Uma expedição de cientistas italianos pode ter encontrado, em um lago da Sibéria, a explicação para o chamado "evento de Tunguska" - uma explosão que ocorreu sobre o norte da Rússia em 1908, destruindo vegetação por mais de 2.000 km2 e gerando tremores de terra e uma luz súbita nos céus, observada em partes da Europa e da Ásia (foto: imagem de computador do Lago Cheko, que estaria numa cratera de meteorito).
Cientistas acreditam que o evento tenha sido causado pela desintegração de um cometa ou asteróide a uma altitude de 5 km a 10 km na atmosfera, mas nenhum fragmento ou vestígio do corpo jamais foi encontrado, o que fez do evento um tema popular entre aficionados de Ovnis. Tunguska também aparece em diversas obras de ficção, de um romance de Thomas Pynchon ao seriado de TV Arquivo X.
Em um artigo na revista online Terra Nova, de 2007, pesquisadores liderados por Luca Gasperini, da Universidade de Bolonha, sugerem que o Lago Cheko, 8 km ao norte do provável epicentro do evento, pode ser a cratera aberta por um pedaço do corpo responsável pela explosão no ar.
Sondagens realizadas no lago pelos cientistas italianos durante uma expedição em 1999, descritas no artigo, sugerem que o lago preenche uma cratera aberta por um impacto. O trabalho dos pesquisadores, ressaltando que a região é remota e pouco habitada, diz que não se sabe se o Cheko já existia antes de 1908, e que sua primeira citação em mapas data de 1928.
Com base nas características do lago, a equipe de Gasperini sugere que a cratera foi aberta por um asteróide de 1.500 toneladas e 10 metros de diâmetro - no máximo: o Imagem de computador do Lago Cheko, que estaria numa cratera de meteoritoterreno é pantanoso, e a cratera pode ter se expandido, com o desgaste do solo ao redor da borda original.
Os cientistas reconhecem, no entanto, que será necessário realizar uma perfuração no leito do lago para determinar se se trata realmente de uma cratera de asteróide, com a descoberta de um fragmento do meteorito original ou de solo compactado pelo impacto.
Fonte: Carlos Orsi, do Estadão
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