos, sempre atacam viajantes perdidos na floresta onde habitam, alcançando-as rapidamente, e às vezes, costumam “brincar” com a presa antes de darem o bote. Ficam emitindo uma série de sons próximos, sem que as vítimas os possam ver e também costumam imitar a voz humana para confundir. Se a pessoa consegue sobreviver pode ainda estar em perigo, pois em algumas lendas o wendigo possui o espírito de alguma outra pessoa e sai a procura do sobrevivente para exterminá-lo.

A única maneira destruí-lo é derreter seu coração de gelo “queimá-lo”. As experimentações reais do assassinato de Wendigo ocorreram no Canadá em torno do começo do século XX.

Fontes: Wikipédia; Lendas e Mistérios.

Amazonas: relatos do séc. XVI

As Amazonas em gravura de Jean Cousin para o relato de André Thevet

Icamiabas ("mulheres sem marido") ou coniupuiaras ("grandes senhoras") são nomes indígenas dados a mulheres guerreiras análogas às amazonas da mitologia grega, que supostamente viveram no Brasil. A lenda sobre essas amazonas foi freqüentemente associado com o mito do Eldorado, em cujas vizinhanças elas supostamente viveriam.

Hernando de la Ribera declarou em Assunção do Paraguai, em 1543, que havia recebido notícias a respeito de mulheres que fazem guerra aos índios chiquitos (do atual departamento de Santa Cruz, na Bolívia) e que "em determinadas épocas do ano, se unem aos índios vizinhos".

Entre 1534 e 1554, o soldado alemão Ulrico Schmidl, a serviço dos espanhóis, ouviu também falar das Amazonas ao subir o rio Paraguai. Um chefe, ao saber que buscavam ouro e prata, lhe deu uma coroa, um bracelete, outros objetos de prata e uma placa de ouro, dizendo que as havia conquistado em uma guerra com as amazonas, que viviam a dois meses de distância por terra.

Elas viveriam em uma grande ilha cercada de água, mas o ouro e a prata se encontravam às margens do lago, onde vivem os homens que vêm vê-las três ou quatro vezes por ano. Como as amazonas gregas, queimavam o seio direito das meninas para que melhor manejassem o arco e as armas. Elas formavam uma grande nação e tinham um rei que deveria chamar-se Iñis, como o lugar que lhes foi indicado. Schmidl tentou seguir a indicação, mas as dificuldades se tornaram cada vez maiores e acabou por voltar.

Em 1555, o franciscano francês André Thevet, cosmógrafo do rei, permaneceu, doente, dez semanas no Brasil - na colônia da França Antártica, no atual Rio de Janeiro, fundada por Nicolas Durand de Villegaignon -, onde compilou textos escritos por outros membros da expedição para publicá-los com sua assinatura na França. Um deles era consagrado às amazonas que, segundo ele, teriam se dispersado pelo mundo depois da guerra de Tróia.

Na América, eram enconradas em ilhas, onde vivem em pequenas habitações ou cavernas. Importunadas por seus inimigos, defendem-se com ameaças, gritos e gestos horríveis, protegidas por carapaças de tartarugas gigantes. Para matar seus prisioneiros, penduram-no por uma das pernas no galho de uma árvore. Ao cabo de algum tempo retornam e, se o infeliz continua vivo, atiram "dez mil flechas" e acendem uma fogueira debaixo da árvore para reduzi-lo a cinzas.

Agustín de Zárate, em sua Historia del Perú, pubicada em Antuérpia na segunda metade do século XVI, escreve que diante do Chile reina u gande senhor chamado Leuchengorma e que seus vassalos contaram aos espanhóis que "cinqüenta léguas mais à frente, há, entre dois rios, uma grande província povoada inteiramente por mulheres que não aceitam homens junto delas senão durante o tempo necessário à concepção e que, se dão à luz meninos os mandam para os pais, mas se são meninas, elas as ciam."

E acrescenta que "sua rainha se chama Gaboymilla, o que significa em sua língua Céu de Ouro, porque dizem que nesta terra cresce grande quantidade de ouro".

Fonte: Fantastipédia.

As Amazonas de Carvajal

As Amazonas segundo Ulrico Schmidl

Uma expedição comandada por Gonzalo Pizarro, irmão do conquistador do Peru Francisco Pizarro, saiu de Quito no Natal de 1541, com o objetivo de atravessar os Andes em busca do "País da Canela", uma terra situada do outro lado da muralha dos Andes, na selva oriental, onde se supunha que as árvores de onde se podia extrair a valiosa especiaria cresciam em quantidade. Não as encontraram, em quantidade comercialmente útil e decidiram descer o rio Napo (no atual Equador) em busca de outras possíveis riquezas. 

Depois de descerem 300 quilômetros, exausto e faminto, Gonzalo Pizarro mandou, um de seus comandados, Francisco de Orellana, buscar provisões à frente de um grupo. Porém, Orellana não voltou e depois de seis meses, Pizarro, julgando que fora traído ou que Orellana fora morto, regressou a Quito com os demais sobreviventes.

Frei Gaspar de Carvajal, que acompanhou Francisco de Orellana nessa aventura, relata-nos o sucedido. A expedição desceu o rio Napo, mas sua corrente era forte demais e em apenas um dia de viagem, teriam percorrido 120 quilômetros. Sem poder retornar, Orellana foi forçado a seguir em frente. Algumas semanas depois, no dia 11 de fevereiro de 1542, atravessou a foz do Rio Napo e alcançou um rio muito maior. Ali, os índios irimaraés lhe perguntaram se iam "visitar o território das ‘grandes senhoras’ (coniupuiara, em nheengatu), pois, se o fizessem, se acautelassem porque elas eram muito numerosas e que os matariam".

Em outra aldeia, teram contrado uma praça com uma grande escultura em relevo, onde figurava, sob dois leões, uma cidade murada com altíssimas torres. Tendo Orellana perguntado sobre o seu significado, teria sido informado de que os habitantes eram súditos e tributários das amazonas, a quem forneciam penas de pássaros.

Frei Carvajal descreveu inúmeros outros encontros e acidentes, mas o mais notável se deu em 24 de junho de 1542, dia de São João, quando a expedição deteve-se perto da foz do rio Nhamundá (perto da atual divisa entre Amazonas e Pará) para festejar o santo. De novo tiveram de enfrentar uma tribo hostil. Orellana tentou o entendimento, mas os aborígenes afirmaram "que nos apanhariam a todos para nos levarem às mulheres guerreiras". Os espanhóis responderam com o fogo das armas, a luta intensificou-se e o próprio Carvajal foi ferido. Surgem então as ditas mulheres com arcos e flechas em socorro da tribo.

"Elas lutavam com tal ardor que os índios não ousavam recuar e se algum fugia à nossa frente eram elas quem os matavam à paulada (...) São muito alvas e altas, com cabelo muito comprido, entrelaçado e enrolado na cabeça. São muito membrudas e andam nuas a pêlo, tapadas em suas vergonhas; com os seus arcos e flechas na mão, fazem tanta guerra como dez índios (...) Em verdade houve uma dessas mulheres que meteu um palmo de flecha por um dos bergantins, e as outras, um pouco menos, de modo que os nossos bergantins pareciam porcos-espinhos."

Segundo Carvajal, um índio aprisionado no combate disse que aquelas mulheres viviam a sete jornadas da margem e que, como o seu senhor Couynco estava a elas subordinado, vieram ajudá-lo. O indígena conhecia suas terras, aonde já fora levando-lhes o tributo em nome de Couynco. Disse que viviam em casas de pedra com portas, agrupadas em 70 aldeias cercadas, pelas quais ninguém passava sem pagar tributo.

Coabitavam com índios que capturavam em guerras que empreendiam apenas para esse propósito. Ao engravidar, mandavam embora esses homens sem lhes fazer mal. Os filhos homens eram sacrificados ou enviados aos pais e as meninas, treinadas para a guerra. Sua rainha se chamava Coñorí e em suas terras havia grandes riquezas de ouro e prata e cinco templos dedicados ao Sol, chamados caranaí, com assoalhos e tetos pintados, além de inúmeros ídolos femininos de ouro e prata. 

Andavam com roupas finíssimas, fabricadas com a lã das "ovelhas peruanas" (alpacas): "seu trajar é formado por umas mantas apertadas dos peitos para baixo, o busto descoberto, e um como manto, atado adiante por uns cordões. Trazem o cabelo solto até o chão e postas na cabeça coroas de ouro, da largura de dois dedos". Sua terra é povoada por camelos (lhamas) que servem de animais de carga e havia dois lagos de água salgada. Ao anoitecer, todos os homens deviam retirar-se de suas cidades.

Apesar do encantamento do dominicano com as guerreiras nuas, o contato lhe custou caro. Segundo ele próprio, “Nosso Senhor achou adequado que uma flecha atingisse um dos meus olhos, de modo que o atravessasse de um lado a outro” e perdeu o olho esquerdo. Em 26 de agosto de 1542, Orellana e seus soldados finalmente viram o mar e rumaram para o norte ao longo da costa. Alguns dias depois, ancoraram em Cubagua, pequena ilha na Venezuela e puderam contar ao mundo sua história, devido à qual o grande rio ficou conhecido como "rio das amazonas", hoje rio Amazonas.

Em 1576, Pêro de Magalhães Gândavo chamava "rio das amazonas" ao grande rio, comprovando a divulgação do mito no Brasil. E acrescentou: "Algumas índias há também entre eles que determinam ser castas as quais não conhecem homem algum de nenhuma qualidade, nem o consentirão, ainda que por isso as matem. Estas deixam todo o exército de mulheres e imitam os homens e seguem seus ofícios como se não fossem fêmeas, trazem os cabelos cortados da mesma maneira que os machos fazem, e vão à guerra com os seus arcos e flechas e à caça perseverando sempre na companhia de homens e cada uma tem mulher que a serve com quem diz que é casada, e assim se comunicam e conversam como marido e mulher." 

Fonte: Fantastipédia.