Nos sertões da Bahia, principalmente em Juazeiro, as cerimônias
religiosas da Quaresma e Semana Santa não se restringem aos atos
litúrgicos, celebrados nas igrejas pelos vigários da área. Entre os
habitantes da zona rural, mantém-se viva uma manifestação do maior
envolvimento místo: as cerimônias de alimentação das almas, uma maneira
muito própria de rezar pelos seus mortos.
São quinze mulheres, em média. Algumas ainda crianças, não passam dos
dez ou vinte anos. Cobertas por um lençol branco caminham lentamente
pela caatinga, para o cemitério de Rodeadouro, um lugarejo no sertão
sanfranciscano, próximo a Juazeiro. De longe, ouve-se um canto meloso,
triste, lembrando o cantochão.
Esse espetáculo, raramente presenciado por pessoas estranhas, repete-se
às quintas e sextas-feiras da Quaresma, no interior da Bahia. Ao lado de
um outro, onde o misticismo do povo do interior atinge ao grotesco,
quando homens se flagelam com chicotes de couro com pontas de metal, a
“alimentação das almas”, é uma manifestação religiosa em extinção, mas
que resiste desde o fim do século passado, em regiões da Chapada
Diamantina, Monte Santo (no norte do estado) e nas margens do São
Francisco.
À meia-noite, as “alimentadeiras” saem da capela de Rodeadouro para o
cemitério, quatro quilômetros adiante, no meio da caatinga. As que
seguem à frente do “cordão” conduzem velas acesas. No “cordão” apenas um
homem: um rapaz que leva o “madeiro” — cruz feita de jatobá, de dois
metros de altura. Na metade do caminho, a visão fantasmagórica,
movendo-se lentamente em meio à escuridão, estanca. Uma voz estridente
inicia uma ladainha ou um salmo. É o cântico iniciador da encomendação,
ou alimentação, das almas.
A cerimônia lembra a via sacra. Divide-se, também, em estações. É o
ruído da matraca — uma tábua de madeira com uma argola de arame grosso
em cada lado, que produz um som seco quando agitada repentinamente —
comanda um movimento brusco de genuflexão. A alimentadeira mais velha,
dona do cordão entoa uma lauda. O coro responde rezando um padre nosso.
Mais três laudas seguidas da oração, logo após todos cantam o senhor
Deus. É a primeira estação.
Mais quarenta minutos de caminhada, a segunda estação é rezada e
cantada, em cima de uns lagedões. A terceira estação já é no cemitério.
Um cercado de 400 metros quadrados, com uma cruz caiada no centro. Já
são duas horas da manhã, quando termina a última oração pela alma de
diversas pessoas, antepassados, que foram enterrados ali. A procissão de
retorno não é mais feita sob o comando da matraca, mas é acompanhada de
cânticos lúgubres.
A alimentação das almas é uma manifestação religiosa que se repete
nessas regiões, onde o envolvimento místico das populações chega, às
vezes, a ser severamente combatido pelos párocos das freguesias mais
próximas. Por isso, o cordão é fechado, não permitindo a participação de
todo mundo. A dona do cordão recebe a incumbência da própria mãe,
depois de preparada através dos anos. Essa herança perdura a cada
geração. É a maneira própria de rezar pelas almas dos parentes e amigos,
que a cada ano se realiza na Quaresma. Na Sexta-feira da Paixão, a
cerimônia requer um toque de solenidade: todas as indumentárias e os
lençóis que encobrem as alimentadeiras são utilizados especialmente para
a ocasião.
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Fonte: Site Jangada Brasil in: "Alimentação das alma - Viver Bahia - Salvador, março de 1976".
sábado, 26 de janeiro de 2013
Alimentação das almas
A gruta que chora
"Gruta que Chora" - Praia de Sununga, Ubatuba-SP. |
De uma hora para outra, sem que nada acontecesse, Marcelina deixou-se cair prostrada em sua cama simples, sem vontade nenhuma, nem sorrir a bela moça queria. Sua mãe, Sinhá Anália, já havia percebido, não sem preocupação, que a menina estava diferente e parecia piorar conforme os dias se sucediam. Tentou de tudo, chás de ervas, banhos de folhas e flores, mas nada fazia efeito.
Sinhá Anália contava para as comadres o que estava acontecendo com sua menina e todos diziam que era problema de idade. Inconformada, perguntava à filha o que estava acontecendo, mas a menina era categórica, jurava que nada havia de errado e que comia pouco ou quase nada para não ficar gorda como umas mulheres que vira na cidade certa vez.
Não podia ser normal aquilo, Sinha Anália bem o sabia, ainda mais depois que virou rotina acordar durante a madrugada com os soluços da filha. Como pensasse que era tristeza, conteve ao máximo seu ímpeto de correr ao quarto de Marcelina para saber o que se passava. Até que não resistiu e surpreendeu a moça soluçando palavras desconexas, como se pedisse para alguém não partir. A garota estava sozinha no quarto!
Depois de ser flagrada pela mãe, não restou alternativa a não ser contar a verdade. Foi com perplexidade que a mulher ouviu palavra por palavra, tudo meio sem nexo, sobre a história do dragão que morava na Toca da Sununga. Todo mundo conhecia o caso na região e até mesmo evitava passar por aquelas bandas. Os pescadores nem se atreviam a chegar perto porque as ondas gigantes engoliam canoa, rede, tudo. As pessoas sabiam que o tal monstro existia, mas só Seu Antero tinha visto. Era um bicho horroroso, tinha metade do corpo de dragão e a outra metade era roliça, como uma cobra, e se rastejava no chão.
Pois bem, desde que Seu Antero falou do dragão que vivia na gruta, Marcelina não parou de pensar nele, com um misto de medo e curiosidade. Contou à mãe que de tanto pensar no bicho, ele foi lá ter com ela, entrou no quarto no meio da madrugada. Vendo o assombro de Sinhá Anália, tentou acalmar a mãe, já idosa, dizendo que ele ficou encolhido, tão pequeno, que parecia não fazer mal a ninguém, até que virou um homem. A mulher não podia crer no que estava ouvindo, era loucura da sua filha, teria que chamar um doutor, aquilo de mostro virar homem não era certo, ainda mais dentro de sua própria casa. Depois falou que tinha passado a noite embalada nos braços daquele lindo moço de olhos claros.
Mesmo depois de uma noite tão especial, a garota sentiu-se infeliz porque o moço partiu logo ao amanhecer, quando o galo cantou três vezes. Ela ficou no quarto chorando, sem disposição para nada, só pensava em esperar a noite chegar para receber a visita do amado. Agoniada, a mãe da jovem, só podia rezar para todos os santos que conhecia, até promessa fez.
Demorou muito tempo para aparecer um velho pobre, andarilho, batendo à porta de Sinha Anália em busca de um prato de comida. Ao entrar na casa, como faltasse assunto, a mulher foi logo narrando o drama de sua filha. Ouviu calado, inexpressivo, e ao fim do relato, disse já ter ouvido, bem longe dali, falar do monstro que atormentava a população daquele bairro. Por tal motivo ele estava lá, para expulsar aquela criatura do mal. Era uma espécie de mago e sabia como fazer isto.
Logo o bairro todo estava sabendo da vinda do ancião e na manhã seguinte todos se acotovelavam em frente à Toca da Sununga. Já no local, o pobre monge ergueu os braços e fez o sinal da cruz, acompanhado de todos que estavam lá, fez uma prece ao Senhor e espargiu sobre a pedra que forma a toca um pouco da água que carregava consigo. Para espanto dos presentes, imediatamente um trovão violento fez estremecer a terra, e o mar se agitou violentamente, avançando sobre a praia, chegando a bater nas rochas. Depois as águas recuaram e o mar abriu-se ao meio, bem em frente à toca, por onde o mostro passou, horripilante, rugindo, para se esconder definitivamente nas profundezas do oceano.
Ninguém mais até hora ouviu falar do dragão. Dizem que Marcelina viveu por muito tempo, acanhada e triste, porém bela como sempre fora!
“Hoje, quem se postar no interior da lendária gruta, perceberá cair lá de cima, das ranhuras da pedra, uma seqüência de pequeninas gotas que se infiltram na areia branca e fina que alcatifa o chão. Dizem alguns que são remanescentes gotas da água benta espargida pelo monge, que ainda caem a fim de que o dragão jamais possa voltar. Outros, porém, afirmam que são lágrimas de Marcelina, que lá voltou muitas vezes na esperança de que o dragão, feito moço bonito, ainda voltasse para ficar com ela a noite inteira até os albores da manhã!”.
(1) Praia da Sununga, localizada na parte Sul de Ubatuba-SP.
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Fonte: Lugares do Mundo.com in: "Ubatuba, lendas & outras histórias - Washington de Oliveira".
O vale das sete mortes
Ainda hoje são muitas as regiões inexploradas do globo, e não é de se
excluir que próximo de outros teatros de mistérios tremendas
destruições sejam trazidas à luz do sol. Na Índia não deveriam ser
poucos, tendo em vista as abundantes referências que se encontram nos
livros antigos; e uma dessas plagas alucinantes poderia ser identificada
com o "vale das sete mortes", cuja localização é mantida secreta pelas
autoridades de Nova Délhi, na tentativa de evitar que algum louco,
seduzido pelas lendas que falam de imensos tesouros, se entregue a uma
aventura quase sempre fatal, como aconteceu aos companheiros de um tal
Dickford, há setenta anos.
Graham Dickford era um daqueles aventureiros que pululavam no século passado, procurando alcançar riqueza de qualquer maneira, arriscando mesmo a própria vida ou, até mesmo, a dos outros.
Os funcionários britânicos na índia souberam da existência desse aventureiro em 1892, quando foi recolhido em míseras condições nos arredores de uma cidadezinha, e imediatamente internado num hospital. Em frases entrecortadas, Dickford contou ter escapado de uma experiência pavorosa: junto com outros colegas do seu tipo, o aventureiro conseguira localizar um misterioso vale no coração da selva e nele penetrar. Alguns indianos tinham-lhes contado que lá havia um templo abarrotado de fabulosos tesouros; mas ao invés da sonhada montanha de ouro e pedras preciosas, encontraram uma série de indescritíveis horrores.
Todos os seus companheiros morreram e, embora Dickford tivesse conseguido escapar aquele inferno, tinha as horas contadas: uma violenta febre o sacudia em contínuos tremores, sobre a cabeça ferida não restara um só fio de cabelo e o corpo estava coberto por terríveis queimaduras. Narrou a aventura em delírio, entremeado por gritos desesperados, falando num "grande fogo voador", de "sombras da noite", "fantasmas que matam com o olhar". As várias tentativas de se obter um relato compreensível foram vãs: de hora em hora a narrativa se tornava mais confusa e, três dias após ter sido encontrado, o aventureiro morria de maneira horrível, gritando e agitando-se a ponto de pôr em fuga, aterrorizados, os enfermeiros indianos.
A história de Graham Dickford foi a primeira notícia sobre o vale infernal. Ninguém o levou a sério, até que, em 1906, uma expedição organizada pelas autoridades britânicas confirmou o relatório do desditoso caçador de tesouros — pagando, no entanto, com duas vítimas a incursão ao que foi definido como "um caldeirão de bruxas da natureza".
Naquele ermo mortal reúnem-se os representantes das mais venenosas espécies de serpentes que a Índia hospeda, e também os monstros do reino vegetal se agrupam num amontoado de inúmeras plantas venenosas. Sobre esse horrível vale corre o "grande fogo voador" que o chefe da outra expedição assim descreve: "É suficiente acender uma pequena chama para que a terra seja sacudida por um estrondo infernal e nasça uma labareda que salta de um extremo ao outro do vale".
Muito estranha foi a circunstância em que os dois exploradores ingleses perderam a vida: descendo num estreito "funil", começaram a fazer movimentos curiosos, desordenados, para em seguida tombar no chão. Os companheiros se precipitaram em seu socorro, mas só puderam recuperar os cadáveres, tendo que abandonar rapidamente o local por causa do aparecimento de sintomas de atordoamento e sufocação. Durante a noite tiveram pesadelos terríveis, e um sentimento de inexplicável mal-estar se manteve por muitos dias.
Em 1911, uma segunda expedição penetrou no vale. Dos sete homens que entraram (todos veteranos da selva, habituados a qualquer perigo), somente dois voltaram: chegando ao centro de um espaço situado entre baixas colinas, os outros cinco de repente começaram a rodar em círculo, como autômatos, surdos aos chamados dos companheiros que se mantiveram fora da zona. Em seguida, caíram fulminados.
Um grupo de caçadores veteranos e decididos, que oito anos mais tarde entrou no "vale das sete mortes", encontrou 17 esqueletos humanos. Nem essa expedição saiu intacta: três de seus componentes se atiraram, sem motivo aparente (até a alguns minutos estavam brincando e rindo com os outros), do topo de uma parede rochosa, indo espatifar-se sobre as rochas.
Alguns estudiosos acreditam poder explicar os sinistros fenômenos que se verificam no "caldeirão das bruxas", atribuindo-os a gases naturais, uns inflamáveis, outros capazes de bloquear os centros nervosos provocando colapsos mortais, e mencionando também jatos de vapor de ácido carbônico que, em um clima peculiar, favoreceriam o desenvolvimento de plantas venenosas e o aparecimento de serpentes.
"Coisas demais num espaço pequeno demais", dizia Einstein, embora não a esse respeito. Os argumentos expostos, de qualquer maneira, não são absolutamente satisfatórios, sem contar que os "fantasmas" de Dickford, que "matavam com o olhar", não encontram sequer uma simples tentativa de explicação.
Devemos tentar com a "teoria espacial"? Poderíamos então pensar numa série de assombrosos fenômenos provocados pelo emprego daquelas armas termonucleares e daqueles engenhos ainda mais poderosos, que as descrições dos antigos textos indianos permitem entrever... e voltar ao Vale da Morte americano, aos seus répteis rastejantes, lá onde nenhuma outra forma de vida poderia sobreviver, às suas árvores monstruosas, aos vapores irrespiráveis, às fantasmagóricas luzes que — segundo nos conta o Doutor Martin — "surgem de repente do chão, tomam formas que lembram, às vezes, as humanas, deslizam na noite, ora muito lentamente, ora como relâmpagos, serpeiam, erguem-se como chamas, artelhos, de colunas de fogo branco, arremessam-se contra o céu..."
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
Graham Dickford era um daqueles aventureiros que pululavam no século passado, procurando alcançar riqueza de qualquer maneira, arriscando mesmo a própria vida ou, até mesmo, a dos outros.
Os funcionários britânicos na índia souberam da existência desse aventureiro em 1892, quando foi recolhido em míseras condições nos arredores de uma cidadezinha, e imediatamente internado num hospital. Em frases entrecortadas, Dickford contou ter escapado de uma experiência pavorosa: junto com outros colegas do seu tipo, o aventureiro conseguira localizar um misterioso vale no coração da selva e nele penetrar. Alguns indianos tinham-lhes contado que lá havia um templo abarrotado de fabulosos tesouros; mas ao invés da sonhada montanha de ouro e pedras preciosas, encontraram uma série de indescritíveis horrores.
Todos os seus companheiros morreram e, embora Dickford tivesse conseguido escapar aquele inferno, tinha as horas contadas: uma violenta febre o sacudia em contínuos tremores, sobre a cabeça ferida não restara um só fio de cabelo e o corpo estava coberto por terríveis queimaduras. Narrou a aventura em delírio, entremeado por gritos desesperados, falando num "grande fogo voador", de "sombras da noite", "fantasmas que matam com o olhar". As várias tentativas de se obter um relato compreensível foram vãs: de hora em hora a narrativa se tornava mais confusa e, três dias após ter sido encontrado, o aventureiro morria de maneira horrível, gritando e agitando-se a ponto de pôr em fuga, aterrorizados, os enfermeiros indianos.
A história de Graham Dickford foi a primeira notícia sobre o vale infernal. Ninguém o levou a sério, até que, em 1906, uma expedição organizada pelas autoridades britânicas confirmou o relatório do desditoso caçador de tesouros — pagando, no entanto, com duas vítimas a incursão ao que foi definido como "um caldeirão de bruxas da natureza".
Naquele ermo mortal reúnem-se os representantes das mais venenosas espécies de serpentes que a Índia hospeda, e também os monstros do reino vegetal se agrupam num amontoado de inúmeras plantas venenosas. Sobre esse horrível vale corre o "grande fogo voador" que o chefe da outra expedição assim descreve: "É suficiente acender uma pequena chama para que a terra seja sacudida por um estrondo infernal e nasça uma labareda que salta de um extremo ao outro do vale".
Muito estranha foi a circunstância em que os dois exploradores ingleses perderam a vida: descendo num estreito "funil", começaram a fazer movimentos curiosos, desordenados, para em seguida tombar no chão. Os companheiros se precipitaram em seu socorro, mas só puderam recuperar os cadáveres, tendo que abandonar rapidamente o local por causa do aparecimento de sintomas de atordoamento e sufocação. Durante a noite tiveram pesadelos terríveis, e um sentimento de inexplicável mal-estar se manteve por muitos dias.
Em 1911, uma segunda expedição penetrou no vale. Dos sete homens que entraram (todos veteranos da selva, habituados a qualquer perigo), somente dois voltaram: chegando ao centro de um espaço situado entre baixas colinas, os outros cinco de repente começaram a rodar em círculo, como autômatos, surdos aos chamados dos companheiros que se mantiveram fora da zona. Em seguida, caíram fulminados.
Um grupo de caçadores veteranos e decididos, que oito anos mais tarde entrou no "vale das sete mortes", encontrou 17 esqueletos humanos. Nem essa expedição saiu intacta: três de seus componentes se atiraram, sem motivo aparente (até a alguns minutos estavam brincando e rindo com os outros), do topo de uma parede rochosa, indo espatifar-se sobre as rochas.
Alguns estudiosos acreditam poder explicar os sinistros fenômenos que se verificam no "caldeirão das bruxas", atribuindo-os a gases naturais, uns inflamáveis, outros capazes de bloquear os centros nervosos provocando colapsos mortais, e mencionando também jatos de vapor de ácido carbônico que, em um clima peculiar, favoreceriam o desenvolvimento de plantas venenosas e o aparecimento de serpentes.
"Coisas demais num espaço pequeno demais", dizia Einstein, embora não a esse respeito. Os argumentos expostos, de qualquer maneira, não são absolutamente satisfatórios, sem contar que os "fantasmas" de Dickford, que "matavam com o olhar", não encontram sequer uma simples tentativa de explicação.
Devemos tentar com a "teoria espacial"? Poderíamos então pensar numa série de assombrosos fenômenos provocados pelo emprego daquelas armas termonucleares e daqueles engenhos ainda mais poderosos, que as descrições dos antigos textos indianos permitem entrever... e voltar ao Vale da Morte americano, aos seus répteis rastejantes, lá onde nenhuma outra forma de vida poderia sobreviver, às suas árvores monstruosas, aos vapores irrespiráveis, às fantasmagóricas luzes que — segundo nos conta o Doutor Martin — "surgem de repente do chão, tomam formas que lembram, às vezes, as humanas, deslizam na noite, ora muito lentamente, ora como relâmpagos, serpeiam, erguem-se como chamas, artelhos, de colunas de fogo branco, arremessam-se contra o céu..."
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Uma experiência semelhante a morte
As opiniões certamente se dividem quando se trata de experiência semelhante à morte. Alguns estudiosos do assunto acreditam que é uma genuína previsão do mundo após a morte, enquanto outros acham que os sintomas não passam de alucinação. Poderá a realidade da experiência algum dia ser provada? Recentemente, foi feita uma tentativa por Kimberly Clark, assistente social do Harborview Medical Center, em Seattle, Washington.
A primeira experiência aconteceu enquanto Kimberly estava trabalhando com uma paciente chamada Maria, migrante que visitava parentes na cidade quando foi vítima de um ataque cardíaco. Ela sobreviveu à crise, porém sofreu um segundo chamado da morte enquanto se recuperava no hospital. Como estava assistida por sofisticada tecnologia hospitalar, Maria foi fácil e prontamente revivida. A assistente social visitou a paciente naquele mesmo dia. Ficou perplexa, quando ela declarou:
- Aconteceu algo muito estranho quando médicos e enfermeiras cuidavam de mim. Eu me vi olhando de cima, enquanto eles trabalhavam em meu corpo.
Pouco impressionada com a história, Kimberly imaginou que Maria tivesse ficado confusa em razão do sofrimento. Mas a assistente-social mostrou mais interesse quando a paciente disse que, enquanto estava flutuando fora de seu próprio corpo, ela "voou" até a ala norte do terceiro andar do prédio e viu um tênis.
- Ela precisava que alguma outra pessoa soubesse que o tênis estava realmente ali para validar a visão - afirmou Kimberly, que subiu ao terceiro andar à procura do tênis, emocionada e confusa. Finalmente - revelou a assistente social -, encontrei um aposento onde encostei meu rosto no vidro, olhei para baixo e vi o tênis.
Do ponto em que estava, não podia ver que o tênis estava desgastado do lado e que o cadarço se encontrava embaixo do calcanhar. Isso, além de outros detalhes não visíveis para mim, e que Maria só poderia tê-los visto se pudesse flutuar pelo lado de fora do prédio, tendo outra perspectiva em relação ao tênis. Peguei o tênis e levei-o para a migrante. Para mim, essa foi uma prova bastante concreta.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Dupla identidade
Kate, garota criada em Yorkshire, Inglaterra, sonhava em casar com "um oficial do Exército que usasse ternos de lã cinza e paletós de tweed, que tivesse bigode, fumasse cachimbo e dirigisse um carro esporte".
Na adolescência ela mudou para Toronto, onde conheceu um homem que correspondia perfeitamente àquela descrição. Seu nome era John Tidswell, oficial do Exército canadense e piloto amador de carros de corrida. Ele se divorciou da primeira mulher e casou com Kate em 24 de novembro de 1956. O casal teve três filhos - dois meninos e uma menina. O casamento deles parecia ser extremamente feliz.
Um dia, durante a última semana de julho de 1970, no entanto, John pegou sua chalupa para um passeio no lago Simcoe, a quase 60 quilômetros de casa. Ele não voltou. As equipes de busca e salvamento conseguiram encontrar a embarcação avariada, mas nenhum sinal de John Tidswell. No dia 8 de outubro de 1971, um tribunal declarou-o legalmente morto.
E as coisas ficaram nesse pé até alguns anos mais tarde, quando Kate Tidswell de repente começou a sonhar intensamente com o falecido marido. Os sonhos eram de tal forma perturbadores que em 1979 ela procurou um médium, em busca de explicação. O médium disse-lhe que John ainda estava vivo, morando em outro lugar e com o nome de "Halfyard".
Kate iniciou uma busca que a levou a percorrer treze Estados. Ela não encontrou o marido, porém seus sonhos e as palavras do médium deixaram-na convencida de que ele estava vivo em algum lugar.
Nesse ínterim, um homem de Denver chamado Robert Halfyard estava tendo problemas jurídicos. Ele ganhara uma viagem à Europa, mas, quando foi tirar o passaporte, as autoridades investigaram seus antecedentes e descobriram quem era realmente: John Tidswell. Arquitetara a própria morte e abandonara a família canadense para iniciar vida nova nos EUA.
A "viúva" do militar de pronto deixou de receber a pensão a que tinha direito. Sem perda de tempo, ela processou-o, exigindo o pagamento de 100 mil dólares de pensão alimentícia para ela e filhos.
Kate Tidswell declarou a alguns repórteres que estava tentando ver algum "lado bom" na situação.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Na adolescência ela mudou para Toronto, onde conheceu um homem que correspondia perfeitamente àquela descrição. Seu nome era John Tidswell, oficial do Exército canadense e piloto amador de carros de corrida. Ele se divorciou da primeira mulher e casou com Kate em 24 de novembro de 1956. O casal teve três filhos - dois meninos e uma menina. O casamento deles parecia ser extremamente feliz.
Um dia, durante a última semana de julho de 1970, no entanto, John pegou sua chalupa para um passeio no lago Simcoe, a quase 60 quilômetros de casa. Ele não voltou. As equipes de busca e salvamento conseguiram encontrar a embarcação avariada, mas nenhum sinal de John Tidswell. No dia 8 de outubro de 1971, um tribunal declarou-o legalmente morto.
E as coisas ficaram nesse pé até alguns anos mais tarde, quando Kate Tidswell de repente começou a sonhar intensamente com o falecido marido. Os sonhos eram de tal forma perturbadores que em 1979 ela procurou um médium, em busca de explicação. O médium disse-lhe que John ainda estava vivo, morando em outro lugar e com o nome de "Halfyard".
Kate iniciou uma busca que a levou a percorrer treze Estados. Ela não encontrou o marido, porém seus sonhos e as palavras do médium deixaram-na convencida de que ele estava vivo em algum lugar.
Nesse ínterim, um homem de Denver chamado Robert Halfyard estava tendo problemas jurídicos. Ele ganhara uma viagem à Europa, mas, quando foi tirar o passaporte, as autoridades investigaram seus antecedentes e descobriram quem era realmente: John Tidswell. Arquitetara a própria morte e abandonara a família canadense para iniciar vida nova nos EUA.
A "viúva" do militar de pronto deixou de receber a pensão a que tinha direito. Sem perda de tempo, ela processou-o, exigindo o pagamento de 100 mil dólares de pensão alimentícia para ela e filhos.
Kate Tidswell declarou a alguns repórteres que estava tentando ver algum "lado bom" na situação.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
O fantasma sem cabeça
Um homem chamado Lakey, colono pioneiro da pequena cidade de McLeansboro, Illinois, foi encontrado morto. A cabeça dele fora decepada, aparentemente pelo machado que jazia junto à toca ao lado de seu corpo. Ninguém conseguia entender a razão do crime, pois, ao que tudo indicava, o homem não tinha inimigos entre os habitantes locais.
Um dia após o enterro, dois homens estavam cavalgando nas proximidades da cabana de Lakey, junto ao que atualmente é conhecido como riacho de Lakey. Eles provavelmente tinham ido pescar no rio Wabash. Passavam pela cabana, quando a noite caiu. Então, outro cavaleiro sem cabeça, montado em um grande cavalo preto, uniu-se a eles.
Mudos de susto, os homens cavalgaram apavorados, desceram pela margem e entraram no riacho. De repente, o misterioso cavaleiro mudou de direção, seguiu regato abaixo e pareceu desaparecer em uma poça de água próxima de um cruzamento.
A princípio temerosos de contar a história, os homens logo ficaram sabendo que outras pessoas tinham visto a mesma aparição. O caminho seguido pelo fantasma era sempre o mesmo. Ele se unia a cavaleiros que vinham do leste, virava perto do centro do riacho, e então desaparecia.
Hoje, uma ponte de concreto dá vazão a veículos motores sobre o mesmo local onde antigamente os cavaleiros vadeavam o riacho de Lakey. Os motoristas ainda não viram o fantasma sem cabeça, e o mistério da morte de Lakey jamais foi solucionado.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Um dia após o enterro, dois homens estavam cavalgando nas proximidades da cabana de Lakey, junto ao que atualmente é conhecido como riacho de Lakey. Eles provavelmente tinham ido pescar no rio Wabash. Passavam pela cabana, quando a noite caiu. Então, outro cavaleiro sem cabeça, montado em um grande cavalo preto, uniu-se a eles.
Mudos de susto, os homens cavalgaram apavorados, desceram pela margem e entraram no riacho. De repente, o misterioso cavaleiro mudou de direção, seguiu regato abaixo e pareceu desaparecer em uma poça de água próxima de um cruzamento.
A princípio temerosos de contar a história, os homens logo ficaram sabendo que outras pessoas tinham visto a mesma aparição. O caminho seguido pelo fantasma era sempre o mesmo. Ele se unia a cavaleiros que vinham do leste, virava perto do centro do riacho, e então desaparecia.
Hoje, uma ponte de concreto dá vazão a veículos motores sobre o mesmo local onde antigamente os cavaleiros vadeavam o riacho de Lakey. Os motoristas ainda não viram o fantasma sem cabeça, e o mistério da morte de Lakey jamais foi solucionado.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
A chamada da morta
Karl Uphoff, ex-músico de rock, acredita piamente que existe vida após a morte. O motivo: um telefonema da avó já falecida, recebido em 1969.
Karl estava com 18 anos quando sua avó materna morreu. Sempre houvera uma ligação muito estreita entre os dois, e quando a velha ficou surda, já nos últimos anos de vida, passou a solicitar a ajuda de Karl. Como nem sempre o rapaz estava em casa, ela adquirira o hábito de telefonar aos amigos dele para encontrá-lo. Como não conseguia nem ao menos ouvir se alguém atendia o telefone, ela simplesmente discava um número, esperava alguns momentos e então solicitava:
- O Karl está aí? Diga a ele para vir para casa logo, logo.
Ela repetia o recado algumas vezes e então desligava, passando para o próximo número da lista. No entanto, esses telefonemas terminaram, dois anos antes de sua morte, em 1969, quando a irmã de Karl passou a tomar conta da avó.
Dois dias após o falecimento, Karl decidiu fazer uma visita ao casal D'Alessio em Montclair, Nova Jersey, cujo filho, Peter, era seu amigo. Peter e Karl estavam no andar térreo da casa, conversando, quando o telefone do andar superior tocou. Os dois rapazes ouviram a sra. D'Alessio conversando impacientemente com a pessoa que ligara e tornando-se cada vez mais agitada. Karl ficou atônito quando ela o chamou.
- Uma velha está falando ao telefone - gritou. - A mulher está dizendo que é sua avó e que precisa de você. Só que ela repete a mesma coisa vezes sem conta.
Karl subiu correndo a escada e pegou o fone, porém não havia mais ninguém do outro lado da linha. Naquela noite, de volta para casa, ele recebeu uma série de telefonemas. Nunca havia ninguém do outro lado do fio quando tirava o fone do gancho.
O telefonema teria sido um trote? Essa possibilidade parecia extremamente duvidosa. Interrogado por um investigador, Karl declarou que nenhum de seus amigos tinha ciência das ligações que sua avó costumava fazer, e que os D'Alessio eram conhecidos recentes. Ele acrescentou também que fora visitá-los espontaneamente, e que ninguém sabia de seu paradeiro quando o telefonema foi feito.
Karl estava com 18 anos quando sua avó materna morreu. Sempre houvera uma ligação muito estreita entre os dois, e quando a velha ficou surda, já nos últimos anos de vida, passou a solicitar a ajuda de Karl. Como nem sempre o rapaz estava em casa, ela adquirira o hábito de telefonar aos amigos dele para encontrá-lo. Como não conseguia nem ao menos ouvir se alguém atendia o telefone, ela simplesmente discava um número, esperava alguns momentos e então solicitava:
- O Karl está aí? Diga a ele para vir para casa logo, logo.
Ela repetia o recado algumas vezes e então desligava, passando para o próximo número da lista. No entanto, esses telefonemas terminaram, dois anos antes de sua morte, em 1969, quando a irmã de Karl passou a tomar conta da avó.
Dois dias após o falecimento, Karl decidiu fazer uma visita ao casal D'Alessio em Montclair, Nova Jersey, cujo filho, Peter, era seu amigo. Peter e Karl estavam no andar térreo da casa, conversando, quando o telefone do andar superior tocou. Os dois rapazes ouviram a sra. D'Alessio conversando impacientemente com a pessoa que ligara e tornando-se cada vez mais agitada. Karl ficou atônito quando ela o chamou.
- Uma velha está falando ao telefone - gritou. - A mulher está dizendo que é sua avó e que precisa de você. Só que ela repete a mesma coisa vezes sem conta.
Karl subiu correndo a escada e pegou o fone, porém não havia mais ninguém do outro lado da linha. Naquela noite, de volta para casa, ele recebeu uma série de telefonemas. Nunca havia ninguém do outro lado do fio quando tirava o fone do gancho.
O telefonema teria sido um trote? Essa possibilidade parecia extremamente duvidosa. Interrogado por um investigador, Karl declarou que nenhum de seus amigos tinha ciência das ligações que sua avó costumava fazer, e que os D'Alessio eram conhecidos recentes. Ele acrescentou também que fora visitá-los espontaneamente, e que ninguém sabia de seu paradeiro quando o telefonema foi feito.
O bruxo de Warwickshire
Até mesmo os policiais se espantaram com a brutalidade do crime. Charles Watson, velho inofensivo, estava espetado no chão com um forcado de dois dentes enfiado na garganta. De seu peito saía uma foice, outra ferramenta muito usada pelos fazendeiros de Warwickshire.
Os habitantes locais logo começaram a falar sobre a possibilidade de um ritual demoníaco como o das bruxas, porém evidentemente não existiam mais bruxas em fevereiro de 1945, nem mesmo na Inglaterra aniquilada pela guerra.
Como os policiais ingleses dispunham de poucas pistas, pediram o auxílio do famoso inspetor Fabian, da Scotland Yard. Embora Fabian investigasse o caso durante meses, não conseguiu levar um único suspeito perante a justiça.
Quem matou o velho Watson continua sendo um mistério. Mas a Scotland Yard afinal optou pela hipótese de ele ter sido confundido com um bruxo. Certamente o comportamento excêntrico de Watson levantou a suspeita dos vizinhos. Homem taciturno, ele dividia um casebre de telhado de sapé com a sobrinha, e, desdenhando a companhia das pessoas da cidade que freqüentavam o bar local, comprava vinho de maçã em garrafões e bebia sozinho.
Os boatos, contudo, referiam-se a outros hábitos estranhos de Watson. Ele era dado a caminhadas solitárias pelas florestas de Warwickshire, onde era freqüentemente visto a conversar com os pássaros. Dizia o velho que tinha meios próprios de comunicação com eles, Watson também criava sapos em um pequeno jardim. Corria o boato de que os atrelava a arados em miniatura e caminhava com eles pelos campos à noite.
Boatos e suposições à parte, qual era a verdade? Poderia Watson ter sido de fato um bruxo, praticar suas feitiçarias abertamente e provocar a ira de vizinhos atemorizados? Independentemente da crença de cada um, o fato é que em um frio dia de inverno Watson foi brutalmente assassinado sob um salgueiro. O único motivo que a Scotland Yard conseguiu desvendar foi o de bruxaria em primeiro grau.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Os habitantes locais logo começaram a falar sobre a possibilidade de um ritual demoníaco como o das bruxas, porém evidentemente não existiam mais bruxas em fevereiro de 1945, nem mesmo na Inglaterra aniquilada pela guerra.
Como os policiais ingleses dispunham de poucas pistas, pediram o auxílio do famoso inspetor Fabian, da Scotland Yard. Embora Fabian investigasse o caso durante meses, não conseguiu levar um único suspeito perante a justiça.
Quem matou o velho Watson continua sendo um mistério. Mas a Scotland Yard afinal optou pela hipótese de ele ter sido confundido com um bruxo. Certamente o comportamento excêntrico de Watson levantou a suspeita dos vizinhos. Homem taciturno, ele dividia um casebre de telhado de sapé com a sobrinha, e, desdenhando a companhia das pessoas da cidade que freqüentavam o bar local, comprava vinho de maçã em garrafões e bebia sozinho.
Os boatos, contudo, referiam-se a outros hábitos estranhos de Watson. Ele era dado a caminhadas solitárias pelas florestas de Warwickshire, onde era freqüentemente visto a conversar com os pássaros. Dizia o velho que tinha meios próprios de comunicação com eles, Watson também criava sapos em um pequeno jardim. Corria o boato de que os atrelava a arados em miniatura e caminhava com eles pelos campos à noite.
Boatos e suposições à parte, qual era a verdade? Poderia Watson ter sido de fato um bruxo, praticar suas feitiçarias abertamente e provocar a ira de vizinhos atemorizados? Independentemente da crença de cada um, o fato é que em um frio dia de inverno Watson foi brutalmente assassinado sob um salgueiro. O único motivo que a Scotland Yard conseguiu desvendar foi o de bruxaria em primeiro grau.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Sonhe e ganhe dinheiro
Os céticos gostam de zombar dos médiuns, dizendo: se a percepção extra-sensorial realmente funciona, por que eles não ganham fortunas nas corridas de cavalos? Na verdade, existem muitas provas de que alguns deles já ganharam bastante dinheiro.
A British Broadcasting Company transmitiu uma série de programas sobre pesquisas mediúnicas em 1934. Entre os participantes estava Edith Lyttleton, ex-delegada junto à Liga das Nações e talentosa médium. Ela devotou toda apresentação ao tema precogitação; terminada a transmissão, solicitou aos ouvintes que relatassem suas próprias experiências.
Em seguida, Edith passou a seguir atentamente e de forma sistemática os casos mais promissores, especialmente aqueles para os quais podia ser encontrada documentação. Surpreendentemente, um número extraordinário de casos foi relatado por pessoas cujas experiências de precogitação tinham relação com corrida de cavalos. Muitas das testemunhas haviam até mesmo usado as informações para fazer apostas. Um dos correspondentes de Edith Lyttleton era uma tal de sra. Phyliss Richards, cuja experiência ocorrera no ano anterior.
- Viajei de Belfast a Liverpool na noite de quinta-feira, 23 de março de 1933, para ver o Grand National, a ser disputado no dia seguinte - declarou a sra. Richards. - Durante a travessia, percebi que esquecera minha capa impermeável e fiquei meio preocupada. Fui dormir e sonhei que estava na corrida, chovia muito e que um cavalo, cujo nome começava com a letra "K" e terminava com "jack", vencera o páreo, embora não tivesse sido o primeiro cavalo a cruzar o disco de chegada.
A sra. Phyliss Richards acabou fazendo uma pequena aposta no cavalo Kellesboro Jack, que cruzou o disco logo atrás de um cavalo cujo jóquei caíra no meio do caminho. E ela ganhou.
Depois de ouvir essa narração, Edith Lyttleton e uma colega conseguiram descobrir um dos personagens aos quais a sra. Phyliss Richards contara o sonho antes da realização do páreo. O homem confirmou inteiramente o fato e também ganhara dinheiro com o "palpite". Edith Lyttleton publicou diversos casos similares em 1937, concluindo que certas pessoas podem tirar grandes proveitos (em todos os sentidos da palavra) levando a sério seus sonhos.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
A British Broadcasting Company transmitiu uma série de programas sobre pesquisas mediúnicas em 1934. Entre os participantes estava Edith Lyttleton, ex-delegada junto à Liga das Nações e talentosa médium. Ela devotou toda apresentação ao tema precogitação; terminada a transmissão, solicitou aos ouvintes que relatassem suas próprias experiências.
Em seguida, Edith passou a seguir atentamente e de forma sistemática os casos mais promissores, especialmente aqueles para os quais podia ser encontrada documentação. Surpreendentemente, um número extraordinário de casos foi relatado por pessoas cujas experiências de precogitação tinham relação com corrida de cavalos. Muitas das testemunhas haviam até mesmo usado as informações para fazer apostas. Um dos correspondentes de Edith Lyttleton era uma tal de sra. Phyliss Richards, cuja experiência ocorrera no ano anterior.
- Viajei de Belfast a Liverpool na noite de quinta-feira, 23 de março de 1933, para ver o Grand National, a ser disputado no dia seguinte - declarou a sra. Richards. - Durante a travessia, percebi que esquecera minha capa impermeável e fiquei meio preocupada. Fui dormir e sonhei que estava na corrida, chovia muito e que um cavalo, cujo nome começava com a letra "K" e terminava com "jack", vencera o páreo, embora não tivesse sido o primeiro cavalo a cruzar o disco de chegada.
A sra. Phyliss Richards acabou fazendo uma pequena aposta no cavalo Kellesboro Jack, que cruzou o disco logo atrás de um cavalo cujo jóquei caíra no meio do caminho. E ela ganhou.
Depois de ouvir essa narração, Edith Lyttleton e uma colega conseguiram descobrir um dos personagens aos quais a sra. Phyliss Richards contara o sonho antes da realização do páreo. O homem confirmou inteiramente o fato e também ganhara dinheiro com o "palpite". Edith Lyttleton publicou diversos casos similares em 1937, concluindo que certas pessoas podem tirar grandes proveitos (em todos os sentidos da palavra) levando a sério seus sonhos.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Arqueoloqia mediúnica
Jeffrey Goodman iniciou carreira como executivo de pequena companhia petrolífera em Tucson, Arizona. Formado em administração de empresas, ele não se mostrava particularmente inclinado a vôos altos. É por isso que pode causar surpresa encontrá-lo, nos dias de hoje, intercedendo a favor do novo campo de arqueologia mediúnica, em que médiuns talentosos auxiliam a encontrar áreas de escavação promissoras.
A odisséia mediúnica de Goodman começou em 1971, quando ficou sabendo que os antropólogos convencionais acreditavam que a humanidade surgira no continente americano há 16 mil anos.
Goodman achou que essa data era muito recente. Na realidade, ele tinha absoluta certeza de poder encontrar provas de civilização anterior em seu próprio Estado, desde que soubesse onde procurar.
Assim, para levar adiante sua intuição, conversou com Aron Abrahamsen, conhecido médium do Oregon. Sem sair de casa, o médium forneceu diversas descrições de clarividência, que ajudaram Goodman a localizar um leito seco de rio em San Francisco Piaks, além de Flagstaff. Era um local improvável para se procurar uma civilização perdida, pois os cientistas jamais haviam encontrado algum sítio arqueológico ali. Mas Goodman não só ignorou pura e simplesmente esse fato inconveniente, como também pediu ao médium que previsse as formações geológicas que seriam encontradas durante as escavações.
Cavando no local indicado pelo médium, Goodman descobriu objetos de artesanato que teriam sido feitos há, pelo menos, 20 mil anos. O que chega a ser ainda mais surpreendente é que 75 por cento das previsões geológicas de Abrahamsen estavam completamente corretas, não obstante dois geólogos locais terem ridicularizado as palavras dele. O médium do Oregon previu, por exemplo, que os cientistas localizariam camadas de 100 mil anos de idade a uma profundidade de apenas 8 metros. E foi justamente o que eles encontraram.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
A odisséia mediúnica de Goodman começou em 1971, quando ficou sabendo que os antropólogos convencionais acreditavam que a humanidade surgira no continente americano há 16 mil anos.
Goodman achou que essa data era muito recente. Na realidade, ele tinha absoluta certeza de poder encontrar provas de civilização anterior em seu próprio Estado, desde que soubesse onde procurar.
Assim, para levar adiante sua intuição, conversou com Aron Abrahamsen, conhecido médium do Oregon. Sem sair de casa, o médium forneceu diversas descrições de clarividência, que ajudaram Goodman a localizar um leito seco de rio em San Francisco Piaks, além de Flagstaff. Era um local improvável para se procurar uma civilização perdida, pois os cientistas jamais haviam encontrado algum sítio arqueológico ali. Mas Goodman não só ignorou pura e simplesmente esse fato inconveniente, como também pediu ao médium que previsse as formações geológicas que seriam encontradas durante as escavações.
Cavando no local indicado pelo médium, Goodman descobriu objetos de artesanato que teriam sido feitos há, pelo menos, 20 mil anos. O que chega a ser ainda mais surpreendente é que 75 por cento das previsões geológicas de Abrahamsen estavam completamente corretas, não obstante dois geólogos locais terem ridicularizado as palavras dele. O médium do Oregon previu, por exemplo, que os cientistas localizariam camadas de 100 mil anos de idade a uma profundidade de apenas 8 metros. E foi justamente o que eles encontraram.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Lemúria e lemurianos
"Lemúria em toda a sua extensão", segundo W. Scott-Elliot. |
Lemúria, originalmente uma hipótese científica para explicar semelhanças geológicas entre a Índia e Madagascar, entrou para o repertório do ocultismo em 1877, com o livro Ísis sem Véu, de Helena Blavatsky. Na cosmologia ali esboçada, a Terra teria sido ocupada, até agora, por cinco "raças-raízes", às quais se sucederiam, no futuro, mais duas. Sua suposta fonte seria uma obra secreta chamada Estâncias de Dzyan, a cujos manuscritos, escritos em uma língua chamada senzar, só ela teve acesso.
Lemúria, nesta concepção também chamada Shambali, teria sido ocupada pela terceira "raça-raiz", originalmente hermafrodita e ovípara, de quatro braços, mentalmente subdesenvolvida, que conviveu com os dinossauros. Segundo Blavatsky, quando surgiram os mamíferos, alguns lemurianos tiveram relações sexuais com esses animais, dando origem aos macacos.
Essa concepção de Lemúria foi desenvolvida por outros teósofos, principalmente W. Scott-Elliot, em Atlântida e Lemúria: continentes desaparecidos e Annie Besant e C. W. Leadbeater em O Homem: donde e como veio e para onde vai?, ainda que sem o mesmo grau de detalhamento oferecido nas descrições de Atlântida e Shambhala.
Os lemurianos conviveram com dinossauros, plesiossauros, pterodáctilos e ictiossauros, entre florestas de coníferas, samambaias gigantes e palmeiras (sic), e a popularidade da obra teosófica nos EUA talvez explique, em parte, a popularidade da idéia errônea segundo a qual humanos pré-históricos conviveram com dinossauros, expressa não só em histórias cômicas como a de Brucutu e dos Flintstones, como também em filmes de aventura e fantasia, como O Despertar do Mundo (One Million B.C., de 1940), de Hal Roach Jr. e sua refilmagem de 1966, Mil Séculos antes de Cristo, (One Million Years B.C.), por Don Chaffey.
Embora os teósofos rejeitem a versão bíblica do Gênesis e seu pressuposto de que o mundo foi criado por volta de 4.004 a.C., sua escala de tempo - embora fosse compatível com hipóteses científicas do século XIX - está totalmente em desacordo com as da geologia atual. Segundo Helena Blavatsky, os lemurianos teriam surgido há 18 milhões de anos e esse período corresponderia ao Triássico - que, na realidade, está compreendido entre 251 milhões e 199,6 milhões de anos. Segundo Annie Besant, os lemurianos assexuados teriam surgido há 36 milhões de anos, no Triássico para depois tornarem-se hermafroditas e a separação dos sexos teria se dado no Jurássico, há 18 milhões de anos. Na realidade, o Jurássico se deu entre 199,6 milhões e 145 milhões de anos.
Cada uma das "raças-raízes", inclusive a lemuriana, teria dado origem a sete "sub-raças", assim como as "raças" posteriores, a atlante e a "ariana". Entretanto, as "sub-raças" lemurianas não recebem nomes específicos e suas descrições por diferentes autores freqüentemente se contradizem.
Segundo Helena Blavatsky, os lemurianos pritivos eram os ciclopes da mitologia grega. Eram hermafroditas com dupla face, três olhos e quatro braços. Este último detalhe não foi retomado ou explicado por Scott-Elliot, Besant ou Leadbeater, que aparentemente interpretaram os dois braços extras como membros posteriores pouco diferenciados dos anteriores e dotados de "mãos", como nos macacos - que no século XIX eram cientificamente classificados como "quadrúmanos", justamente por essa característica. A dupla face indica um olho atrás da cabeça, que formava uma "face" de ciclope. Entretanto, Besant, mais tarde, disse que os primeiros lemurianos tinham um só olho no meio da face, sendo os outros dois ainda não funcionais.
Fonte: Fantastipédia.
De Lemúria a Gondwana
Tentemos dirigir nossos olhos para o passado bem remoto da Terra: após relativa solidificação, veremos seu vulto mudar continuamente, atormentado por enormes cataclismos e convulsões horrendas. Continentes surgem do oceano inicial, transformam-se e, como plasmados por mãos gigantescas, de novo afundam, enquanto outros emergem, represam as águas entre seus monstruosos relevos, levando-as a formar enormes lagos que um sopro de fogo, do interior do globo, basta para fazer desaparecer em possantes colunas de vapor.
Instala-se afinal uma calma relativa: cerca de 1 bilhão de anos atrás, segundo muitos eminentes geólogos, dá-se a estabilização da superfície terrestre em uma única, grande massa continental: a Megagea (do grego: "grande terra"). Após 300 milhões de anos, o quadro muda mais uma vez: novas convulsões violentas provocam o aparecimento de abismos em vastíssimas regiões e delineiam continentes desconhecidos, destinados a desaparecer ou a mudar de aspecto inúmeras vezes.
Umas dessas imensas formações teria ocupado grande parte do Oceano Pacífico, indo desde Madagáscar até o Ceilão, da Polinésia à Páscoa e à Antártida. Os estudiosos que aceitam essa hipótese chamam esse continente de Lemúria, afirmando que ele já existia no período Permiano (cerca de 250 milhões de anos) para desaparecer, após várias transformações, perto do início da era Terciária — devido a poderosos revolvimentos ocorridos há 60 milhões de anos. Os relevos de Lemúria poderiam ser identificados — além dos pontos citados para delinear, de maneira grosseira, seus limites — nas Ilhas Seychelles, Maldivas, Laquedivas, Quiagos, o banco de Sahia de Maiha e talvez também nas Ilhas Keeling. Entre os dados oferecidos para confirmação dessa hipótese, não podemos ignorar os relativos à afinidade da fauna e flora das regiões agora separadas pelas águas, mas que um dia constituíram parte integrante de vastíssimo continente.
Os estudiosos, — incluindo os que concordam em atribuir ao aparecimento da humanidade sobre a Terra uma data muito anterior à admitida até pouco tempo atrás pela ciência oficial — negam que a suposta Lemúria tenha hospedado formas de vida semelhantes à nossa. Entretanto, lendas polinésicas falam de "duas grandes ilhas" (continentes?) antiqüíssimas, habitadas uma por homens amarelos, outra por homens negros, que viviam em constante luta. Os deuses teriam tentado pacificá-los, mas afinal convencidos de que se tratava de inimigos inconciliáveis, teriam resolvido precipitar nos mares aquelas ilhas.
Mas há quem afirme conhecer mais: os cultores de ciências esotéricas, que acreditam poder reconstruir, com seus "estudos", a história não escrita da Terra. Podemos empreender com eles — como simples curiosidade — uma volta por aquilo que teria sido a Lemúria.
Acompanhando-os, chegamos a um continente rico em lagos e vulcões, sufocado sob um céu eternamente cinzento, nublado pela ininterrupta atividade de milhares de crateras. Aqui se movem criaturas de pesadelo que bem poderiam ter algum parentesco com os gigantes de Saurat e Bellamy: grotescas caricaturas de homens, seres com 3,5 m a 4,5 m de altura, exibindo no lugar da pele uma couraça moreno-amarelada — que lembra simultaneamente a do rinoceronte e a rugosa pele do crocodilo — braços e pernas muito longos, dobrados em amplo ângulo agudo, pois os cotovelos e os joelhos dispõem-se de tal maneira que os impedem de esticar completamente os membros. Mãos e pés são desproporcionadamente grandes, e o calcanhar mostra notável saliência traseira. Mas a parte mais assustadora desses lemurianos é sem dúvida a cabeça: o rosto é achatado, a mandíbula longa, os olhos pequenos e bem distanciados entre si, de maneira a permitir que seus donos enxerguem quer para a frente quer para os lados; mas não possuem somente um par de olhos: um terceiro, bem no meio da nuca, lhes permite dominar a paisagem que têm às costas. De cabelos, não há vestígio: se quiserem ter idéia do que é sua testa, peguem um tomate cheio de saliências, cortem-no pela metade em sentido horizontal e... divirtam-se!
Os senhores que parecem tão bem informados sobre a Lemúria acrescentam que, com o passar de milênios, essa raça teria melhorado de aspecto (e disso necessitava mesmo!) até perder a aparência monstruosa e adquirir o que seria o resultado de uma espécie de cruzamento entre macacos e bosquímanos: estes últimos, aliás, seriam realmente seus descendentes, junto com os aborígines australianos, os indígenas da Terra do Fogo e alguns outros grupos africanos ou indianos.
As primeiras choupanas desses seres teriam sido formadas com troncos amontoados de qualquer maneira; mais tarde, contudo, teriam construído pequenas cidades com blocos de pedra e lava, colocados de modo a constituir um cubo sem janelas, com uma porta e uma abertura superior para permitir a iluminação interna. Um desses centros se acharia a cerca de 30 milhas a oeste de Páscoa, no fundo do Pacífico, enquanto algumas ruínas poderiam ser encontradas nas selvas de Madagáscar.
É natural que nunca poderemos chegar à verdade sobre Lemúria, a exemplo do que ocorre com outro continente antiqüíssimo — o de Gondwana — também envolvido no mistério de alguns documentos, alguns dados científicos e muitas lendas. E quanto aos seus habitantes, a que os gregos se referem quando falam de "pré-selenitas"? Também poderia ser observado que os textos tibetanos assinalam-no florescente — quando nossa lua ainda não brilhava — povoado por seres muito sábios e evoluídos que construíram grandes "casas de cristal" (a ficção científica pensa em arranha-céus tipo "palácio de vidro"!).
Com pesquisas pormenorizadas sobre Gondwana, dedicaram-se a esse problema, de maneira especial, os geólogos Blandford e Süss, chegando a afirmar que esse continente teria tido geograficamente muitos pontos em comum com Lemúria: entre outros, a Ilha da Páscoa, África do Sul, Madagáscar e Ilha Central.
Teria Gondwana nascido do fracionamento da própria Lemúria, ou teria surgido como conseqüência das catástrofes que levaram esta última à destruição? Aqui temos também que nos satisfazer com fantasias sobre as migalhas que a ciência penosamente conseguiu juntar.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
A ilha do apocalipse
A ilha de Páscoa esconde outros mistérios que provavelmente continuarão para sempre sem solução: o das galerias subterrâneas, o da posição das estátuas, que às vezes lembra as "avenidas de pedra" da Bretanha, às vezes o "círculo mágico" de Stonehenge, o das cavernas cheias de ossadas humanas de tempos antiqüíssimos, o dos petróglifos (desenhos sobre pedra) muito parecidos com os motivos próprios não só das antigas civilizações da América Central e do Sul, mas também caracterizados por elementos que lembram a Índia, a China e até o Egito.
Os "homens-pássaros" pascoanos, por exemplo, sem dúvida estão ligados ao fabuloso "pássaro de fogo" que encontramos no Mediterrâneo, na Índia, nas duas Américas, e que parece ser o símbolo da civilização-mãe da Terra, a mítica Atlântida.
Os atlantes, então, desembarcaram na Ilha da Páscoa? Parece que uma antiga lenda ilhoa assim sugere. "Muitos e muitos anos atrás" — conta a lenda — "chegou do mar com dois navios o rei Hotu Matua, com a rainha e sete mil súditos. Vieram de duas ilhas, situadas lá onde o sol nasce. E quando chegaram, suas ilhas desapareceram no mar..."
Os estudiosos, de maneira geral, acham, contudo que se tratava de americanos, e não atlântidas, e pensam que entre Páscoa e a costa sudeste do "Novo Mundo" existiram uma vez algumas ilhas.
Parece que há séculos Páscoa hospedou entre 2 e 5 mil habitantes, divididos em duas classes: a dos "senhores das longas orelhas" (com os lobos esticados pela aplicação de pesos, característica que se encontra também nas estátuas) e a dos plebeus com orelhas curtas. Estes acabaram por rebelar-se contra a tirania dos nobres, desencadeando uma guerra civil que provavelmente dizimou a população.
Os "senhores das longas orelhas" constituíam também a aristocracia dos incas, e é impossível que costumes tão curiosos tenham florescido independentes, sem que tivesse havido contacto algum entre a Ilha da Páscoa e a América. Além disso, muitos objetos artísticos e apetrechos fabricados pelos antigos habitantes da ilha apresentam extraordinárias analogias com os do Peru.
E se os incas tivessem chegado a Páscoa antes dos polinésicos e em seguida tivessem sido vencidos e dizimados (ou expulsos) por esses últimos? É algo não só possível como muito provável. Isso tornaria plausível outra hipótese: poderíamos admitir que os últimos a chegar tenham estruturado seu culto pelos antepassados, aos quais teriam sido dedicadas as gigantescas estátuas baseadas em crenças americanas; diríamos mais: eles "roubaram" aos súditos do Rei Hotu Matua a idéia de lendários, titânicos progenitores. E com isso teríamos uma explicação lógica da extraordinária semelhança que se encontra entre as bases das estátuas pascoanas e as olmecas, de Pachacamac e da misteriosa Tiahuanaco.
Não esqueçamos também que os antigos americanos tinham gigantes entre seus míticos progenitores, e notemos que encontramos reproduzidos em Páscoa, em proporção menor, alguns dos desenhos de animais desconhecidos traçados no deserto peruano. Perto desses desenhos temos outro símbolo que nos deixa perplexos: a espiral tomada como símbolo do número 100 pelos incas, egípcios e outros povos.
Páscoa estaria, portanto, ligada de alguma maneira à lembrança da Atlântida, o famoso continente submerso, se quisermos considerar os antigos povos americanos seus mais diretos herdeiros.
Mas Páscoa apresenta vestígios muito anteriores ao período incaico, vestígios impressionantes como os constituídos pelas ossadas e pelas galerias ciclópicas. Muitos geólogos acreditam poder afirmar que no passado a ilha não era muito maior do que hoje em dia, mas essa afirmativa se choca contra fatos que não podem ser ignorados: entre outras coisas, é inacreditável que alguém tenha cavado túneis daquelas proporções para fazê-los desembocar no mar — era outras palavras, pelo simples gosto de cavá-los.
Há quem apresente a hipótese de que as enormes passagens subterrâneas faziam parte de um sistema subterrâneo de comunicação destinado (como no Havaí) a pôr em contacto entre si as várias ilhas de um arquipélago desaparecido, sendo Páscoa apenas um cemitério comum, se não mesmo um lugar destinado a sagradas hecatombes. E há quem vá mais adiante, advertindo-nos que justamente por essa razão a ilha é maldita, conforme "demonstrariam" as desgraças que caíram sobre seus habitantes, mesmo naqueles poucos capítulos de sua história que nos foi dado conhecer. Sem dúvida os pascoanos nunca tiveram uma existência invejável; nem por isso, porém, consideramo-nos capazes de filiar suas desgraças a algum fruto de mera superstição.
Há outros que consideram Páscoa quase um templo da humanidade, de sua perpétua luta contra as forças cósmicas avassaladoras, de suas ruinosas quedas e de seus renascimentos. A ilha teria sido um ponto comum a todos os continentes desaparecidos de nosso planeta: Lemúria, Gondwana, Mu, Atlântida. Alguns acreditam achar a descrição em antigos textos tibetanos e nos oferecem uma profecia que, se pode nos deixar indiferentes, vai sem dúvida preocupar nossos bisnetos: outras imensas perturbações vão devastar nosso globo, destruindo tudo quanto o homem construiu e construirá, e obrigá-lo-ão a recomeçar da Idade da Pedra. A Ilha da Páscoa ainda resistirá a muitas catástrofes, mas quando também ela desaparecer, tragada pelas ondas, será a destruição total, o fim do mundo.
Essa profecia, de acordo com um grupo de parisienses apaixonados pelos enigmas pascoanos, teria sido lembrada também em antigos manuscritos incaicos e guardada oralmente por muitas gerações até nossos dias.
É opinião comum que os incas não conheciam a escrita, mas parece que alguém pode demonstrar o contrário. "O vice-rei do Peru, Francisco Toledo" — escreve Robert Charroux — "fala em seus relatórios, por volta de 1566, de tecidos incaicos e tabuinhas pintadas, de grande riqueza narrativa, relativas à história, a ciências, profecias, etc. Ele mandou que tudo fosse jogado na fogueira. A existência dessa escrita incaica é confirmada por José de Acosta (Historia natural y moral de las Índias, Sevilha, 1590), Balboa e Padre Cobo. Felizmente os jesuítas e os papas salvaram parte do patrimônio tradicional. Os livros de Garcilaso de la Vega e alguns manuscritos contendo os dados mais preciosos da mitologia sul-americana foram queimados na Espanha do século XVI, mas a Biblioteca do Vaticano e o Senhor Beltran Garcia, descendente de Garcilaso, conservam a parte essencial da tradição relatada em manuscritos inéditos, dos quais tivemos conhecimento."
Nesse ponto parece-nos oportuno lembrar, ainda com Charroux, quantos vazios, que não poderão ser preenchidos, foram abertos pela ignorância e pelo fanatismo no conhecimento da antiqüíssima história de nosso planeta.
"Muitos testemunhos foram destruídos" — diz o arqueólogo. "Júlio César carrega a pesada responsabilidade do primeiro incêndio da Biblioteca de Alexandria, onde Ptolomeu I Soter juntara 700 mil volumes, que constituíam então a totalidade da tradição e da sabedoria humana. Quatro séculos mais tarde, um segundo incêndio, ateado pelas turbas indisciplinadas, danificou essa mesma biblioteca, que foi definitivamente queimada em 641 por ordem do Califa Omar. Contam que, consultado por seus capitães sobre o destino dos livros, o chefe muçulmano respondeu: 'Se o que eles dizem está no Alcorão, são inúteis, e podem queimá-los. Se o que eles dizem não está no Alcorão, então devem ser destruídos, por serem nocivos e ímpios'. Os preciosos manuscritos foram usados por vários meses como combustível para as caldeiras das termas de Alexandria. Só alguns escaparam do fogo.
"Semelhante auto-de-fé foi realizado em 240 a.C., pelo imperador chinês Tsin Che-Hoang, que mandou destruir todos os livros de história, astronomia e filosofia existentes em seu reino.
No terceiro século, em Roma, Diocleciano mandou procurar e destruir todos os volumes contendo fórmulas para fabricar ouro, sob a desculpa de que a transmutação dos metais ia permitir a compra de impérios.
"O Novo Testamento (Atos dos Apóstolos) revela que São Paulo reuniu em Éfeso todos os livros que tratavam de 'coisas curiosas' e os queimou publicamente. Jacques Weiss refere que alguns monges irlandeses, ignorantes, queimaram 10 mil manuscritos rúnicos redigidos em casca de vidoeiro (bétula), contendo todas as tradições e todos os anais da raça celta."
O escritor lembra a seguir os testemunhos relativos à queima dos papiros de Uardan e dos manuscritos de Yucatan; e a lista nem de longe está completa. Achavam-se entre as obras destruídas aqueles "livros dos deuses e dos homens", que se diz contavam a história da Terra "desde o dia em que brilhou a luz da inteligência", e em particular a da Lemúria e Gondwana? Se assim for, bem poucas esperanças nos restam para entender o singular enigma dêsses dois lendários continentes desaparecidos, sobre os quais a fantasia vertiginosa de alguns quer projetar a sombra dos gigantes.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
Páscoa: desgraças em cadeia
A curiosa e deprimente paisagem da Páscoa, as "cabeças de pedra", as enigmáticas galerias subterrâneas foram a base de inúmeras lendas, e agora é a vez da ficção científica. Um romancista americano acha até que Páscoa é o fragmento de um mundo destroçado que caiu sobre a Terra. Naturalmente trata-se de hipótese totalmente irreal, mas aquela ilha perdida na imensidade de oceano e céu não sugere a idéia de um asteróide?
Quando Roggeveen desembarcou, encontrou de 5 a 6 mil habitantes que logo iriam ter péssima impressão de seus hóspedes: em meio a injustificado tiroteio doze indígenas foram mortos, e a partir de então a história dos habitantes da ilha foi uma sucessão de desgraças.
Em 1859 e 1862 desembarcaram na ilha bandos de aventureiros peruanos sem escrúpulos, que reduziram à escravidão e deportaram para as terras do guano o povo inteiro, inclusive o rei Marata. O bispo de Taiti, Jaussen, enviou à Lima enérgico protesto, conseguindo a repatriação dos infelizes. Mas só alguns voltaram, trazendo varíola, lepra e sífilis, além de outras doenças contraídas nos lugares insalubres onde foram obrigados a trabalhar.
Em 1864, quando o Padre Eynaud, primeiro missionário, desembarcou em Páscoa, encontrou somente poucas centenas de pessoas em muito mau estado. Contudo, o capitão do navio, que havia trazido o missionário, achou-os plenamente aptos para trabalhar como escravos nas plantações de Taiti, e assim uma centena de habitantes novamente conheceu a deportação.
Aos poucos restantes, o destino reservava outra desventura: chegou à ilha um embusteiro chamado Dutroux-Bornier que, afirmando ter comprado aquela terra ao rei de Taiti (ao qual parecia pertencer, não sabemos porquê), apoderou-se da única riqueza dos indígenas — alguns rebanhos de magras ovelhas — e instaurou um regime tão tirânico que os pascoanos, embora tímidos e pacíficos, acabaram por assassiná-lo.
Morto o rei de Taiti, Tati Salmon, a ilha foi herdada pela família Brander, que em 1888 a vendeu ao Chile, do qual ainda hoje é a única colônia.
Quando falamos na Ilha da Páscoa, a primeira imagem que aparece é a das gigantescas cabeças de pedra, os monumentos mais esquisitos e imponentes da Terra. Foram entalhadas em pedra vulcânica: no interior da cratera foram esculpidos 300 e depois erguidos e transportados sobre plataformas até 16 quilômetros de distância. Alguns desses colossos pesam 30 toneladas e sua altura varia entre 3,50 e 20 metros; existe um, inacabado, que mede bem uns 50 metros!
Interrogados sobre a origem dessas estátuas, os habitantes nunca souberam dar explicação alguma; isso sem dúvida deve-se ao fato de que com o rei Marata foram deportados os sábios pascoanos, depositários das tradições, que sem dúvida poderiam ter narrado coisas interessantíssimas não apenas sôbre o passado de sua pátria, mas também sobre as mais antigas e enigmáticas civilizações da Terra.
Restaram, é verdade, algumas tabuinhas de madeira (que não é da ilha), gravadas com caracteres que lembram em parte quer os hieróglifos da América pré-colombiana, quer os descobertos há alguns anos no vale do Indo e que remontam a cerca de 3.000 anos a.C.; mas parecia impossível conseguir decifrar aquelas tabuinhas.
Entretanto, a chave existia: encontrou-a aquele Bispo Jaussen que se havia preocupado com a deportação dos habitantes da ilha. Mas ninguém nada soube, até que em 1955 o Doutor Thomas Barthel, arrojado antropólogo alemão, concluiu suas apaixonantes pesquisas.
O cientista obteve, em 1953, algumas fotografias dos documentos manuscritos, estudados pelo culto bispo, descobrindo que Jaussen, interrogando os pascoanos que ficaram na ilha de Taiti para trabalhar, conseguira decifrar parte dos "paus cantantes", isto é, as tabuinhas que ficaram silenciosas para muitos especialistas.
O antropólogo chegou assim a compreender o significado de parte dos hieróglifos, mas para completar o trabalho faltava-lhe consultar os outros apontamentos de Jaussen. Onde encontrá-los? O bispo pertencera à congregação do Sagrado Coração, cuja sede deveria estar em Braine-le-Comte, Bélgica. O Doutor Barthel dirigiu-se para lá, onde descobriu que os religiosos haviam deixado para sempre aquela localidade. O acaso o levou, a seguir, à abadia de Grottaferrata, aos pés dos Montes Albanos, e lá ele encontrou as preciosas anotações que lhe permitiriam ler o passado de Páscoa.
Em quase todos os "paus cantantes" estão gravadas rezas pagãs, de acordo com um sistema denominado bustrophedon, pelo qual se inicia a leitura pela parte inferior, da esquerda para a direita, virando-se a tabuinha a cada linha.
"Eles chegaram de Rangitea" — revela o mais conhecido desses documentos, — "desembarcaram sobre esta ilha e rezaram ao deus de Rangitea..."
Isso confirma, entre outras coisas, a origem polinésica dos atuais habitantes da Páscoa, que lá devem ter chegado das superpovoadas Ilhas da Sociedade, em particular de Raiatea (ou Rangitea), em fins de 1200.
O notável trabalho do Bispo Jaussen e do Doutor Barthel nos permite formular uma hipótese sobre a origem das "cabeças de pedra": os gigantescos monumentos seriam muito menos antigos do que há alguns anos acreditávamos; os mais antigos remontariam à metade de 1.300, e todos deveriam ser encarados como simulacros de "grandes progenitores", em honra dos quais os pascoanos teriam celebrado rituais mágicos e sacrifícios humanos.
Como os ilhéus tenham conseguido transportar por longos trechos e levantar as pesadas estátuas com os meios rudimentares de que dispunham é um mistério. Thor Heyerdhal, chefe da famosa expedição da "Kon Tiki", afirma que a tração teria sido feita com cabos de ráfia e outras fibras vegetais, sobre cilindros de madeira, e a ereção realizada com planos inclinados construídos com areia e pedras. Mas os pascoanos não podiam, de maneira alguma, lançar mão de toras, porque, dado o estrato de terra demasiado fino que recobre as rochas vulcânicas, a ilha não pode sustentar árvores.
Além disso, por qual razão de todos os polinésicos só os emigrados de Rangitea tiveram a idéia de erguer tais monumentos? Ninguém nos poderá dizê-lo com certeza. Também o fato de muitas cabeças se apresentarem caídas e a escultura de outras ter sido repentinamente suspensa permanece obscuro: alguns falam numa revolução religiosa que teria levado à supressão do culto dos antepassados, e essa parece, para muitos, a única explicação viável.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
A Era dos Gigantes
Que efeitos poderiam ter a aproximação progressiva de um satélite da Terra? — perguntaram-se Saurat e Bellamy. Antes de tudo, a diminuição da atração terrestre, como conseqüência do aumento da atração lunar. E, como resultado disso, o alagamento de vastíssimas áreas continentais resultante da possante maré sem refluxo, além do aparecimento de criaturas de estatura muito desenvolvida.
Somente um fenômeno dessa natureza, sustentam os dois cientistas, pôde permitir a vida às grandes plantas e aos grandes animais que povoaram nosso globo. E com aqueles gigantes animais e vegetais apareceram também homens com estatura média de 5 metros: para tanto teria igualmente concorrido a intensidade aumentada dos raios cósmicos, aos quais os titãs teriam sido devedores de uma inteligência superior.
Sobre a ação dessas partículas já houve longas discussões que hoje ainda prosseguem animadamente. É claro que serão necessários anos e anos após as experiências iniciais para que possamos chegar a conclusões válidas.
"Como aconteceu com outras radiações" — diz por enquanto o Professor Jakob Eugster, o maior perito na matéria — "como as do rádio, dos raios X e outras, os raios cósmicos podem apresentar dois efeitos: provocar mutações, isto é, mudanças nos caracteres hereditários, e causar danos ou alterações aos tecidos."
Se houve efetivamente a destruição das luas e, conseqüentemente, um aumento da intensidade de bombardeamento de partículas radioativas às quais estamos expostos, esse último fator pode ter contribuído para o fenômeno do gigantismo.
Podemos ter uma idéia disso dando um pulo até Martinica. O que aconteceu naquela ilha parece apoiar as teorias que propõem estar o gigantismo ligado, de uma ou de outra maneira, a uma chuva radioativa mais violenta.
Essa ilha das Antilhas foi palco, em 1902, de pavorosa erupção vulcânica — a do Monte Pelée — que em poucos minutos dizimou 20 mil pessoas só na cidade de St. Pierre. No dia do desastre formou-se na cratera uma nuvem de cor violeta-escuro, resultante dos gases vulcânicos saturados pelo vapor de água. A nuvem se agigantou, espalhou-se por toda a ilha sem que o povo desse conta do perigo e, quando uma coluna de fogo de 400 metros saiu da cratera do Monte Peleé, a massa de gases incendiou-se, desenvolvendo um calor acima de 1.000°C, disseminando a morte. Apenas um homem sobreviveu: um preso, protegido pelas espessas paredes de sua cela subterrânea.
Contrariando as expectativas, a vida voltou rapidamente à ilha, embora a cidade nunca mais tenha sido reconstruída. Novamente começou a crescer a vegetação, e a Martinica outra vez povoou-se de animais. Mas tudo ficou gigantesco: cães, gatos, tartarugas, lagartos — até os insetos aumentavam de tamanho e cresciam ainda mais nas gerações seguintes.
Chocados pelo estranho fenômeno, os franceses estabeleceram aos pés do vulcão uma estação para pesquisas científicas, chegando rapidamente à conclusão de que as mutações animais e vegetais eram devidas às radiações dos minerais deixados expostos pela erupção.
Os raios manifestaram seus efeitos também sobre os homens: o chefe da estação científica, Doutor Jules Graveure, cresceu 6 centímetros, e seu assistente, Doutor Rouen, de 57 anos, aumentou 5 centímetros e meio.
Lançando mão de culturas protegidas contra as radiações, os estudiosos puderam realizar importantes comparações, observando, entre outras coisas, que um rebento exposto aos raios cresce três vezes mais depressa que o normal, e que em seis meses uma planta irradiada consegue um desenvolvimento para o qual seriam necessários dois anos, em condições normais. Os frutos chegavam à maturação muito mais depressa, embora com volume maior, e as cactáceas simplesmente dobravam de tamanho.
Como as plantas, também os animais inferiores se mostraram mais sensíveis às radiações: um lagarto venenoso, chamado "copa", que antes media no máximo 20 centímetros, tornou-se um dragão de meio metro, e sua mordedura, antes nem sempre fatal, é agora mais mortal que a picada de uma cobra.
O curioso fenômeno do crescimento desaparece quando os exemplares em exame são afastados da ilha. Também na Martinica, de qualquer maneira, a curva ascendente alcançou o máximo: a intensidade das radiações começa a diminuir e os "monstros" a encolher.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
Somente um fenômeno dessa natureza, sustentam os dois cientistas, pôde permitir a vida às grandes plantas e aos grandes animais que povoaram nosso globo. E com aqueles gigantes animais e vegetais apareceram também homens com estatura média de 5 metros: para tanto teria igualmente concorrido a intensidade aumentada dos raios cósmicos, aos quais os titãs teriam sido devedores de uma inteligência superior.
Sobre a ação dessas partículas já houve longas discussões que hoje ainda prosseguem animadamente. É claro que serão necessários anos e anos após as experiências iniciais para que possamos chegar a conclusões válidas.
"Como aconteceu com outras radiações" — diz por enquanto o Professor Jakob Eugster, o maior perito na matéria — "como as do rádio, dos raios X e outras, os raios cósmicos podem apresentar dois efeitos: provocar mutações, isto é, mudanças nos caracteres hereditários, e causar danos ou alterações aos tecidos."
Se houve efetivamente a destruição das luas e, conseqüentemente, um aumento da intensidade de bombardeamento de partículas radioativas às quais estamos expostos, esse último fator pode ter contribuído para o fenômeno do gigantismo.
Podemos ter uma idéia disso dando um pulo até Martinica. O que aconteceu naquela ilha parece apoiar as teorias que propõem estar o gigantismo ligado, de uma ou de outra maneira, a uma chuva radioativa mais violenta.
Essa ilha das Antilhas foi palco, em 1902, de pavorosa erupção vulcânica — a do Monte Pelée — que em poucos minutos dizimou 20 mil pessoas só na cidade de St. Pierre. No dia do desastre formou-se na cratera uma nuvem de cor violeta-escuro, resultante dos gases vulcânicos saturados pelo vapor de água. A nuvem se agigantou, espalhou-se por toda a ilha sem que o povo desse conta do perigo e, quando uma coluna de fogo de 400 metros saiu da cratera do Monte Peleé, a massa de gases incendiou-se, desenvolvendo um calor acima de 1.000°C, disseminando a morte. Apenas um homem sobreviveu: um preso, protegido pelas espessas paredes de sua cela subterrânea.
A cidade de Saint Pierre devastada em 1902. |
Contrariando as expectativas, a vida voltou rapidamente à ilha, embora a cidade nunca mais tenha sido reconstruída. Novamente começou a crescer a vegetação, e a Martinica outra vez povoou-se de animais. Mas tudo ficou gigantesco: cães, gatos, tartarugas, lagartos — até os insetos aumentavam de tamanho e cresciam ainda mais nas gerações seguintes.
Chocados pelo estranho fenômeno, os franceses estabeleceram aos pés do vulcão uma estação para pesquisas científicas, chegando rapidamente à conclusão de que as mutações animais e vegetais eram devidas às radiações dos minerais deixados expostos pela erupção.
Os raios manifestaram seus efeitos também sobre os homens: o chefe da estação científica, Doutor Jules Graveure, cresceu 6 centímetros, e seu assistente, Doutor Rouen, de 57 anos, aumentou 5 centímetros e meio.
Lançando mão de culturas protegidas contra as radiações, os estudiosos puderam realizar importantes comparações, observando, entre outras coisas, que um rebento exposto aos raios cresce três vezes mais depressa que o normal, e que em seis meses uma planta irradiada consegue um desenvolvimento para o qual seriam necessários dois anos, em condições normais. Os frutos chegavam à maturação muito mais depressa, embora com volume maior, e as cactáceas simplesmente dobravam de tamanho.
Como as plantas, também os animais inferiores se mostraram mais sensíveis às radiações: um lagarto venenoso, chamado "copa", que antes media no máximo 20 centímetros, tornou-se um dragão de meio metro, e sua mordedura, antes nem sempre fatal, é agora mais mortal que a picada de uma cobra.
O curioso fenômeno do crescimento desaparece quando os exemplares em exame são afastados da ilha. Também na Martinica, de qualquer maneira, a curva ascendente alcançou o máximo: a intensidade das radiações começa a diminuir e os "monstros" a encolher.
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
Um túnel sob o Pacífico
Atahualpa foi executado por estrangulamento, garroteado em 26/07/1533. |
"Se os espanhóis, entrando em Cuzco, não tivessem agido com tamanha crueldade, trucidando Atahualpa, quem sabe quantos navios teriam sido necessários para transportar à Espanha todas aquelas riquezas que agora jazem sepultadas nas entranhas da terra e que talvez lá fiquem para sempre, pois os que as esconderam morreram sem revelar o segredo."
Assim escreve o historiador-soldado Cieza de León poucos anos após o assassinato do último imperador inca e as chacinas realizadas por Pizarro e suas hordas. E com toda razão, pois os aventureiros ibéricos, cegos pela cobiça de riqueza, portaram-se da maneira menos adequada para satisfazê-la.
Como se sabe, Pizarro aprisionou o Imperador Atahualpa e declarou que ia lhe devolver a liberdade contra a entrega total das riquezas dos incas. Antes de tomar uma decisão, a mulher do soberano consultou (ao que se diz) o oráculo solar e, sabendo que o cônjuge de qualquer maneira ia ser morto, suicidou-se após ter ordenado que as riquezas cobiçadas pelos insaciáveis espanhóis fossem escondidas.
Onde? "Em galerias mais seguras do que fortalezas" — diz o arqueólogo inglês Harold Wilkins — "escavadas no coração das montanhas e ocultas por misteriosos hieróglifos que oferecem o "abre-te Sésamo!", e dos quais somente um inca em cada geração conhece o significado; em subterrâneos construídos há milhares e milhares de anos por uma civilizadíssima raça desaparecida".
A hipótese é viável: subterrâneos dessa natureza são extremamente numerosos, mas não apenas no território antigamente controlado pelo império inca. O mais conhecido é, todavia, formado por uma rede de galerias que comunicariam Lima com Cuzco, antiga capital do Peru, para em seguida continuar em direção sudeste, até o limite da Bolívia. Segundo antigos documentos, o túnel abrigaria riquíssima tumba real, e foi justamente esse pormenor que acendeu entusiasmos que não poderíamos definir como estritamente científicos. Todavia, esperanças como essa deverão permanecer assim ainda por muitos anos: as pesquisas necessitariam verbas vultosíssimas, quer para desobstruir as galerias dos detritos que as entopem já a poucos metros da abertura, quer para purificar o ar empestado, estagnado lá dentro há vários séculos. Isso sem levar em conta os perigos que a cada passo esperam os exploradores: diz-se que os incas teriam preparado armadilhas mortais disparadas pela passagem de eventuais intrusos, provocando desmoronamentos desastrosos.
Além do fascínio popular que despertam, aquelas galerias representam intrigante mistério arqueológico. Os cientistas que com elas se ocuparam estão de acordo em afirmar que os subterrâneos não podem ter sido cavados pelos incas: eles os teriam usado conhecendo sua existência, mas não sua origem. Trata-se de obras tão imponentes que não parece absurda a hipótese levantada por aqueles cientistas: são galerias cavadas por desconhecida estirpe de gigantes.
É curioso o fato de que quase todo nosso planeta é cortado por túneis dessa natureza, sobre os quais ainda teremos de falar. Encontramo-los, além de na América do Sul, também na Califórnia, Virgínia, Havaí (onde ligariam as diferentes ilhas dos arquipélagos), Oceania, Ásia e ainda na Suécia, Tchecoslováquia, Ilhas Baleares e em Malta. Uma enorme galeria, explorada por cinqüenta quilômetros, une a Península Ibérica a Marrocos, e é opinião corrente que através dessa passagem tenham chegado da África os macaquinhos (únicos no continente europeu) que se encontram perto do afamado penhasco.
Há até quem afirme que as ciclópicas galerias cavadas em tantos lugares põem em contacto pontos afastadíssimos de nosso planeta. Lembramos a respeito o episódio contado pelo jornalista John Sheppard, correspondente, no Equador, de um grande periódico americano. Ele narra ter encontrado no verão de 1944, na fronteira com a Colômbia, um mongol perdido em meditação, com uma "roda para orações" tipicamente tibetana. Seria nada mais, nada menos, que o décimo terceiro Dalai Lama, oficialmente morto em 1933, mas nunca sepultado na cripta destinada a seus restos mortais: porque o Lama (afirma-se em Lassa) não teria morrido, mas, por longa peregrinação subterrânea, ter-se-ia afastado para orar nos Andes, onde, segundo alguns sacerdotes, teria surgido a religião lamaísta antes de "se adaptar" ao budismo.
O conto não é, na verdade, daqueles que se aceitam de olhos fechados. Quem tentou aprofundar o problema com algum Lama erudito, obteve como resposta mais ou menos isto: "as galerias existem, cavadas pelos gigantes que nos deram sua ciência quando o mundo era jovem".
Sua ciência? Ouvindo Robert Charroux, quase acreditamos. "O engenheiro Eupalinos" — lembra ele — "dirigiu os trabalhos de escavação da galeria de Samos, que mandou começar pelas duas aberturas projetadas. O túnel tem 900 metros de comprimento, mas as equipes de operários se encontraram no ponto previsto; a própria galeria se apresenta absolutamente retilínea. Para realizar um trabalho semelhante, os italianos e franceses que perfuraram o Monte Branco tiveram que usar instrumentos eletrônicos de medida, radar, reveladores magnéticos e ultra-sons. Ora, parece que Eupalinos não dispunha sequer de uma bússola."
As conclusões semelhantes parecem nos querer levar muitas esculturas maravilhosas, sem idade, das cinco enormes cabeças de basalto encontradas em 1939 no meio da selva mexicana, estátuas que lembram outras — famosíssimas — da Ilha da Páscoa, as figurações andinas, certas estátuas asiáticas e outras oceânicas.
Assombrosa é uma montanha brasileira, na Gávea, bairro do Rio de Janeiro: apesar dos fenômenos de erosão que evidentemente ocorreram no tempo, tem-se nítida impressão de que ela foi esculpida em época muito remota, recebendo a forma de uma cabeça barbuda, coberta por um capacete com ponta. E não é tudo: sobre uma parede lisa, perfeitamente vertical, que dá origem a um abismo de 840 metros de altura, existe uma inscrição cuneiforme com 3 metros de altura. Como seus autores conseguiram gravá-la na parede é um mistério para cuja solução não existe sequer uma pálida hipótese.
Escritas semelhantes foram descobertas pelo arqueólogo Bernardo da Silva Ramos em várias outras localidades da América Latina. A esse cientista cabe também o mérito de nos ter revelado as monumentais ruínas de Marajó, ilha do Rio Amazonas, com suas imponentes salas subterrâneas ligadas entre si por galerias com paredes de pedra. E naquela localidade mais um quebra-cabeça se ofereceu à ciência: uma coleção de belíssimos vasos com desenhos que lembram muito de perto os etruscos.
A propósito de inscrições cuneiformes, enfim, não podemos esquecer as do planalto de Roosevelt, entre o Amazonas e Mato Grosso: encontram-se, com símbolos lamentavelmente indecifráveis, sobre gigantescos discos de pedra divididos em seis setores, que se acredita serem tabelas para cálculos astronômicos.
Poderíamos estender mais essa interessante resenha, mas, não querendo abusar da paciência do leitor, terminamo-la deslocando-nos pelos arredores de Bamian, cidadezinha do Afeganistão, a noroeste de Kabul, e atualmente em ruínas. Desenvolveu-se no meio de um vale circundado por cavernas naturais e artificiais, vigiada por cinco estátuas: a primeira tem 54 metros de altura, a segunda 38, a terceira 18, a quarta 4, enquanto a quinta não supera a estatura de um homem atual.
Pensou-se que esses monumentos fossem imagens de Buda, mas depois descobriu-se que essa interpretação é devida aos sacerdotes budistas que se instalaram nas cavernas ao redor de 100 d.C. As estátuas são, com efeito, muito mais antigas, conforme apontou o exame de uma espécie de capa feita de cimento e aplicada às costas do colosso de 54 metros, sabe-se lá quantos milhares de anos atrás. — Mas o que querem representar os cinco monumentos? Talvez o declínio dos gigantes, sua progressiva redução de estatura e, por fim, a passagem do poder ao Homo sapiens?
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Fonte: KOLOSIMO, Peter - Antes dos Tempos Conhecidos - Edições Melhoramentos - 4.a Edição - 1968.
O mamute de Beresovka
Reconst. do mamute de Beresovka, na posição em que foi encontrado (Museu de St. Petersburg). |
Parece que os mamutes desapareceram da face da Terra há mais de 10 mil anos, vítimas de mudanças climáticas resultantes do último grande período glacial e de grupos cada vez maiores de caçadores aborígenes, que os matavam por sua carne, presas e pele. Desde o início do século 20, centenas de carcaças congeladas de mamutes foram encontradas nas frígidas planícies das regiões árticas do Alasca, do Canadá e da Sibéria.
Pelo menos uma dessas descobertas, às margens do rio Beresovka, na Sibéria, ameaça causar uma guinada na tese convencional da forma pela qual os mamutes foram extintos. Meio ajoelhado e meio em pé, o mamute de Beresovka estava em um estado quase completo de preservação. Sua carne, solidamente congelada, foi saboreada por alguns cientistas ousados. O mais incrível, no entanto, foi o fato de que os pesquisadores encontraram restos de botões-de-ouro, erva graminiforme da família das xiridáceas, na boca da criatura.
O grande mamute estivera se alimentando de plantas que germinam em regiões temperadas, no momento da morte. O que poderia tê-lo congelado até os ossos em meio à refeição, de maneira tão súbita quanto se o grande animal tivesse sido mergulhado em nitrogênio líquido? A noção predominante de mudança climática gradual à qual os mamutes não puderam se adaptar não confere com o caso citado.
Um congelamento lento teria formado cristais de gelo e, conseqüentemente, resultaria em putrefação da carne quando do descongelamento. Contudo, o mamute de Beresovka estava com a carne suficientemente fresca para ser comida sem qualquer efeito nocivo. A temperatura necessária para que fosse possível um congelamento assim tão instantâneo foi calculada em 65 graus centígrados negativos, fato jamais registrado na região ártica.
O que poderia provocar queda de temperatura tão catastrófica do ar circundante? Na ausência de inverno nuclear causado por bombas atômicas, devemos buscar uma explicação alternativa. Incêndios florestais e erupções vulcânicas também lançam enormes quantidades de calor e fragmentos que bloqueiam a luz na atmosfera, conforme demonstraram estudos realizados recentemente.
Uma teoria sugere que terrível terremoto, o maior jamais havido na Terra, abalou o mundo há 10 mil anos. Tendo ocorrido ao longo da junção de duas placas tectônicas, o tremor de terra resultou na liberação de grande quantidade de lava e de gases vulcânicos. Esses gases elevaram-se na atmosfera e evolaram-se rumo aos pólos. Supercongelados, caíram em direção à superfície terrestre, perdendo ainda mais calor ambiente na rápida descida. Finalmente, os gases penetraram no ar quente de altitudes mais baixas, congelando instantaneamente o mamute de Beresovka e outros da espécie, no momento em que eles se aumentavam com botões-de-ouro.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
Percepção extra-sensorial hipnótica
Franz Anton Mesmer |
Mas tal coisa não significa que essas afirmações tenham desaparecido.
Carl Sargent, estudante de psicologia da Universidade de Cambridge, decidiu verificar se havia alguma verdade por trás dessas assertivas fantásticas do século 18. Para realizar a experiência, o jovem pesquisador recrutou quarenta pessoas, a maioria constituída de estudantes universitários. Vinte deles foram hipnotizados e sua percepção extra-sensorial testada com os cartões normais de PES. Em contraposição, as outras vinte, testadas com os mesmos cartões, estavam totalmente despertas.
Os resultados da experiência indicaram que o velho dr. Franz Mesmer podia estar certo. Os hipnotizados alcançaram resultados muito acima do puro acaso, que normalmente seria cinco acertos a cada 25 cartões. A média de acerto dessas pessoas foi de 1,9. Os que permaneceram despertos alcançaram os cinco acertos normais.
De acordo com Sargent, sua experiência demonstra que existe um fator importante com relação à natureza da PES. Ela é, obviamente, realçada por um estado mental descansado, talvez até mesmo alterado.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
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Transcendendo os limites do tempo
Todo estudante de fenômenos científicos inexplicáveis sabe que a percepção extra-sensorial (PES) não é limitada pela distância. Diversas pesquisas já demonstraram que ela pode tanto se manifestar entre duas salas quanto entre dois países localizados em pontos opostos do globo. O mais surpreendente é que a força da PES pode transcender os próprios limites do tempo. Pesquisa realizada na Faculdade Mundelein em Chicago, em 1978, demonstrou claramente esse fato estranho.
John Bisaha, o pesquisador encarregado do programa, há muito tempo interessava-se por visões remotas, durante as quais uma pessoa tenta "ver" o que está acontecendo a quilômetros de distância. Na verdade, o procedimento experimental é bastante simples. A pessoa fica sentada com o pesquisador, enquanto uma ou outra dirige-se a local diverso, que tanto pode ser nas proximidades quanto a quilômetros de onde está sendo realizado o teste. O pesquisador então solicita ao médium que entre em contato, ou visualize o assistente que se afastou, e descreva onde ele está.
Ao aplicar esse modo de proceder, Bisaha fazia uma importante alteração. Ele pedia ao médium que descrevesse o local que seu assistente visitaria no dia seguinte. Em uma das ocasiões mais importantes dos testes cuidadosamente controlados, Bisaha sugeriu a uma de suas principais médiuns que descrevesse as paisagens que eles veriam na Europa.
Durante cinco dias consecutivos, Brenda Dunne - em Chicago - tentou ver o local que Bisaha visitaria 24 horas depois. Os dois participantes não mantiveram nenhum tipo de contato durante a experiência. Os resultados foram realmente surpreendentes.
Quando a companhia de turismo levou Bisaha a um restaurante circular construído sobre alguns pilares às margens do Danúbio, Brenda Dunne já o vira "perto da água... uma área muito grande de água". Ela também previu "linhas verticais como pilares... uma forma circular como um carrossel".
Sucessos similares foram relatados com relação aos outros dias também. Quando o pesquisador retornou aos EUA, carregou consigo os registros das cinco sessões e um árbitro independente, que recebeu também fotos dascidades visitadas. Sua tarefa era comparar cada um dos relatórios fornecidos por Brenda Dunne com as fotos - e ele não teve maiores dificuldades em fazê-lo.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
John Bisaha, o pesquisador encarregado do programa, há muito tempo interessava-se por visões remotas, durante as quais uma pessoa tenta "ver" o que está acontecendo a quilômetros de distância. Na verdade, o procedimento experimental é bastante simples. A pessoa fica sentada com o pesquisador, enquanto uma ou outra dirige-se a local diverso, que tanto pode ser nas proximidades quanto a quilômetros de onde está sendo realizado o teste. O pesquisador então solicita ao médium que entre em contato, ou visualize o assistente que se afastou, e descreva onde ele está.
Ao aplicar esse modo de proceder, Bisaha fazia uma importante alteração. Ele pedia ao médium que descrevesse o local que seu assistente visitaria no dia seguinte. Em uma das ocasiões mais importantes dos testes cuidadosamente controlados, Bisaha sugeriu a uma de suas principais médiuns que descrevesse as paisagens que eles veriam na Europa.
Durante cinco dias consecutivos, Brenda Dunne - em Chicago - tentou ver o local que Bisaha visitaria 24 horas depois. Os dois participantes não mantiveram nenhum tipo de contato durante a experiência. Os resultados foram realmente surpreendentes.
Quando a companhia de turismo levou Bisaha a um restaurante circular construído sobre alguns pilares às margens do Danúbio, Brenda Dunne já o vira "perto da água... uma área muito grande de água". Ela também previu "linhas verticais como pilares... uma forma circular como um carrossel".
Sucessos similares foram relatados com relação aos outros dias também. Quando o pesquisador retornou aos EUA, carregou consigo os registros das cinco sessões e um árbitro independente, que recebeu também fotos dascidades visitadas. Sua tarefa era comparar cada um dos relatórios fornecidos por Brenda Dunne com as fotos - e ele não teve maiores dificuldades em fazê-lo.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
OVNIs contra porquinhos
Animais abduzidos |
Na noite de 6 de dezembro de 1978, Fanning, de 21 anos, a mulher e dois amigos viram um círculo branco de luz de 3 metros pairando sobre o chiqueiro de sua fazenda.
Debaixo daquele objeto havia dois pares de luzes vermelhas e verdes, cada uma do tamanho aproximado de um farol de automóvel.
- Alguma coisa está errada - disse Fanning aos amigos. – Vamos sair daqui.
Eles se afastaram e as luzes silenciosas os seguiram. O círculo branco pairou sobre a estrada à altura de um carro, mantendo-se sempre a 50 metros de distância, enquanto as luzes vermelhas e verdes esquadrinhavam o terreno. Fanning correu para casa, onde tinha uma arma.
- De repente, aquela grande luz branca fez uma manobra por trás de meu carro e voltou para o chiqueiro.
As outras luzes menores também voltaram para aquele local. Fanning e os outros ficaram olhando para as luzes.
- Depois de uns 3 ou 4 minutos, todas as luzes se apagaram - afirmou Fanning. - Fiquei com muito medo.
Na verdade, ele ficou com tanto medo que buscou refúgio com sua mulher na casa de parentes, durante as duas noites seguintes.
Três dias depois, voltaram para alimentar os animais e Fanning deparou com um leitão morto.
- Encontrei outro leitão morto mas em pé - declarou Fanning. - Dei-lhe um pontapé e ele caiu.
Um exame no leitão revelou que faltava a mandíbula. - A carcaça do animal parecia uma esponja, desprovida de todo peso.
Fanning declarou que, quando vivo, o leitão pesava 110 quilos, porém o que restava não passava dos 20.
- Foi - concluiu - a coisa mais incrível que já vi em toda a minha vida.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
A volta do plesiossauro marinho
Carcaça capturada pelo Zuiyo Maru |
Em abril de 1977, as redes do navio pesqueiro japonês Zuiyo Maru trouxeram para bordo estranha carga içada na costa da Nova Zelândia - um animal marinho desconhecido, com mais de 13 metros de comprimento, semelhante a um monstro primitivo das profundezas do oceano.
Os tripulantes levantaram com o guindaste a carcaça daquela estranha criatura e fizeram várias fotos coloridas antes que o capitão, temendo que o animal estivesse contaminado, ordenasse que ele fosse jogado na água.
Animais como o plesiossauro dominaram os mares no período jurássico. |
O professor Tokio Shikama, estudante de animais pré-históricos na Universidade Nacional de Yokoama, estudou as fotos e declarou que aquele animal morto não era nem um mamífero conhecido, nem um peixe. Na verdade, comparou sua carcaça com a de um plesiossauro, réptil marinho ovovivíparo que viveu na Terra há mais de 100 milhões de anos.
Vários outros navios buscaram os restos mortais da criatura devolvida ao mar pelos japoneses, mas sem sucesso. A tragédia é que até mesmo um único espécime de plesiossauro teria valido muito mais do que uma nau abarrotada de peixes normais. Animais como o plesiossauro dominaram os mares no período jurássico
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
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Os fantasmas do S. S. Watertown
A tragédia aguardava o navio petroleiro S. S. Watertown, quando ele zarpou da cidade de Nova York rumo ao canal do Panamá, no início de dezembro de 1924. Dois marujos, James Courtney e Michael Mehan, estavam limpando um dos tanques e, intoxicados pelos gases do combustível, vieram a morrer. Os corpos foram atirados ao mar, conforme a tradição marinha, no dia 4 de dezembro daquele ano.
Os fantasmas do S. S. Watertown apareceram no dia seguinte, mas não na forma de almas penadas cobertas com lençóis brancos caminhando pelo convés. Os rostos dos dois infelizes marujos foram vistos seguindo o navio na água, dia após dia, pelo comandante Keith Tracy e por todos os tripulantes. Os desconcertantes fantasmas pareciam dispostos a tomar o mesmo rumo do petroleiro até a travessia do canal.
O comandante Keith Tracy relatou esses fantásticos eventos a seus superiores quando o navio aportou em Nova Orleans, e altos funcionários da companhia marítima lhe sugeriram que tentasse fotografá-los. Ele finalmente entregou um rolo de filme com seis flagrantes à Cities Service Company, que o revelou comercialmente. Embora cinco das fotos não apresentassem nada de anormal, a sexta mostrava claramente dois rostos (foto acima) seguindo lugubremente o navio.
O interessante é que a Cities Service Company não tentou depreciar a fascinante história, nem ocultá-la do público. Muito pelo contrário, eles chegaram a publicá-la na íntegra na Service, revista da empresa, em 1934, e até expuseram a ampliação da foto no saguão principal da firma, em Nova York.
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Fonte: O Livro Dos Fenômenos Estranhos - Charles Berlitz
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