Mapinguari seria um macaco grande, muito peludo, com uma bocarra verticalizada, que vai do nariz ao estômago, num medonho rasco que ostenta lábios vermelhecidos de sangue, por onde engole cabeças humanas (só come a cabeça). Ele atrai suas vítimas por meio de seus gritos, que parecem humanos.
É uma lenda muito antiga difundida entre os indígenas nos estados da região norte: Acre, Amazonas e Pará. Uma espécie de “monstro” que muito se aproxima a um grande macaco de longa pelagem castanha escura. Sua pele assemelha-se ao couro do jacaré, com garras e uma armadura feita do casco da tartaruga.
Seus pés têm formato de pilão e com uma boca tão grande que em vez de terminar no queixo estende-se até a barriga. É quadrúpede, mas, quando em pé, alcança facilmente dois metros de altura.
Também é conhecido pelos nomes de pé de garrafa, mão de pilão e juma. A lenda sobre a “besta malcheirosa” é uma das mais difundidas pelos indígenas.
A simples menção ao nome do Mapinguari é suficiente para dar calafrios na espinha da maioria daqueles que habitam a floresta.
Alguns acreditam na origem do monstro num velho pajé amaldiçoado e condenado a viver para sempre vagando pelas selvas e nessa forma aterrorizante. Outros, ainda, justificam sua origem em índios com idade avançada e que foram desprezados por suas tribos.
Sua presença na floresta é marcada por gritos e um rastro de destruição.
Os relatos são semelhantes e afirmam que ao depararem com o tal Mapinguari o mesmo assume postura bípede e ameaçadora, exibindo suas robustas garras. Nos relatos de alguns índios a confirmação da eliminação de um fedor que dizem originar-se na barriga.
Ao andar pelas selvas, emite um grito semelhante ao dado pelos caçadores. Se um deles se encontra perto, pensando que é outro caçador e vai ao seu encontro, acaba perdendo a vida.
O Mapinguari, segundo informações jornalísticas, teria devorado vários indígenas no estado do Acre nos anos 80. Segundo alguns cronistas, o Mapinguari se alimenta apenas da cabeça das pessoas. Segundo outros, devora-as por inteiro, arrancando-lhes grandes pedaços de carne, mastigando-as como se masca fumo.
Contam também histórias de grandes combates entre o Mapinguari e valentes caçadores, porém o Mapinguari sempre leva vantagem e os caçadores felizardos que conseguem sobreviver muitas vezes lamentam a sorte: ficam aleijados ou com terríveis marcas no corpo para o resto de suas vidas.
Fontes: Foi desse jeito que eu ouvi dizer...; Mundo Tentacular; Festival do Folclore de Olímpia.
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